Or Nah

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Harry continuou dirigindo para algum lugar, eu não tinha a mínima noção de para onde ele estava me levando, e realmente não me importava com isso

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Harry continuou dirigindo para algum lugar, eu não tinha a mínima noção de para onde ele estava me levando, e realmente não me importava com isso.

No rádio tocava 'Or Nah' baixo em alguma estação, o que contribuiu ainda mais para aumentar a excitação em meu corpo. Do outro lado da janela era possível ver a Tower Bridge, estavas atravessando do lado nobre para o lado de classe média.

O caminho é longo, o que me fez ficar cada vez mais impaciente. Já estávamos a mais de vinte minutos dentro daquele carro e mesmo sendo mais de dez da noite, o trânsito era insistente, bufei mais uma vez e cruzei os braços, a risada fraca de Harry chamou minha atenção e eu o olhei, mesmo concentrado em sua tarefa não pude deixar de notar a covinha em sua bochecha. Ele estava ciente de como eu estava impaciente e que aquilo estava me enlouquecendo. Ergo uma das sobrancelhas quando ele desvia sua atenção para mim.

— O que foi? — perguntou com seu tom mais inocente, apenas neguei com a cabeça e voltei meu olhar para as ruas de Londres.

As pessoas sorriam e andavam de um lado para o outro, algumas em casais, o que me faz questionar: Qual é a graça em andar de mãos dadas? Sua mão soa, você fica preso —literalmente— por não querer ser o primeiro a soltar a mão. É um gesto desnecessário e que eu particularmente odiava. Outras pessoas caminhavam em grupos de amigos, rindo e compartilhando histórias... A quanto tempo eu não fazia algo parecido como aquilo? Eu e as meninas saímos para ir a um cinema ou quem sabe a um bar somente para jogar conversa fora, sem que eu precisasse focar em algum procurado, sem de fato estar em uma missão? Por volta dos meus dezesseis anos, eu me lembrei. Foi a última vez que sair sem ter que me preocupar com nada além de uma boa história para contar as amigas... Isso não quer dizer que eu realmente sinta falta da minha adolescência.

Harry virou em uma rua pouco movimentada, logo deu seta e entrou em um estacionamento de uma pousada simples. Desligou o carro, retirou a chave e me olhou enquanto levava a mão até a maçaneta, como se estivesse me avisnado que estava saindo e finalmente saiu.

Conferi as ligações em meu celular, três de Charlie... Já conseguia imaginar seu tom preocupado e irritado querendo saber onde eu estava e se eu iria demorar, às vezes ela esquece que eu não sou uma criança e que ela não é minha mãe. Bom, ela pode esperar até acabar o que irei fazer aqui. Joguei o aparelho no porta-luvas e escutei os dedos de Harry baterem contra a janela.

Ouso concluir que ele tentou abrir a porta para mim, mas ela estava trancada. Levanto o pino e abro a porta olhando ao redor, é realmente um lugar simples e posso dizer que perigoso, se eu fosse uma garota esperta e indefesa eu exigiria que ele me levasse para um lugar mais movimentado. Mas eu não era uma garota indefesa, e essa noite prefiro me fazer de sonsa.

— Onde estamos? — perguntei o acompanhando para dentro da pousada, ele segurou a porta para que eu passasse e eu apenas me foquei em observar o lugar do lado de dentro, era bem idêntico ao lado de fora; Desprovido de um bom investimento. A cor laranja desbotado na parede mostrava que era um lugar desprovido de bom gosto também.

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