4. minhocas da paranoia

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             — Cara, você é incomunicável

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             — Cara, você é incomunicável. — uma voz masculina falou alto no exato momento em que eu fechei a porta cinzenta do meu armário com uma batida preguiçosa.

        Pulei minimamente de susto e encarei o rapaz moreno a minha frente. Eu simplesmente não entendia pessoas como Kyle que apareciam às oito da manhã com o cabelo perfeitamente arrumado e um sorriso no rosto enquanto eu estava todo amarrotado e procurando por uma enorme caneca de café para me afogar. Ele abriu um sorriso enorme que exibia seus dentes retos e branquinhos e me deu bom dia, o que eu respondi com um murmuro.

         Eu não era muito sociável pela manhã, como podemos observar.

            — Bom, como você sabe, nós colocamos você no nosso grupo de mensagens. Aquele com todos nós, sabe, eu, Sarah, Bella, Even, Max, Wylla, Roman... E você, literalmente, não respondeu ninguém desde a social, então... — Kyle começou a falar tão rápido que me deixou zonzo por um segundo.

             — Então, ele ficou paranóico achando que você não gostou da gente e veio te importunar numa segunda-feira de manhã quando você explicitamente ainda não acordou direito. — respondeu Sarah e eu, enfim, percebi que ela estava apoiada nos armários logo atrás de Kyle.

            — Ah... entendi. — respondi depois de um longo segundo encarando intercaladamente os dois.

         Dizer que fiquei de castigo em casa pelo resto do recesso de Ação de Graças porque cheguei em casa, literalmente, na hora do almoço do dia seguinte, seria pouco para começo de conversa. Veronica ficou furiosa que eu desapareci durante a manhã inteira justamente quando Lori estava conosco e não apenas decretou que eu ficaria sem celular e computador por algumas semanas, como também avisou que eu não poderia sair de casa para ir em festinhas com meus amigos de caráter duvidoso enquanto Lori estivesse em Cincinnati. Expliquei esses detalhes para a dupla radiante à minha frente e eles parecem entender a situação e até riram dela.

            — Bom, isso faz muito sentido. — Kyle completou com um dar de ombros relaxado. — E quando essa sua irmã vai embora?

            — Em uma semana ou duas. — respondi, puxando a alça da mochila que escorregava pelo meu ombro.  — Até lá estou de quarentena em casa.

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