Dopamina

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 07:01


O bairro amanheceu silencioso, diferente da noite que fora tomada por barulhos de tiros e armamentos pesados. Mas uma vez o BOPE havia subido o morro do bairro em busca de um tal traficante que os moradores nunca haviam ouvido falar. E olha que eles sabiam de todos. Fora troca de tiros por horas. A Polícia usou todo o poder bélico que tinha, seja com pistolas, fuzis e muitas bombas de fumaça, essas últimas que atingiu muitos moradores.

Uma enfermeira acabara de entrar no posto de saúde que voltava a ficar aberto depois dos vários dias de confronto, atravessando o pequeno pátio para abrir a grade. Mal foi aberta e ouviu os gritos desesperado do que parecia uma mulher arrastando seu filho que tinha um pouco mais de 15 anos que tinha a pele quase pálida, ainda que fosse negro.

A profissional de saúde assustou-se quase no mesmo segundo ao ver as condições tão fragilizadas do outro. Não lembrava - nem em seu tempo de formação - ter visto algo com aquelas características. Não tinha muito o que fazer, afinal, aquilo não era um pronto socorro. Mas ainda assim, a mulher se viu na obrigação de fazer pelo menos um atendimento inicial já que a coloração pálida se transformava em roxo.

Enquanto pedia calma a mãe do garoto e procurava seu estetoscópio, bagunçando tudo na gaveta que geralmente era bem organizada, quando ouviu o suplício de outra mulher, dessa vez com uma criança com as mesmas características do adolescente. A mãe da criança gritava exasperada dizendo que não podia descer o morro, mas não queria perder seu filho.

A enfermeira realmente achou que ia enlouquecer. Aquilo de repente se tornou um caos quando outras pessoas começaram a vir com os mesmo problemas, algo que ela analisou superficialmente como algum problema respiratório, mas que não tinha ideia do que mais poderia ser porque nunca foi visto. Foi aterrorizante como em menos de uma hora, já jaziam pessoas mortas dentro do seu pequeno posto e mais e mais moradores começavam a chegar.



Marselha, França. 12:09


Suho estava confuso para dizer o mínimo e ainda por cima muito puto. Depois da noite meio bêbada, porém maravilhosa que tivera com o Choi, o atacante do PSG praticamente não lhe dirigiu a palavra. O outro apenas se vestiu, pegou suas coisas e foi embora como se o que fizeram não tivesse acontecido. O pior de tudo era que, talvez estivesse esperando uma reação assim do outro, mas ainda assim lhe doera vê-lo sair, doera ser rejeitado, principalmente quando o fora havia sido dado pela pessoa ao qual estava apaixonado.

Choi Minho não era a primeira paixão do Suho, houveram outros antes dele é claro, alguns até um relacionamento tivera, mas com nenhum o atacante do Olimpyque sentira algo mais, com nenhuma das pessoas que passaram por sua vida conseguira enxergar um futuro com elas, o total oposto com o Minho. E deitado em seu sofá com o burburinho da Adele ecoando pelos caixas estéreo espalhados pelo recinto cercado de latinha vazias de cerveja, Junmyeon não conseguia tirar a imagem de si casado com Choi Minho, pai de seus filhinhos adotados. E queria morrer.

Ele precisava de alguém para conversar, alguém que pudesse lhe dar um conselho. A Belli estava fora de cogitação! Se sua manager soubesse que se deixou ser levado para cama pelo Choi iria matá-lo, talvez o Chanyeol fosse uma boa conversa, mas também tinha a sensação que a Hani iria crucificá-lo e provavelmente ficaria decepcionada por não ter resistido a tentação, o que não tinha nenhuma culpa, quando se tem Choi Minho em toda sua glória alta, esbelto e duro lhe imprensando contra a parede meu amor, não havia Jesus cristo que resistisse.

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