Substância P

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Berlim, Alemanha. 07:00


A ruiva abriu um sorriso doce para o garçom que abria a porta para si em meio a um sorriso simpático. O óculos de sol ainda que lhe cobrisse o rosto, a mesma parecia ter uma postura tão amorosa que o mesmo garçom que abrira a porta não resistiu em olhá-la descaradamente dos pés a cabeça ainda que estivesse acompanhada de outro homem.

O casal atravessou o restaurante até então vazio, afinal de contas ainda não havia começado a hora do hush, escolhendo uma das mesas que havia na varanda do lugar, dando uma visão perfeita da rua e do arranha-céu que se destacava em meio às outras estruturas mais baixas.

O homem puxou a cadeira para que a garota sentasse que agradeceu no meio sorriso, deixando um casto beijo nos lábios do maior que sorriu, fazendo um carinho na sua bochecha, para poder finalmente sentar ao seu lado.

— Conseguiu pensar em algo, mon chéri? — O sotaque francês era dito de maneira forte, enquanto assistia o homem abrir a maleta que estava levando em sua mão e tirar um iPad.

— Eu gostaria que escolhesse, mon amour. Afinal de contas, toda essa viagem é um presente para você — O homem sorriu, apertando levemente o nariz da mulher que tirou o óculos para roubar mais um beijo casto dos lábios alheios.

— Bom dia, senhores — O casal fora interrompido por uma garçonete alegre com um bloquinho na mão — Posso ajudá-los de alguma maneira?

— Acho que vamos querer a especialidade da casa. Estamos tão curiosos a respeito de tudo da cultura alemã que queremos ser surpreendidos — A mulher ditou sorridente, o alemão dito de uma maneira muito empobrecida, ainda que fosse compreensível para a garçonete.

— Oh, estão de férias? O que estão achando da cidade? — A menina perguntou animada. Adorava turistas!

— Estamos em nossa segunda lua de mel, não é querido? — O homem assentiu minimamente com a cabeça num meio sorriso, olhando de forma apaixonada para a ruiva — Estamos amando, mas não sabemos por onde começar... Não queremos os passeios clássicos.

— Oh, eu entendo. Eu posso trazer alguma dica para vocês quando voltar com o pedido — A menina respondeu prontamente, vendo o homem sorrir largo.

— Seria ótimo. Até lá continuaremos pesquisando em nossos mapas — Apontou para o iPad — E já tiramos nossas dúvidas com você — O alemão dele parecia ser melhor e fora quase impossível para garçonete não corar com o sorriso bonito daquele homem.

— Claro. Bom, vou fazer o pedido de vocês — Respondeu simpática, saindo de perto dos dois.

O homem tornou sua atenção ao iPad e um mapa logo apareceu na tela. Mas diferente do imaginado, o que se tinha, era uma planta baixa do empresarial que estava bem a sua frente. No mapa, também existiam pequenos pontinhos verdes, quatro no total, piscando nas mais diversas vezes na recepção do prédio.

— Estamos prontos — A ruiva murmurou baixinho, o indicador sobre a escuta discreta em seu ouvido — Yixing já está observando vocês pelo mapa.

— Vamos pedir para entrar — Ouviu da escuta, vendo de longe as figuras na porta.

— Tomem cuidado — Fora a única coisa que o chinês disse antes de pegar a mão da ruiva e lhe oferecer um sorriso como se falasse consigo.

— Vai dar tudo certo.



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