LX-Dor de cabeça

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—O que foi?—O moreno joga o corpo de Yuri de qualquer jeito no chão e vai para onde estava o resto dos irmãos.

—Elas caíram no buraco.

—Então pulem.—O moreno se aproxima da armadilha e olha as duas com um semblante de irritação.

—Tá doido?—O loiro dá alguns passos para trás,—Não vê a altura disso?

—Descer será fácil, difícil vai ser voltar a superfície.—Protesta o de cabeleira branca.

—Esqueceram o lema de todas as Hope Academy's?—O moreno indaga irritado.

O que não é finalizado com perfeição, sempre terá retaliação.— Dizem em coro.

—Ótimo, então quem vai pegá-las?—Cruza os braços.

—A gente, porque a armadilha é nossa.—Diz uma voz masculina.

—Vocês?—Esbraveja o moreno lançando-lhes um olhar mortal.

—Sim.—As duas sombras pulam de cima da árvore, ficando há uns metros de distância deles.

—Acho bom não fugirem dessa vez.—Os quatro irmãos ficam em posição de combate após falarem isso em coro.

—Estão com medo? Deve ser, porque se a gente fugir vocês não conseguirão nos encontrar.

—CALA A BOCA!—Esbraveja o moreno.

—O broche das pessoas que caíram nessa armadilha é nosso afinal, fomos nós que a fizemos.

—Mais só se passarem por cima do meu cadáver!—Exclama o moreno.

—Coisa que não será tão difícil assim de fazer, certo Nicholas?

—Certo.—Assim que ele disse isso, o Thomás criou um campo gravitavional ao redor dele, do Nicholas e da armadilha, que estava um pouco distante deles.

Nicholas corre em direção ao buraco e, antes de teleportar-se para dentro dele, o mesmo deu uma olhada para ver se estava tudo seguro. Ao notar que eram as garotas que estavam lá, ele arregala os olhos e abre um sorriso.

—Você não vai acredit...

—R-Rápido.—Thomás fala com dificuldade enquanto tentava manter o campo gravitacional.

—Tá, tá...—Ele teleporta-se para dentro do buraco e, em seguida, teleporta a si e as garotas para um lugar que julgava ser seguro.

—Olha eu sei que você não vai aguentar esse campo de força por muito tempo, então para eu não ficar no tédio, vou te fazer uma pergunta.—O moreno abre um sorriso forçado e direciona-se ao local onde deixou o corpo do Yuri,—Conhece ele?—Aponta para o corpo do garoto que se mantinha imóvel no chão.

—Ele?—Thomás pergunta com uma expressa confusa em seu rosto.

—Ah claro, que cabeça a minha, é óbvio que você não consegue enxergá-lo direito daí...—Ergue o corpo de Yuri o suficiente pra que Thomás pudesse enxergá-lo.

—Mas esse é o...—Não sei se foi a surpresa por tê-lo visto ou por cansaço mesmo, mas o campo gravitacional que Thomás fazia sumiu completamente.

—AGORA!—O loiro não perde tempo em chamar a atenção dos outros irmãos para o atacarem.

—ELE É MEU!—Esbraveja o moreno, fazendo com que seus irmãos fiquem com semblantes assustados e dêem alguns passos para trás. Ele joga o corpo de Yuri de qualquer jeito no chão e corre desenfreadamente para o local onde Thomás mantinha-se sem mover um músculo.

—Demorei?—Nicholas aparece de repente ao lado de Thomás e teletransporta-o para o mesmo lugar onde levou as garotas.

[...]

Assim que eles chegaram no local — um ambiente bastante camuflado repleto de grandes árvores e vários tipos de flores e plantas —, Thomás solta um chiado e cruza os braços.

—Nicholas precisamos voltar, o Yu...

—Olhe só.—Aponta pra Daphne e Flora que estavam deitadas ao lado de várias margaridas.

—Não acredito...—Ele esfrega os olhos, era como se quisesse ter certeza absoluta de que aquilo não era imaginação sua,—Como isso é possível?—Aproxima-se delas, se senta ao lado de Flora e solta um suspiro, aliviado.—Ei, cadê as pessoas que caíram em nossa academia?

—Elas que caíram, quando eu as encontrei elas já estavam assim, desacordadas.—Nicholas ecosta-se numa árvore após sentar-se no chão.

—Ah, entendi.—Ele apoia o seu braço no chão,—Sim, como eu ia dizer, o Yu...—Ele para de falar e olha para sua mão, que havia sido molhada com algo úmido, ao perceber que aquele líquido vermelho era sangue, o mesmo segue, com o olhar, o rastro que aquilo havia deixado no chão, deparando- se então com a cabeça de Flora.—NICHOLAS!—Ele grita e se levanta num pulo

—O que foi?—Assustado por causa do grito do rapaz, ele se levanta rapidamente também.

—Olha...—Thomás mostra sua mão suja pelo sangue,—Veio da cabeça dela!

—O QUÊ?—Nicholas aproxima-se dele e encara sua mão,—NÃO, ELA É JOVEM DEMAIS PARA IR!

—PARA DE GRITAR!—Thomás diz desesperado.

—VOCÊ ESTÁ GRITANDO TAMBÉM!—Protesta Nicholas.

—MAS VOCÊ GRITA MAIS ALTO!

—MAS ISSO NÃO JUSTIFICA O FATO DE VOCÊ TAMBÉM ESTAR GRITANDO!

—Silêncio, estou com dor de cabeça.—Resmunga Flora, de repente.

—FLORA?—Os dois, surpresos, indagam em coro.

Silêncio!—Fala num tom ameaçador, fazendo-os engolir em seco.

—Desculpa...—Sussurram num tom quase inaudível.

—Você está bem?—Nicholas pergunta com receio de que ela mandasse-o se calar novamente.

—Sim, por quê?

—Sua cabeça está sangrando...

—O quê?—Ela se senta devagar e faz uma careta após por a mão na cabeça,—Acho que são uma pancada e arranhão causados pela queda.

—Espero que seja apenas isso mesmo.

—O rio não é longe daqui, quer que eu te leve?—Pergunta Nicholas.

—Não obrigada, vou esperar a Daphne acordar.

—O Thomás pode ficar com ela enquanto vamos...

—Não precisa, eu vou ficar.—Diz firme.

—Então pode nos contar o que ouve com vocês enquanto nós estávamos separados?—Thomás pergunta sentando-se ao lado dela.

—Já faz um dia que não nos vemos.—Nicholas se encosta na árvore após sentar-se de novo.

—Ainda estamos no terceiro dia de prova, né?—Ela suspira após os garotos concordarem com a cabeça.—Ok, vou contar-lhes tudo que aconteceu.

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