LXXX|Um plano

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As batalhas foram desinteressantes, já que os estudantes não conseguiram ir contra os seus superiores por um bom tempo. A melhor luta foi a da equipe I versus Clóvis, que durou oito minutos e foi a mais intensa. Com isso, o time I mostrou porque eles são considerados os melhores da academia, pois o resto dos grupos perderam rápidamente as suas batalhas e não conseguiram nem mesmo encostar nos seus superiores.

— Agora é a última luta — disse Kaleb, sem empolgação. Ninguém entendia o porquê dele estar pedindo para que os alunos de grau bronze lutassem com o pessoal de grau ouro, é óbvio que eles não conseguiriam vencer. — Podemos começar? — indaga após as equipes X, IX e III irem pro outro lado do vidro.

— Sim — eles respondem em coro e a passagem a qual usaram para ir até o local que estavam no momento fecha.

— É bom que os doze estejam prontos, porque não vou me segurar — diz Lea enquanto estralava os dedos. — Estou esperando, ataquem a hora que vocês quiserem.

— Então tá — Nicholas dá de ombros e teleporta-se, ficando ao lado de Lea, e no momento em que ia desferir um soco nela, a mesma faz com que uma parede de pedra cresça, impedindo-o de tocá-la.

— Minha vez — ela pisa com força no chão e a mesma parede que bloqueou o ataque de Nicholas parte para cima do mesmo e o arrasta até a parede de vidro, onde o garoto fica imprensado entre a pedra e o vidro. — É bom que vocês não esqueçam do que o diretor disse, “Ataquem-nos com o intuito de matar, pois os professores vão tratá-los como inimigos.” — ela joga o seu cabelo para trás. — O seu diretor me convidou pessoalmente para que eu viesse treiná-los e como os alunos da minha academia, a K1, não puderam vencer as preliminares desse ano, eu aceitei o convite. Então é bom que já saibam que eu não vou pegar leve.

— Quanto blá blá blá — Nicholas rola os olhos e fica intangível para sair do lugar apertado que encontrava-se.

— Interessante — Lea sussurra ao ver o garoto sair dali. A mesma bate o seu pé com força no chão novamente mas dessa vez, ao invés de uma parede de pedras surgir, as pedras começaram a cobrir o corpo dos alunos dos pés até o pescoço. — Acabou — ela cruza seus braços. — Sugiro a vocês que desistam agora, porque se resistirem irei forçá-los a desistir.

— Por que eu não consigo usar meus poderes? — indaga Daiana, uma das integrantes da equipe III.

— Eu tomei a liberdade de pressionar alguns pontos de pressão de vocês, ou seja, não estás conseguindo usar seus poderes porque não consegue mover o seu corpo, é simples — explica com um tom de voz debochado. — Só têm duas maneiras de livrarem disso aí, a primeira é se tiveres uma habilidade que não exija mover o corpo, porque assim você poderia me atacar e, uma hora ou outra, o seu corpo voltaria a se mexer de novo. A segunda maneira é conseguir “despressionar” seu ponto de pressão para que o corpo retorne a seus movimentos normais, porém isso requer muito treino. E então, querem desistir agora ou terei que partir para a agressividade?

— Desisto — disse Ária, cabisbaixa.

— Muito bom — a Lea estala o dedos e as pedras que cobriam a garota levam a mesma para um local perto da porta de vidro, longe dos demais alunos que estavam presos por rochas, uma parte do vidro se abre e Kelly vai aaté a Ária pra ajudá-la a ir em direção a cadeira, já que a garota ainda não andava. — Tenho mais onze alunos, qual vai ser o próximo a desistir?

— CHEGA! — grita Diego. — VOCÊ ME DEIXOU IRRITADO POR CAUSA DESSE SEU JEITO CÍNICO — após falar isto, as pedras que o encobriam começaram a pegar fogo. — NÃO PRECISO MOVER O MEU CORPO PRA PODER CONTROLAR AS MINHAS CHAMAS! — ele começa a lançar várias bolas flamejantes para a Lea, que ergueu uma parede de pedra para protege-la. — AGORA VAI FUGIR DAS MINHAS BOLAS DE FOGO COM O RABO ENTRE AS PERNAS, É?

HOPE ACADEMYOnde histórias criam vida. Descubra agora