C o l e g a s.

V i a L á c t e a

E ai, meus companheiros de quarto, tenho uma novidade pra vocês:

Eu criei um grupo do whats pra essa Fic aqui e a Forelsket (que é linda demais também). Se quiser entrar, manda mensagem pra mim aqui no wattpad.

Era isso, boa leitura!

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-- Vamos sair hoje a noite? -- Perguntei, no telefone.

-- Não dá, amor… -- A voz de Letícia respondeu, do outro lado. -- Tenho que…

-- Tem que trabalhar. -- Completei, revirando os olhos.

-- É, tenho que trabalhar. -- Pude sentir o sorriso amarelo dela do outro lado.

-- Tenho que ajudar Du no almoço agora, beijo. -- Menti.

-- Beijo, Aninha, eu te…. -- Desliguei antes dela terminar de falar.

Fui até a cozinha, vendo Drummond terminar a comida. Ajudei ele a levar tudo para a mesa, Bukowski tinha ido embora ontem a tarde e os sintomas de saudade era visível nele. Suspirei, estava com saudade de Luana, apesar de odiar admitir. Vitória passou a manhã concentrada em uns assuntos do teatro, então aquela era a primeira vez que nós nos víamos no dia sem uma das duas ter a cara enfurnada em papéis. Depois de todos já terem se servido, resolvi dar a notícia.

-- Eu zerei minha prova de anatomia. -- “porque Vitória não é um músculo”, completei mentalmente. Deixei de fora o fato desta ter sido a prova para qual eu não havia estudado.

-- A gente pode te ajudar a estudar. -- Du pegou minha mão, fazendo carinho com o polegar e me acalmando. Ele era um amor.

-- Nós vamos te ajudar, Ninha. -- Vitória sorriu.

-- Ninha? -- Perguntei.

-- É, apelido de Aninha, porque Aninha é minha irmã. -- Ela riu, colocando mais salada no próprio prato e fazendo questão de por no meu também. -- Come que é bom pra saúde.

-- Vitória! -- Reclamei, vendo os alfaces caírem no meu prato bagunçando todas as cores que eu havia arrumado. Mas, não me importei. Meu prato combinava com o dela. -- Só não devolvo pra vasilha porque já tá cheio de arroz. -- Sorri, fazendo ela rir também.

Depois de comermos, eu lavei a louça e me joguei no sofá da sala, ligando a TV. Mas Drummond parou na minha frente, com várias canetinhas nas mãos. Se sentou na mesinha de centro e me estendeu todas elas.

-- Quer que eu faça o que com isso? -- Perguntei.

-- Quero que desenhe em mim os músculos, tendões e ossos. -- Ele me estendeu o braço. -- Começa por aí. Estou com uma colinha dos resumos da Tavares, ela deixou jogado na escrivania dela e eu juntei tudo e fiz um caderninho. -- Du me mostrou o caderno feito de folhas sulfites na mão dele. -- Te dou depois. Agora vamos lá. Toma aqui pra tu usar de base.

O caderno veio pro meu colo, e eu o abri. Vários rascunhos e esboços, todos coloridos e cheios de setas com nomes. Foquei no desenho e comecei a rabiscar no braço de Drummond. Desenhar em tamanho real era com certeza mais divertido do que no papel. Continuei pintando o antebraço dele, mas assim que fui para desenhar os bíceps, notei o papel filme. Du tinha feito uma tatuagem no domingo.