Cap.16- expectativa

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O aniversário da Bia se aproximava, e com ele milhões de coisas pipocavam em minha mente.Resolvi passar mais tempo com ela, para saber alguma coisa que ela gostaria de receber, porém de cada 30 coisa, ela desejava 40.
Estávamos sentadas em frente a casa dela quando a Paty apareceu, fiquei nervosa e um frio na barriga tomou conta, fiquei encarando ela...
-Está tudo bem?
Paty perguntou
-Comi mi migo?
Gaguejei
Paty:-Sim, parece assustada.
Disse me olhando atentamente, deixando um leve sorriso transparecer.
-Sim, está tudo bem...só estou um pouco de ...
Por segundos me destrai com aquele lindo sorriso.Meu Deus como pode ser perfeita (pensei, esboçando um sorriso bobo).
-eiiii, o que foi?
Perguntou Paty com um "ar desconfiado"
-Nada, e para de me lançar esse olhar esquisito...
Respondi voltando do meu mundo paralelo, então, para sair daquilo,convidei as duas para jogar uma partida de vôlei, a medida que ficávamos próximas, sentia uma intensa coisa que não sabia explicar, aquela garota mexia comigo de uma forma, que eu não queria, não poderia gostar de uma garota, nem sabia se isso era possível...pensei comigo "será que isso é normal?"
Pensamentos borbulhavam, eu não sabia de nada sobre o assunto.
Assim que a partida terminou sentamos e voltamos a conversar sobre tudo, ela era incrivelmente interessante.
Decidi que, daquele dia, daria todas as chances possíveis para saber mais sobre ela.
-posso vir na sua casa à noite? É que minha mãe irá sair com meus irmãos, não quero ficar só .
Perguntou Paty, passando as mãos no cabelo, me olhando
-É claro, costumo ficar em meu quarto assistindo filmes ou shows ...ah! Deixa eu perguntar, quais cantores você gosta?
Paty:- gosto de tudo, sem distinção.
-entendi, que horas você vem?
Paty:- às 19:00 tudo bem?
-sim, agora vou pra casa, pois tenho umas coisa ai
Me levantando, sai toda errada das minhas coisas.
- até meninas. ..
Me despedi, corri para casa...olhei meu quarto estava um caus, como uma pessoa sobrevivia ali não sei, porém arrumei ou tentei arrumar tudo em perfeita harmonia.
18:00 e eu já esperava ansiosamente minha visita,18::15 e já tinha desencanado que ela chegasse, então liguei o som e dancei como nunca, perdi à hora, derrepente escuto batidas fortes e um falatório por trás de minha porta, abro a porta e vejo minha mãe dizendo: você tem visita.
Saindo e dando passagem para Paty .
-oi..entra
Ela sorriu toda nervosa, entrando logo em seguida em meu quarto, observando tudo a nossa volta, até que, parou seus olhos nos meus.
Paty-É bem legal aqui. .o que estava fazendo me parece cansada, está tudo bem?
Respirei fundo
-sim, está tudo bem
eu só estava ...
Ela me interrompeu
Paty- ...dançando
Sorri
Paty- sua mãe disse que gosta de dançar mesmo, eu também amo dançar, irei até participar de um grupo de dança da cidade para arrecadar dinheiro para caridade.
Olhei para ela pensando "meu Deus além de linda é perfeita"
-Mas eu só gosto de dançar sozinha mesmo, não gosto que me olhem, eu tenho um pouco de vergonha.
Disse bem rápido, esperando que ela nem comentasse.
Paty-deixa de bobagem, chegue mais pertinho, eu juro que não mordo.
Me aproximei, dando um longo suspiro de nervoso, afinal o que ela queria? pensei comigo mesma .
Então ela ergueu as mãos, a fim de que eu desse as minhas, logo em seguida, ela começou a dançar me rodopiando pelo meu quarto todo, os olhares se cruzavam por diversas vezes, senti meu coração bater aceleradamente, ela me olhava e prendia os lábios de uma forma que nunca antes uma garota tinha me olhado, o clima foi ficando cada vez mais diferente, até nos aproximamos e batemos no guarda roupa, ficamos sentadas no chão rindo do ocorrido.
-você quer algo pra comer ou beber?
Perguntei desconcertada
Paty-não obrigada, mas que horas é?  preciso ir para casa
"Mas pensei que mãe dela tinha saido deixando ela sozinha, e foi por isso que ela veio..mal chegou e já quer ir? Será que fiz algo errado " pensei impaciente.
-tudo bem!
Não conseguindo disfarçar minha expressão de desânimo.
Paty-eu sei que acabei de chegar e tal mas vou pra casa..não é nada com você é comigo, se der eu volto, prometo.
Encostando seus ombros nos meus, dando um breve sorriso.
-ok, você que sabe
Ainda estarei aqui, é só bater
Sorri de volta, então nos levantamos, acompanhei até o portão e ela foi se distanciando, até sumir de minha vista.

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