Uma luz forte e quente abraçou o seu rosto instantemente e ao abrir os olhos ela podia notar que ainda estava deitada no asfalto quente da pista.
Algumas piscadas e notou surgindo aos poucos uma mão feminina, com unhas cor de ouro em glitter e dedos finos e longos, se estendendo a ela.
— Consegue levantar? —dizia a voz puxando Aurora para cima em seguida.
Os cabelos daquela mulher brilhavam de tão dourados e seus olhos eram da cor de belas esmeraldas. Sua boca era rosada naturalmente e tua beleza era indescritível.
— Sente alguma coisa?
— Não — respondeu Aurora tocando-se para verificar se tinha algum ferimento. — eu fui atropelada?
— Foi só uma batidinha, não é atoa que nem doeu, não é mesmo? — ela sorriu e que belos dentes ela tinha. — vamos, temos uma longa caminhada para seguir.
— Eu nem conheço você... e agradeço por me levantar do chão mas... eu tenho que ir para casa.
— Eu disse que temos uma longa caminhada para seguir. — repetiu, segurando forte Aurora pelo pulso.
— Moça, por favor. — sussurrava Aurora repuxando seu braço das mais dela — Eu nem conheço você... e não sou obrigada a ir a lugar algum com desconhecidos. Por favor. Só quero voltar pra minha casa.
A mulher se voltou novamente para Aurora e com uma voz diferente e ameaçadora a convidava para ir, mas novamente fora renegado o pedido. Ela sorriu ironicamente e saiu maravilhosamente desfilante entre as calçadas até que sumiu.
Era a morte.Ao passos que Aurora dava era como se a cidade passasse a ser mudada de repente. Era como se não mais fosse a mesma cidade.
— Está perdida?
A voz saltava por entre os troncos de umas árvores e Aurora não conseguia ver de qual exatamente fora.
— Está me procurando?
— Não estou procurando ninguém, desculpe, acho que se enganou. — dizia ela caminhando para longe dele.
Era um homem com uma bermuda despojada, uma camisa entreaberta e rasgada e um cabelo em penteado engraçado.
— Eu sou "raiva". Como se chama? —sua voz parecia estar agarrada aos ouvidos de Aurora.
— Seu nome é "Raiva"? — indagava, olhando por entre os ombros a fisionomia do homem e rindo pelo nome incomum. — ninguém se chama Raiva.
— Se você nunca conheceu alguém chamado assim, não quer dizer que não exista alguém com este nome.
Aurora parou e se voltou de frente ao homem pedindo desculpas em seguida.
— Na verdade muitos são aqueles que chamam-se "Raiva" mas poucos sabem disso...
— O que está acontecendo com essa cidade? Você mora por aqui?
— Tecnicamente não — ele chacoalhou a cabeça negativamente e deu de ombros. — Mas hoje é um dia especial.
— Que dia é hoje?
— Seu recomeço. — respondeu ele, seguindo para próximo de um novo tronco.
— Meu... recomeço? — ela se voltara mais para perto do homem e franzia sua testa em duvidas eletrizantes. — eu estou morta? Algo assim? Eu acabei de ser atropelada e agora estou alucinando!
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Através do seu amor
FantasyUma mulher vive atormentada por lembranças de um passado cruel, sofrendo com diversos impulsos de sentimentos ao mesmo tempo. Fugiu da casa da tia com 17 anos de idade e tempos seguintes ela teria se reencontrado com o próprio agressor, razão de a t...