Capítulo OITO

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Uma luz forte e quente abraçou o seu rosto instantemente e ao abrir os olhos ela podia notar que ainda estava deitada no asfalto quente da pista.

Algumas piscadas e notou surgindo aos poucos uma mão feminina, com unhas cor de ouro em glitter e dedos finos e longos, se estendendo a ela.

— Consegue levantar? —dizia a voz puxando Aurora para cima em seguida.

Os cabelos daquela mulher brilhavam de tão dourados e seus olhos eram da cor de belas esmeraldas. Sua boca era rosada naturalmente e tua beleza era indescritível.

— Sente alguma coisa?

— Não — respondeu Aurora tocando-se para verificar se tinha algum ferimento. — eu fui atropelada?

— Foi só uma batidinha, não é atoa que nem doeu, não é mesmo? — ela sorriu e que belos dentes ela tinha. — vamos, temos uma longa caminhada para seguir.

— Eu nem conheço você... e agradeço por me levantar do chão mas... eu tenho que ir para casa.

— Eu disse que temos uma longa caminhada para seguir. — repetiu, segurando forte Aurora pelo pulso.

— Moça, por favor. — sussurrava Aurora repuxando seu braço das mais dela — Eu nem conheço você... e não sou obrigada a ir a lugar algum com desconhecidos. Por favor. Só quero voltar pra minha casa.

A mulher se voltou novamente para Aurora e com uma voz diferente e ameaçadora a convidava para ir, mas novamente fora renegado o pedido. Ela sorriu ironicamente e saiu maravilhosamente desfilante entre as calçadas até que sumiu.
Era a morte.

Ao passos que Aurora dava era como se a cidade passasse a ser mudada de repente. Era como se não mais fosse a mesma cidade.

— Está perdida?

A voz saltava por entre os troncos de umas árvores e Aurora não conseguia ver de qual exatamente fora.

— Está me procurando?

— Não estou procurando ninguém, desculpe, acho que se enganou. — dizia ela caminhando para longe dele.

Era um homem com uma bermuda despojada, uma camisa entreaberta e rasgada e um cabelo em penteado engraçado.

— Eu sou "raiva". Como se chama? —sua voz parecia estar agarrada aos ouvidos de Aurora.

— Seu nome é "Raiva"? — indagava, olhando por entre os ombros a fisionomia do homem e rindo pelo nome incomum. — ninguém se chama Raiva.

— Se você nunca conheceu alguém chamado assim, não quer dizer que não exista alguém com este nome.

Aurora parou e se voltou de frente ao homem pedindo desculpas em seguida.

— Na verdade muitos são aqueles que chamam-se "Raiva" mas poucos sabem disso...

— O que está acontecendo com essa cidade? Você mora por aqui?

— Tecnicamente não — ele chacoalhou a cabeça negativamente e deu de ombros. — Mas hoje é um dia especial.

— Que dia é hoje?

— Seu recomeço. — respondeu ele, seguindo para próximo de um novo tronco.

— Meu... recomeço? — ela se voltara mais para perto do homem e franzia sua testa em duvidas eletrizantes. — eu estou morta? Algo assim? Eu acabei de ser atropelada e agora estou alucinando!

Através do seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora