Capítulo NOVE

45 10 3
                                    

Ondas de calor com umas fisgadas de um ar muito frio de repente.
Barulhos de risos de bebê e um cheiro muito forte de alto que de alguma forma havia por trazer paz naquele minuto que Aurora voava por entre um faixo de luz e observava coisas sairem de dentro dela.

Uma voz ergue-se como um som de muitos assobios e ventos suaves um tremor tomou-lhe de conta. Sua consciência estava lhe contando algo com a ajuda do espírito do Criador, dizendo que ela a filha amada por Ele, e que devesse não se preocupar tanto com coisas que ainda nem aconteceram. Devesse apenas confiar nEle quando falar a ela, e não dar mais ouvidos a senhora depressão.

Aurora foi aconselhada a escrever os seus sentimentos em papéis e relê los no final do ano ou fim de cada mês, para que aquelas dores servissem de escada a ela.

O espírito da verdade havia dito ainda pelo faixo de luz, que enviou seus filhos para conversarem com Aurora e a ajudarem a se esquecer das tristezas, mesmo que ela sempre quisesse ficar longe deles...

O Criador dissera tantas outras coisas que somente ela pudera ouvir e em seguida desapareceu junto com o faixo de luz.

Barulhos de aparelhos médicos, vozes falantes e um ar agradável penetrando por entre suas narinas.

Aurora estava deitada em uma sala de hospital, e aos poucos podia mexer o rosto suavemente e notar caras conhecidas em volta dela, conversando entre si.

Começara a se remexer na cama tentando por se acomodar melhor e escuta a voz de Benjamin comunicando aos demais de que ela estaria acordada.

Rostos felizes foram até os pés da cama e as mãos de Benjamin estavam por tocar seus cabelos agora mais compridos.

— O que todos fazem aqui? — dizia Aurora, ainda com voz sonolenta e ajeitando o cabelo para detrás da orelha. — tia?

Sua tia Susana recebera a notícia por Analice e foi mais depressa possível visitar sua sobrinha no hospital.

Atravessou uma cidade inteira com suas filhas e se aproximara de Aurora beijando sua testa, assim como suas primas também a fizeram beijando seu rosto.

— Nós viemos o mais depressa que pudemos... Benjamin cuidou de você a maior parte do tempo — dizia sua tia, abraçando Benjamin em seguida, acariciando teus ombros.

Aurora continuava com as imagens nítidas em sua cabeça e por mais que tentasse crer que fora somente um sonho incrível, todos ali presente naquele instante, provaram-na de que era muito real o que ela havia vivido.

— Pedi para que todos do canil orassem por você..

— Carmélia... — dizia Aurora, chamando a moça com um gesto de mão. A mesma na qual havia gritado horrores antes do atropelamento e da coisa toda.

A moça se aproximou, com o olhar maravilhado e as mãos encolhidas na altura do coração, olhando para Aurora ela beijara suas mãos.

— Carmélia ... — continuava Aurora — me desculpe pelo que eu disse ontem, eu estava queimada em raiva e eu nem sei porque eu estava daquele jeito...

— Não se desculpe, eu entendo. Fique calma e relaxa... Deus te salvou da morte menina. Mais de uma vez.

Aurora a olhou assustada e de repente percebe alguém entrando naquela sala com um bebê nos braços.

Era Analice e sua filha.

— Ana? — perguntava Aurora com a testa franzida e já sentada na cama — quem é essa bebê linda?

Através do seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora