Ondas de calor com umas fisgadas de um ar muito frio de repente.
Barulhos de risos de bebê e um cheiro muito forte de alto que de alguma forma havia por trazer paz naquele minuto que Aurora voava por entre um faixo de luz e observava coisas sairem de dentro dela.Uma voz ergue-se como um som de muitos assobios e ventos suaves um tremor tomou-lhe de conta. Sua consciência estava lhe contando algo com a ajuda do espírito do Criador, dizendo que ela a filha amada por Ele, e que devesse não se preocupar tanto com coisas que ainda nem aconteceram. Devesse apenas confiar nEle quando falar a ela, e não dar mais ouvidos a senhora depressão.
Aurora foi aconselhada a escrever os seus sentimentos em papéis e relê los no final do ano ou fim de cada mês, para que aquelas dores servissem de escada a ela.
O espírito da verdade havia dito ainda pelo faixo de luz, que enviou seus filhos para conversarem com Aurora e a ajudarem a se esquecer das tristezas, mesmo que ela sempre quisesse ficar longe deles...
O Criador dissera tantas outras coisas que somente ela pudera ouvir e em seguida desapareceu junto com o faixo de luz.
Barulhos de aparelhos médicos, vozes falantes e um ar agradável penetrando por entre suas narinas.
Aurora estava deitada em uma sala de hospital, e aos poucos podia mexer o rosto suavemente e notar caras conhecidas em volta dela, conversando entre si.
Começara a se remexer na cama tentando por se acomodar melhor e escuta a voz de Benjamin comunicando aos demais de que ela estaria acordada.
Rostos felizes foram até os pés da cama e as mãos de Benjamin estavam por tocar seus cabelos agora mais compridos.
— O que todos fazem aqui? — dizia Aurora, ainda com voz sonolenta e ajeitando o cabelo para detrás da orelha. — tia?
Sua tia Susana recebera a notícia por Analice e foi mais depressa possível visitar sua sobrinha no hospital.
Atravessou uma cidade inteira com suas filhas e se aproximara de Aurora beijando sua testa, assim como suas primas também a fizeram beijando seu rosto.
— Nós viemos o mais depressa que pudemos... Benjamin cuidou de você a maior parte do tempo — dizia sua tia, abraçando Benjamin em seguida, acariciando teus ombros.
Aurora continuava com as imagens nítidas em sua cabeça e por mais que tentasse crer que fora somente um sonho incrível, todos ali presente naquele instante, provaram-na de que era muito real o que ela havia vivido.
— Pedi para que todos do canil orassem por você..
— Carmélia... — dizia Aurora, chamando a moça com um gesto de mão. A mesma na qual havia gritado horrores antes do atropelamento e da coisa toda.
A moça se aproximou, com o olhar maravilhado e as mãos encolhidas na altura do coração, olhando para Aurora ela beijara suas mãos.
— Carmélia ... — continuava Aurora — me desculpe pelo que eu disse ontem, eu estava queimada em raiva e eu nem sei porque eu estava daquele jeito...
— Não se desculpe, eu entendo. Fique calma e relaxa... Deus te salvou da morte menina. Mais de uma vez.
Aurora a olhou assustada e de repente percebe alguém entrando naquela sala com um bebê nos braços.
Era Analice e sua filha.
— Ana? — perguntava Aurora com a testa franzida e já sentada na cama — quem é essa bebê linda?
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Através do seu amor
FantasyUma mulher vive atormentada por lembranças de um passado cruel, sofrendo com diversos impulsos de sentimentos ao mesmo tempo. Fugiu da casa da tia com 17 anos de idade e tempos seguintes ela teria se reencontrado com o próprio agressor, razão de a t...