It's a Heartache

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Quando Regina acordou, minutos depois de Swan ter pegado no sono, encontrou Emma dormindo completamente torta, numa cadeira de plástico.

A primeira coisa que Mills pensou foi: "por que raios ela não ficou na poltrona?" Em seguida, olhou ao redor, e ao ver em cima de uma mesinha que tinha perto de sua cama, um copo descartável, com água, não pensou duas vezes e o pegou, jogando o líquido na amiga.

Emma acordou num pulo e acabou caindo da cadeira, sem perceber que Regina a observava, tentando segurar o sorriso. Mas, ao ver a careta da loira, não se aguentou e caiu na gargalhada, chamando então a atenção de Emma para si.

— Regina! — Repreendeu, levantando-se. — Mais criança, impossível.

— Ah! Agora eu sou uma criança... Mas, na hora de...

— Cala a boca, Regina. — Interrompeu-a, encarando-a seriamente.

— Por que você está tão séria? — Indagou franzindo o cenho, parando de sorrir.

— Talvez porque uma louca entrou na sua casa, apontou uma arma para mim, a fim de me matar... — Levantou os dedos na direção da amiga, enumerando as coisas que aconteceram mais cedo. — Machucou a minha boca... — Apontou para a mesma, que agora estava bastante inchada. — E ainda atirou no seu pé... Está bom de motivos, ou quer mais? — Indagou com ironia.

— Emma, eu não tive culpa da Martha ter feito isso. — Tentou se defender. — Eu pensei que ela tinha entendido da última vez que veio atrás de mim. Eu deixei tão claro quanto água.

— Você tem culpa sim. — Acusou, aproximando-se. — Ficou com ela mesmo sabendo que é casada. — Balançou a cabeça negativamente. — Você deu brecha para que a mulher se apaixonasse por você, Regina. — Nesse momento, quem falava pela loira era nada mais, nada menos, que o ciúme, pois, ela sabia bem que Regina não sabia que a mulher era comprometida. Mas, o ciúme estava falando mais alto, e a raiva pelo o que aconteceu era tanta, que queria pôr a culpa nela.

— Emma, essa é aquela mulher casada que falamos naquele dia que saímos com o Graham e os meninos. — Lentamente retirou seu pé de cima de uns travesseiros, que estavam ali com a intenção de deixá-lo suspenso. — Eu não sabia que ela era casada. Eu já disse isso... — Relembra. — E, ela não se apaixonou por mim. — Contorceu seu rosto em uma careta, ao terminar de falar.

— Quantas vezes ela foi atrás de você e onde raios ela arranjou aquela arma? Você sabe? As outras vezes ela estava com ela? — Encheu-a de perguntas, ainda irritada e cheia de ciúmes, dos quais não admitiria nem para si mesmo.

— Essa é a quarta vez que ela vem atrás de mim, e a primeira que vem com uma arma, que... — Interrompeu-se e respirou fundo já se preparando para ouvir poucas e boas quando terminasse de falar. — Que é do marido, que é um sargento de NYC.

— Puta que pariu, Regina. Você é louca ou o que? — Perguntou extremamente nervosa, andando de um lado para o outro. — Tem noção do perigo que você correu ou corre por causa disso? — Balançou a cabeça negativamente. — Deus! — Olhou para cima e depois para a amiga, que agora estava sentada na cama, com as pernas para fora. — Por que você não segura esses seus dedos na... — Pausou-se procurando algum lugar onde poderia falar, já que calça não faria sentindo, mas acabou desistindo. —Ah! Por que você não segura esses dedos, hein? — Indagou irritada. Se o momento não fosse sério, Regina estaria rindo.

— Sua boca está muito inchada. — Franziu o cenho, apontando para o local. — Está tirando minha atenção. — Emma cruzou os braços e a fuzilou com o olhar. — Ok... — Pigarreou. — É... — Coçou a cabeça e se remexeu no lugar. — Sério... Eu já disse que não sabia de nada, senão não teria me metido com ela... Quer dizer, eu que meti nela... Os meus dedos e... — Nesse momento, Emma a encarou com uma carranca, fazendo-a parar com seus devaneios. — É... — Pigarreou. — Como eu estava dizendo, eu não sabia de nada, também deixei bem claro que era sexo sem compromisso, e quando eu soube do marido, nós acabamos. — Emma encarava-a parada perto da cama. — Eu nem sabia que ela sabia atirar e tinha acesso a arma do homem, e muito menos que era louca e ficaria vindo atrás de mim.

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