Love Hurts

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Após Regina ter tido, durante o dia, alguns surtos decorrentes das lembranças do momento em que o Capitão se jogou em sua frente para salvar a sua vida entrando em choque com as lembranças do momento em que Daniel morreu em seus braços, e precisou ser sedada, deixando Emma e Ruby preocupadas, por precaução, só foi liberada quatro dias depois.

E Graham, devido ao seu estado grave, por segurança e bem-estar, a equipe médica decidiu que seria melhor aprofundar o seu coma com o uso de sedações, por tempo indeterminado.

•§•

— Você está mesmo bem? — Emma pergunta pela terceira vez, segurando no braço de Regina enquanto andavam pelo hospital. — Regina a encara, arqueando a sobrancelha, questionando com o olhar "de novo?" — Não vou te deixar sozinha, você vai para a minha casa, tudo bem? — Indaga, ignorando o olhar da outra, que assente sem protestar.

— Você sabe como Graham está?

— Nós estamos proibidas de falar sobre esse assunto, Regina. — Diz em tom cansado. Não era a primeira vez naquele dia, que ela perguntava sobre o estado de Humbert e Emma, e até a enfermeira, davam aquela resposta.

— Eu já estou bem. — Protesta e Emma revira os olhos.

— Você quer ir ao banheiro antes de irmos? — Aponta para trás, mudando de assunto, torcendo para que a morena não insista.

— Eu quero um café. — Responde, vencida. — E eu posso andar sozinha. — Murmura, parando de usar o braço da amiga como apoio.

— Para de ser chata. — A loira implica, dando um empurrãozinho em seu ombro e Regina acaba sorrindo, desfazendo a cara feia por ter sido contrariada. — Eu vou buscar o café para você. Pode me esperar enquanto eu vou no banheiro também? — Regina assente, já se afastando dela. — A Ruby está lá na frente. — Avisa, e sem olhar para trás, Regina levanta o polegar. Emma dá um sorrisinho e faz o caminho contrário, quase correndo em direção ao banheiro.

•§•

— Eu não acho uma boa ideia você ir visita-lo. — Emma diz, sentando-se no sofá. Todos os dias, assim que acordavam, antes mesmo de tomarem o café da manhã, Regina fazia o mesmo pedido: Ir visitar o Graham. A resposta para esse pedido era sempre a mesma.

— Já faz uma semana que eu saí do hospital, quase duas que tudo aconteceu, e eu não estou mais aguentando ficar em casa sem fazer nada e sem saber como ele está. — Joga-se no sofá, irritada.

— Sei que é uma droga, as duas coisas, mas são ordens médicas e eu só estou seguindo-as, eu sinto muito. — Toca no ombro da morena e aperta, tentando consola-la e convence-la.

Regina suspira pesadamente, passando as mãos pelo rosto e pelo cabelo.

— Eu já estou bem, Emma... — Murmura em tom cansado. Nos últimos dias, foi o que mais disse. — Por favor. — Junta as mãos na altura do peito e faz a famosa cara de cachorrinho pidão. Não era a primeira vez que a usava para conseguir alguma coisa da amiga.

— Você está apelando! — Cruza os braços, fazendo bico.

— E você está caindo! — Emma arqueia a sobrancelha e semicerra os olhos. — Eu sei que está considerando.

— Regina... — Balança a cabeça negativamente, esfregando o rosto de modo agoniado. — É complicado. Você entrou em choque quando tudo aconteceu, surtou várias vezes no hospital... — Diz em tom desesperado, ajoelhando-se em sua frente e segurando sua mão. — Olha, eu não estou querendo ser chata. Eu também quero ir vê-lo, também quero ver com os meus próprios olhos, como ele está. Não aguento mais saber tudo por telefone, mas eu tenho medo. Tenho medo de você ficar mal de novo, de ter um surto novamente, entende?

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