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Ainda sem saber de quem eram os braços que lhe prendiam na cintura, Regina começou a se debater para tentar se soltar do agarre, todavia parou com os movimentos assim que uma luz forte foi apontada para o seu rosto, cegando-a momentaneamente.

— Graham? — E então se vira para trás, vendo Emma com um olhar raivoso e vermelho, segurando-lhe com força. — Emma? — Franze o cenho. — O que estão fazendo aqui? — Tentou se soltar da loira, mas essa se manteve firme com os braços ao redor de sua cintura. — Será que você poderia me soltar? — Pediu irritada.

— Para você continuar o que fazia? — Perguntou irônica, com raiva, apertando-a mais um pouco.

— Emma, leve-a daqui e cuide desses machucados... — Graham apontou com a lanterna para a saída do cômodo. — Eu vou resolver esse "pequeno" problema. — Informou, pegando a arma, uma 9mn com silenciador, sua preferida, que Mills ainda segurava, aproximando-se do homem pendurado e inconsciente, analisando-o dos pés à cabeça. — Eric, venha aqui me ajudar a tirar ele daqui e o colocar na cama.

•§•

Em silêncio, as amigas entraram no carro da loira. Antes de colocar o veículo para andar, Emma retirou um celular do porta-luvas e jogou em cima da morena, que olhava de forma irritada pela janela.

— Como vocês me encontraram? — Perguntou, lembrando-se que havia escondido seu celular exatamente para que não conseguissem encontrá-la. Já nem lembrava mais que tinha feito isso. A Sargento olhava com raiva pela janela, enquanto passava a mão ao redor do seu machucado no braço. Estava latejando.

— O carro. — Emma respondeu, bem curta e grossa. Em cada veículo possuía um dispositivo rastreador, para o caso de roubo, sequestro, ou qualquer outra eventualidade. E foi graças a esse dispositivo minúsculo que fica embaixo do carro, que Swan e Humbert conseguiram localizar Regina, logo depois de serem guiados para a ponte DuSable e encontrarem apenas seu celular escondido.

— Droga! Eu havia me esquecido desses dispositivos. — Murmurou baixinho, mas Emma escutou e lhe encarou com fúria, mas nada falou. Deixaria para dizer qualquer coisa quando chegassem ao Departamento.

•§•

— Você tem noção do que fez há pouco? — Sua voz saiu baixa. Estava em pé e de braços cruzados, do lado esquerdo de uma mesa, na sala do interrogatório, observando Regina, que estava sentada a sua frente com os braços apoiados na madeira e a cabeça apoiada nas mãos.

A morena não respondeu, fazendo-a ficar ainda mais irritada.

— Não fique calada! — Gritou, batendo suas mãos com força na mesa.

— E você não grite comigo! — Devolveu, levantando-se rapidamente e se aproximando da outra, por cima do objeto que as separava.

— Vai bater em mim? — Ergueu a sobrancelha, peitando a morena, que em silêncio, voltou a se sentar.

Ambas ficaram em silêncio por alguns minutos. Emma encarando Regina e a morena olhando para o chão. Parecia perdida em outro mundo.

— Ok! — Respirou fundo. — Vamos começar de novo. — Puxou uma cadeira e se sentou, cruzando os braços em cima da mesa. — Nós não sairemos dessa sala até falarmos sobre isso.

— Eu não quero falar sobre esse assunto. — Murmurou. Seu tom parecia cansado. — E você não é uma psicóloga... — Acrescentou no mesmo tom.

— Mas você querendo ou não, precisamos e vamos... — Disse firme, ignorando a última frase. — O que pretendia fazer com aquele homem... — Interrompeu-se, balançando a cabeça negativamente. Imagens do homem pendurado, com uma arma apontada para sua cabeça, vindo à sua mente. — Não foi para isso que você se tornou policial, Regina!

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