I swear

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Cinco dias depois

Emma tentava se concentrar em ler e entender pela quarta vez um relatório entregue por Mike, sobre uma investigação de sequestro de um jornalista, quando Brian, que havia se aproximado sem que ela percebesse, joga uma pasta na cor parda em cima da mesa, bem próxima de suas mãos, dando-lhe um breve susto.

― O que é isso? ― Deixa o relatório de lado e pega a pasta, logo abrindo-a e lendo o nome do Departamento de Los Angeles em destaque. Sua mente se acende. ― Isso é...

― Um caso que os agentes Ruby Lucas e Robin Lancaster trouxeram do meu Departamento, mas que já veio do antigo Departamento deles em LA, quando se mudaram para cá? ― Completa sua pergunta com bom humor. ― Sim, é isso mesmo. ― Puxa a cadeira ao lado da Sargento e se senta.

― Nós estivemos tão preocupados em pegar Keith Thompson naquela época, que não só o Graham, mas todos nós acabamos esquecendo. ― Lamenta envergonhada, passando as folhas e lendo algumas coisas rapidamente. ― Peço sinceras desculpas em nome de todos, por ter esquecido...

― Tudo bem! ― Ele retruca com tranquilidade. ― Se servir de consolo, lá em Nova Iorque já aconteceu de esquecermos alguns casos para dá atenção aos mais graves e de mais urgências. ― Sussurra como se fosse um segredo e tivesse mais gente na sala e os dois riem.

― Onde você o encontrou? ― Swan fecha a pasta e a arrasta em sua direção.

― Eu estava dando uma voltinha pelo arquivo e vi uma das gavetas de casos ainda para serem abertos, mal fechada. Fui olhar por curiosidade e ele estava logo em cima, impedindo da gaveta ser fechada completamente.

― Será que já foi resolvido? Já faz tanto tempo... ― Diz em um tom pensativo.

― Eu entrei em contato com eles para saber a respeito e disseram que sim, na semana passada. ― Emma arqueia a sobrancelha com a coincidência.

― E não falaram nada por não termos feito alguma coisa? Lembro quando Graham falou que era coisa grande.

― Então... ― Knight fez uma careta e coça a cabeça, disfarçando para não responder e Emma entende a sua resposta, soltando uma gargalhada. ― Eles não sabiam que eu tinha repassado para Graham e estranharam quando eu quis saber sobre o andamento... ― Solta uma risadinha. ― Mas agora, chega de conversa e vamos voltar ao trabalho, tem muita coisa para fazer. ― Aponta para uma pilha de pastas e o seu notebook e Emma concorda, puxando o relatório do detetive para perto e dando início à leitura mais vez.

Ao chegar no terceiro parágrafo, a loira se perde na leitura e volta do início. Na terceira tentativa, Emma desiste e afasta o relatório de si. Respira fundo e esfrega o rosto, agoniada. Não estava conseguindo se conectar com a leitura, com o seu trabalho. Sua mente não parava de viajar e pensar em Regina e em como ela estava. Quatro dias atrás a Sargento teve uma pequena complicação em vez de melhora e desde então, Emma não tem dormido e nem comido direito, cheia de preocupação, e sua mente não pensava em outro assunto que não fosse a saúde da morena.

Vendo o estado de Swan, Brian interrompe a sua digitação e se levanta, sentando ao lado dela novamente. Ele já tinha uma ideia do que poderia ser.

― Não consigo me concentrar... ― Ela murmura em um tom cansado. ― Eu estou preocupada. ― Enfia as mãos no cabelo e apoia os cotovelos na mesa de mármore. ― Não consigo pensar em outra coisa. ­― Confessa, confirmando a suspeita do Capitão.

Brian olha para o relógio de pulso e depois para a mesa, mais necessariamente para a pilha de pastas que eles ainda tinham para mexer.

― Ainda faltam quatro horas para você largar. ― Diz com a voz suave, tocando em seu ombro. ― Vai para casa, descansar. ― Sugere amigavelmente. ― Não vai adiantar ficar forçando... Amanhã de manhã você acorda sem pressa, vai visitar a Regina e saber como ela está e depois vem para cá, para a gente dá continuidade.

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