Feliz Natal Jack

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-- Mãe,acorda! É natal.

Jack grita, em cima da cama.

Não posso evitar de sorrir,contagiada com o entusiasmo dele. Amamos o natal, e mesmo pequeno, jack faz toda uma comemoração sobre ele.

—O que iremos fazer hoje? - me espreguiço, como se não soubesse.

—Presentes! Presentes! - ele bate palmas, e meu coração se esquenta. Meu pequeno normalmente não demonstra tantas emoções, e eu me preocupo com ele. Menos no natal.

—Você foi um bom garoto?

Ele concorda rapidamente, com os olhinhos sérios.

Não pude deixar de rir —Então vamos rapido!

Após o vestir com uma calça moletom e uma camisa de mangas longas em caso de frio, e me enfiar em uma blusa simples branca e calças jeans, estamos prontos para a ação.
Como de costume, eu levo Jack para escolher os proprios brinquedos. É mais facil assim, ele fica animado na tarefa importante de escolher seu próprio presente e eu o acompanho.

Procuro as chaves do carro pelos cômodos e dou graças a Deus quando a encontro facil,em cima da mesinha da sala. Não posso contar com as mãos de quantas vezes eu a perdi.
Depois de pegar o casaco de jack e o meu, partimos para nossa pequena expedição anual.

— Deixe-me colocar o cinto primeiro- lembro automaticamente a ele, que balança as pernas impaciente.

Jack bufa contrariado — Vamos logo!

Reviro os olhos.

Olho para o retrovisor. Embora o tempo esteja nublado nesse momento - ainda não passa das 8 da manhã- o ar gelado que entra por minhas narinas é um aviso que isso está prestes a mudar.
Jack sorri sobre as bochechas rosadas pelo frio e posso sentir meu coração derreter um pouquinho.
Ele tem um fascínio por essa epoca do ano, e eu adoro ve-lo feliz.
Eu ainda não acredito que o fiz. Que ele é meu.

Se apenas todos os dias pudessem ser natal.

O passeio é tranquilo. Ligo o rádio em um canal natalino, com músicas tradicionais de natal. Sorrimos e apontamos para algumas casas particularmente mais decoradas, enquanto dirijo. Logo, o carro ficou repleto de gargalhadas e alegria.

Paramos em uma pequena loja de brinquedos no centro da cidade. Saio do carro e ajudo jack a descer. Seguro na mão dele, e a aperto carinhosamente.
Abro a porta e um sino soa sobre nossas cabeças.

A pose calma não dura muito.

Jack solta minha mão para correr em direção das prateleiras, atraindo a atenção das poucas pessoas ao redor do pequeno estabelecimento. Balanço a cabeça suspirando e aumento o passo para alcança-lo. Ele avalia os brinquedos um por um, com o rosto serio, como se estivesse em uma missão importante.
Há de tudo, carrinhos de corrida, grandes e pequenos. Uma fileira com bonecos de herói, espadas de plástico, máscaras com personagens de ação, tabuleiros, quebra cabeças.

Ele repete minuciosamente a inspeção, indo e voltando em cada prateleira.
Ele é tão pequeno em comparação às prateleiras, chega a ser fofo. Cruzo os braços.
Posso sentir os olhares das pessoas, repreensão de algumas, enquanto outras o olhavam divertidos. Não dou a mínima para olhares, a muito tempo. Sorrio cada vez que ele para e olha em minha direção, como se estivesse conferindo que eu observo a procura dele.

Enfim, ele segura um brinquedo na mão, e eu percebo ser em formato de uma pistola na cor   azul
—O clyde vai me ensinar a atirar mãe - Ele conta,sorrindo.

—Ele disse isso? - pergunto, sem transparecer meu aborrecimento.
Não esperava essa nova informação. Jeff havia dito que iria ensinar ele a atirar, realmente?

A Prisioneira de Jeff The Killer Onde histórias criam vida. Descubra agora