A primeira vez que eu me encontrei com a família Maddox
- O que está planejando para o Dia de Ação de Graças? - perguntou Aidan.
+ Sei lá. - Ainda não tinha pensado no assunto.
- Quer ir a Boston passar o fim de semana com minha família.
Uma resposta casual, mas eu sabia que aquilo era algo importante. Ainda mais importante do que eu julgará, a princípio. Quando eu contei o lance as meninas do trabalho, todas ficaram boquiabertas.
- Há quanto tempo vocês estão namorando em regime de exclusividade?
- Desde sexta feira.
- A última sexta feira? Você quer dizer a sexta feira que aconteceu há cinco dias? Está cedo demais.
Segundo rezavamam as " regras para encontros na cidade de Nova York" , eu estava queimando a largada em pelo menos sete semanas. Era proibido - na verdade, até então isso era um evento inusitado e tecnicamente impossível - sair de uma recente declaração de exclusividade e ir direto conhecer a família dele. Isso era um fato absolutamente não ortodoxo. Altamente irregular. Dali não poderia sair coisa boa, todas profetizaram, balançando a cabeça em sinal desapontamento.
- Mais ainda faltam quatro semana - protestei.
- Tres semana e meia.
Eu não precisava de ninguém me urubuzando. Já tinha minhas próprias preocupações. Aidan me contará tudo sobre Janie.Aquilo era assunto para um momento confessional nas altas de madrugada, mas quis o destino que fosse um desabafo matinal - e aconteceu justamente naquela ocasião em que nos tínhamos dormido juntos pela primeira vez e ele me tratou de um jeito estranho pela manhã , o que acabou fazendo com que eu me atrasadas para o trabalho. Mas eu não liguei, pois precisava saber.
Aqui vai o resumo da ópera: Aidan e Janie saíram juntos por uns cento e sessenta e oito anos. Cresceram em Boston, a poucos quarteirões em do outro, e foram namorados por muito, muito tempo, desde a época da escola. Só que frequentaram faculdade diferentes e o relacionamento acabou por acordo mútuo. Porém, ao voltar para Boston, três anos mais tarde, as coisas voltaram a ser como eram e eles começaram a se encontrar novamente. Até seus vintes e poucos anos eles foram um casalzinho adorável e se tornaram parte de família um do outro, com Janie se juntando aos Maddox durante as férias de verão em Cape Cor e Aidan indo os "Janies" para a casa deles em Bar Harbor. Ao longo dos anos, Aidan e Janie terminaram algumas vezes é tentaram sair com outras pessoas, mas sempre voltavam um para o outro.
O tempo passou, eles se mudaram ( cada um para seu próprio apartamento) e as indiretas que as respectivas famílias lançavam sobre casamento começaram a pesar um pouco, até que, um ano e meio antes de eu conhece- lo, a firma onde Aidan trabalhavam o transferiu para a " cidade". ( Todo mundo aqui fala " a cidade" quando quer se referir a Nova York, o que não dá pra entender, porque Boston não é exatamente um vilarejo com três casas e um pub, mas vamos em frente. )
A transferência de Aidan foi um choque para todos, mas ele é Janie lembravam sempre que Nova York fica a menos de um hora de Boston, de avião. Eles continuariam a se ver todos os fins de semana e, nesse meio tempo, Aidan poderia procurar por outro emprego em Boston enquanto Janie correria atrás de um emprego em NY. É lá se foi Aidan, prometendo ser fiel a Janie.
- Da para adivinhar o que aconteceu, não dá? - perguntou ele. . Na verdade eu ainda estava tentando entender. Naquela primeira noite, quando ele me perguntou se poderia ficar em minha lista de espera, Mr passou a impressão de que estava disponível, ainda que em regime de não exclusividade será que eu tinha sido levado inocentemente a me meter com o homem de outra mulher?
- Então você mal acabou de pagar o táxi depois de aterrissat em Manhattan e resolveu colocar o ponto da praça e fazer arrastão pelos bares em busca de algum peixe interessante? - eu quis saber. Ele esboçou um sorriso meio triste.
- Nao exatamente -. Defendeu- se - Mas, sim... Eu dormi com outras mulheres.
Justiça seja feita:, ele se recusou a culpar as muitas tentaçoes de Nova York ou as gatas irresistíveis e descarada que fizeram curso de sedução e aprenderam a girar sutiã sobre a cabeça como se estivesse lançando um novilho.
- E tudo culpa minha - disse elez parecendo arrasado. - Eu queria me punir por aquela vergonha. É a velha culpa católica que acaba sempre nos pegando. Vou lhe contar uma coisa, mas, por favor, não ria... Eu fiz uma coisa que não fazia havia muito tempo fui me confessar.
- Oh. Você é.... católico praticante?
- Não - ele balançou a cabeça. - Sou mais o tipo católica displicente, tentando me recuperar. Quando eu me confessei, estava me sentindo tão mal que falava tenta qualquer parada.
Eu não sabia o que dizer.
- Janie merecia alguém muito melhor do que eu - afirmou Aidan. - Ela e uma grande figura humana, uma pessoa maravilhosa. Vê o lado positivo em todas as situações sem ser uma Pollyanna bitolada e chata.
Meu Deus , pensei. Eu estava frente a frente com um santo.
- Naquele primeiro dia em que nos encontramos e eu derrames café em cima de você, eu tinha acabado de tomar a decisão, eu sei, mais uma vez... de passar a ser totalmente fiel a Janie. Estava disposto a levar isso a sério.
Então foi por isso que ele agiu de forma tão esquecida quando eu o convidei para sair. Não respondeu olha, obrigada,as fica para próxima, nem puxaz estou lisonjeado. Nada do genero. Em vez disso, emitiu ondas de desespero.
- E então, qual é a parada? - perguntei, zangada. -, sou apenas um dos seus acessos de culpa? Mais uma viagem ao confessionário para bater o cartão de ponto?
- Não. Nao, não, não, não disso! Mais ou menos um mês depois daquele dia, quando eu estava em Boston, Janie disse que nos devíamos dar um tempo.
- Ah, e?
- E. Embora não tenha dito com todas as letras, deixou a entender que já sabia das outras mulheres com quem eu saia.
- Ah, e? - disse eu. De novo.
- E, ela me conhece muito bem. Disse que já estávamos enrolando e era hora de dar um tempo. Uma última tentativa para ver se éramos o par certo um do outro, entende? Disse que seria bom sairmos com outras pessoas, para tirar o comprimissi de cabeça e ver onde ficaríamos a partir daí.
- E...?
- Rasguei seu cartão em mil pedacinhos. Estão tão apavorado com a possibilidade de ligar para você que me obrigado a destruir o cartão no mesmo dia em que o recebi. Só que não conseguia parar de pensar em você. Eu me lembrava bem do seu nome é de onde você trabalhava, mas achei que era tarde demais para ligar.
" Eu quase não fui a festa naquela noite, Anna, mas quando vi você lá, conversando com aquele Zé mané, isso me fez acreditar em Deus. Ver você foi como... Foi como ser atingindo por um bastão de beisebol... - Ele olhou como se estivesse com azia e má digestão.
" Permaneci calada. Sentia muita culpa, mas não consegui evitar um sentimento de... Lisonja.
- Queria conversar com Janie antes de falar com você. Não sabia se você estaria intessada em ser, digamos minha namorada exclusiva, detesto essa expressão idiota, Ms, de qualquer jeito, sabia que tudo estava completamente acabado entre mim e JanieSo me sinto mal por você saber disso antes dela.
Eu que o diga.
Como sou uma garota superficial, quis saber como janeiro era. Tive de apertar lábios com força para me impedir de perguntar, mas adiantou nada é pequenos fragmentos de som escaparam por entre os dentes.
- Mas... Ahn... Hummm.... Comoequela... Hummmnhe...?
- O que?... Ah! Você quer saber como é que ela é? - Seu rosto entrou em descanso de tela, completamente sem expressão. Ahn,você sabe, ela é uma garota legal, ela tem... - Ele fez gestos giratórios com a mão - .... Cabelo assim.... Cacheados.
Parou e pensou.
- Pelo menos tinha. Acho que depois ela fez alisamento.
Muito bem, quer dizer que ele não fazia a mínima ideia de como ela era. Já estavam juntos já tanto tempo que ele nem olhava mais para a cara dela de um jeito especial. Mesmo assim, uma poderosa intuição me alertou para que eu não subestimasse essa mulher é a força da ligação dela como Aidan. Eles compartilham quinze anos de história e ele vícios retornando para ela como um bumerangue.
Aidan voltou a Boston e durante todo aquele fim de semana eu me senti com o estômago embrulhado;. Sentimentos contraditórios davam voltas em minha cabeça, em um círculo sem fim. Na competição de guitarra imaginária, Shake me avisou de não prestar atenção na sua apresentação, e ele tinha razão : eu estava completamente aérea, imaginando como Janie estaria recebendo a notícia, e me odiava por ser responsável pela infelicidade de alguém. Quanto eu gostava de Aidan? O bastante para faze- ló terminar um relacionamento de quinze anos por minha causa? É se eu estivesse estragando a vida dele? É se ele mudasse de ideia é voltasse para Janie? Isso me deixou aterzrizada; eu gostava dele. Muito. Gostava de verdade. O que aconteceria se ele não conseguisse manter o pinto dentro das calças? É se ele não tivesse sido infiel a Janie apenas algumas vezes é eu descobrisse que eles um galinha de carteirinha? Tinha até graça eu me iludir e começar a achar que seja capaz de cura- lo. Em vez disse eu deveria estar correndo na direcao oposta a dele, a toda a velocidade. Depoid vtei a imagir com Janie estaria sentindo.