Capitulo 17

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Julieta

Hoje realmente posso dizer que sou feliz, sei o que é felicidade. Não tenho mais o desejo de me matar ou me cortar, até porque agora eu estaria cometendo um assassinato caso ainda tivesse.
Tenho um pedacinho meu e do Téo em meu útero, nunca o vi, mas já o amo mais que a mim mesmo.

-- Julieta, foco. - Pedro me chama atenção. -- Assim fica difícil.

-- Foi mal. - sorrio sem graça.

Sempre quando estamos treinando na sala do Téo de treino, meu olhar cai no espelho, eu vejo minha barriga... viajo na maionese como tio Lucas fala.

-- Chega por hoje também... já passamos da hora e se o patrão ver, me mata.

-- Oh não... só mais um pouco vai. - imploro.

Desde que Guilherme me liberou para fazer alguns exercícios leves, não tenho parado e nem quero. Toda minha indisposição passou, meus enjôo diminuiram um bocado.

-- Caminhada na esteira e tchau.

Dou um beijo em meu amigo e vou para a esteira... fico nela por uns vinte minutos, ficaria mais se ele não tivesse me ameaçado que contaria ao Téo. Amo meu futuro marido e pai de meu filho, mas a super proteção dele me tira do sério as vezes.

-- Nós vemos amanhã. - me despeso dele e vou para meu quarto tomar um banho. Amo essa hora, é sempre quando meu filhote faz a festa.

Nessa hora me assusto com a voz do Téo do lado de fora do box. Sua fisionomia não é das melhores e por seu tom grave, sei que acompanhou meu treino e não gostou.

-- Nem começa. - aviso desligando o chuveiro. -- O combinado foi um dia na sua academia e o outro corrida na praia ou no condomínio.

Me enrolo na toalha e saio, ele semicerra os olhos pra mim.

-- Você esta pegando mais pesado do que deveria Julieta é sabe disso.

-- Não estou não... pela amor Téo. - me irrito. -- Me poupe, ok ?

-- Estou te poupando e muito. .. - diz bravo e começa a tira a roupa -- Mas eu acompanhei o treino.

-- Vai ficar me vigiando agora?

-- Eu estava olhando as câmeras da casa - da os ombros -- Sua barriga esta cada dia mais grande não tem como passar desapercebido

-- Sei. - saio o deixando se banhar. Visto meu pijama e me deito.

Logo ele sai enrolado com uma toalha em sua cintura.

-- Ja vai dormir? - parece desapontado

-- Não é só porque estou deitada e de pijama, que significa que vou dormir.

-- Pois parece - ele vai até o guarda roupa e começa a se arrumar -- Vou dar uma volta.

-- Como sempre. - resmungo.

-- Não começa toda vez que te chamo pra fazer alguma coisa você inventa uma desculpa ou esta cansada ou sem ânimo, ou está muito calor... só essa semana já te chamei para sairmos três vezes.

-- Não falei nada. - me viro de costas a ele. -- Evite fazer barulho quando voltar.

-- Pode deixar. .. eu durmo lá baixo.

Me viro para ele rapidamente.

-- Não. - ele arqueia uma sobrancelha. -- Não durmo sem meu travesseiro humano.

-- Você acabou de sugerir que não quer ser acordada - se senta para por os sapatos.

-- Não quero ser acordada... mas quero meu travesseiro.

O Lorenzo  - Família Lorenzo (Livro 6)  - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora