Esse conto foi escrito para uma amiga muito especial. Foi a primeira autora que li no Wattpad e me deu muita vontade de escrever. Ela foi minha musa inspiradora. Huahuahuahua.
Kathy (kathysias), esse conto é meu presente para você.
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Houve um em que os Deuses andavam pela terra. Eles tinham natureza dupla. Assumiam duas formas: animal e humana.
Os Deuses na forma humana são alfas por sua condição genética. Entre os humanos existia um nascimento raro, os ômegas, que são parceiros ideais dos seres divinos e podem conceber sua prole.
Esses seres sobrenaturais eram temidos e cultuados pelas pessoas e por conveniência estabeleciam morada perto de vilarejos e assim eram alimentados, servidos e supridos em todas as suas necessidades.
Existiam Deuses com formas de serpentes, leões, tigres, dragões e todas as outras que a imaginação humana nem podem alcançar.
Nossa história se passa num vilarejo cujo Deus protetor é um Dragão. Ele foi nomeado de Ryusei Kami. A cada mil anos ele hibernava, essa hibernação durava 100 anos. Seu momento de descanso tinha acabado e o sacerdote da vila estava dirigindo-se à sua caverna com o semblante preocupado. Muita coisa mudou no mundo nesse século e ele teria que explicar tudo ao Kamisama.
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- Monge, eu não quero saber do que aconteceu durante meu sono. Estou com fome, nu e solitário. Quando eu estiver satisfeito posso até conversar sobre políticas humanas, que particularmente não me interessam.
- Ryusei sama... eu... – o monge dá um suspiro. Seu avô foi o último da família a falar com o Dragão antes de seu descanso, ele tinha dito como o Deus podia ser teimoso e mandão. E que quando se enraivecia não controlava seu temperamento. Passou sua infância escutando as histórias de seu avô.
Ryusei Kami ainda estava em sua forma de dragão. Na verdade, ele preferia essa forma, onde toda sua força e seus poderes podem ser manifestados. Sentia-se muito vulnerável na forma humana. Mas, não se engane. Mesmo quando em forma de homem sua força era maior que a de uma pessoa comum. E seu poder de cura e auto regeneração eram mais fortes na forma de ser humano.
- O que está esperando monge? Vai buscar roupas, comida e uma mulher jovem, bonita e de preferência virgem.
Takai, balançou a cabeça desacreditando dessas exigências. Mas, sem conseguir argumentar pegou o caminho de volta para a vila sem saber como faria para cumpri-las.
Chegando no templo pensou em algumas famílias que ainda frequentavam e acreditavam nos antigos deuses. O mercador de escravos poderia ter alguém de quem queria se livrar. As mulheres poderiam doar alguma roupa. E ele mesmo faria o banquete para o dragão.
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No dia seguinte um menino, devia ter 16 anos, usando um lenço tapando um dos olhos subiu o caminho até a morada de deus dragão. Levava uma bandeja nas mãos, uma roupa nos ombros e um semblante de alguém que viveu muitas coisas apesar da sua pouca idade. Seu rosto estava sujo e marcado, andava com dificuldade pela estradinha que subia a montanha.
O caminho era muito bonito. Ladeado de arbustos floridos. O rapaz olhou em volta se dando conta da beleza, do cheiro das flores, do barulho da pequena queda d'água próxima em algum lugar na floresta. Ele tocou a coleira e o cadeado em torno do pescoço e lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Akise tinha cabelos escuros que caiam pelos ombros. Os olhos com íris lilás, bem incomum. Seu físico magro, mas bem definido. Não era alto. Em sua aura notava-se que carregava ferimentos no corpo e na alma.
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Solstício de verão [Completo]
Short StoryUm amor capaz de curar o corpo, o coração e a alma. Akise não acreditava no amor. Depois de ser vendido, ter o corpo usado e quebrado, seu coração estava frio e sua alma pesada. Ele só acreditava em sua determinação. Tudo isso muda quando ele é dado...