5장

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Quando a dor não é intencional
고통이 목적에 아니

Entrei em casa e deitei-me no sofá. As luzes do apartamento ainda apagadas.

Eu estava assustada.

Ele me viu, eles me viram, perguntaram quem eu era, ele disse nunca ter me visto e então, me mandaram embora. Digo, me obrigaram.

Ameaçaram me bater também, e quando olhei para o YoonGi, seu olhar mandava-me ir embora. Por isso, fui. Mas me arrependi. Eu deveria ter o ajudado.

Agarrei o travesseiro que havia ali, eu estava atordoada. Eu não costumava ver violência tão de perto assim, no máximo, na televisão, mas eu sempre mudava de canal pois me amedrontava.

Fiquei daquela forma por muito tempo, não comia e nem adormecia, apenas fiquei ali. Deitada.

Eram quase meia-noite quando a porta se abriu.

Me sentei no sofá, esperando que ele aparecesse.

— YoonGi? — O chamei.

Logo ele parou na porta, estava totalmente acabado. Olhava para baixo, seu boné negro tapando parcialmente seu rosto.

— Ya! — Falei, me aproximando.
— Fique longe de mim! — Pediu, me encarando e então seguindo até seu quarto.

A porta fechou-se num baque gigantesco. Estive quase certa de que algum vizinho chegaria para reclamar do barulho que ele causara.

Conclui que tentar ajudar alguém, na maioria das vezes, e principalmente o YoonGi, não era bom.

Quando ia ao meu quarto, ouvi um barulho alto vindo do seu. Então mais um e um gemido alto de dor.

Caminhei até lá, bati na porta.

— Ya! — O chamei. — Felizmente não sou como você e me sinto incomodada em não ajudar as pessoas, então, querendo ou não, vou entrar nesse quarto e ajuda-lo! — Abri a porta e ele permanecia deitado na cama. — Ya!

O chamei mais algumas duas vezes e então, percebi que havia desmaiado.

— Está bem? — Perguntei, o ajudando a sentar-se na cama.

Ele tentava se afastar, mas era óbvio que queria ajuda.

— Deixe-me ajuda-lo. — O olhei nos olhos. — Prometo que não deixarei ninguém saber disso.

Ele bufou

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Ele bufou.

Levantei-me e fui até a cozinha do apartamento. Sob a geladeira, peguei a maleta de primeiros-socorros que eu guardava.

Quando adentrei no quarto, ele já estava sem camiseta. Seu abdômen totalmente despido. Virei-me de costas, num susto.

— Achei que queria me ajudar. — Falou.

Respirei fundo, suspirei e virei-me.

Me aproximei e então, deitou-se para que eu pudesse analisar aquilo.

Seu abdômen estava tão machucado. Cheio de hematomas e cortes, profundos ou superficiais.

— Por que fizeram isso? — Perguntei.
— Me fazer perguntas idiotas não está incluso no sentido da palavra "ajudar". — Declarou.

Revirei os olhos.

Limpei toda a área machucada. Ele sentia muita dor, era notável, porém não queria demonstrar.

— Disse que não me conhecia, que nunca havia me visto antes. — Falei.
— Eu disse, sem perguntas.
— Não foi exatamente uma pergunta. Estive relembrando. Diversas vezes, hoje, disse nunca ter me visto. Porém, numa situação que poderia ser boa para você, continuou a dizer que não me conhecia.
— Acha que eu ficaria feliz que aqueles idiotas batessem em você? — Bufou, deixando sua cabeça cair para trás. — Digo... Você não tem nada a ver com aquilo, está fazendo questão de ser agredida, também?
— Você é arrogante e rude e eu te odeio. — Falei, voltando meu olhar para seu abdômen totalmente machucado.

Ele manteve-se calado, mas continuava com seus olhos sobre mim.

Naquele momento, eu tocava sua pele. Era realmente macia, arrepiava-se facilmente a cada toque bem intencionado meu.

Quando já havia limpado todos os machucados e ele havia aguentado muito bem, levantei-me.

Ele continuava a me encarar. Seus lábios então obtinham uma linha de sangue saindo por eles.

— Esqueci desse. — Falei, sentando-me ao seu lado.

Peguei alguns lenços de papel e prensei contra aquele pequeno corte.

— Aish... — Reclamou, baixo.
— Aguentou os cortes no abdômen, mas não aguenta esse? — Bufei.
— Tome mais cuidado. — Pediu.
— Pode deixar! — Falei, revirando os olhos.

Segurei seu rosto com uma das mãos e, com a outra, apliquei um remédio que desinfetaria aquele machucado.

— Tudo bem... — Falei, quando terminei. — Creio que ficará bem se não encarar outra situação como essa.
— Você é muito boa, SunHee. — Disse, encarando meus olhos. — Por isso tenho pena de você.

Me afastei, levantando-me. Bufei e revirei os olhos.

— Por isso vai passar a vida sozinho.

Agora fora minha vez de bater forte a porta.

N/A: gente estou sensível com voces, vocês são uns amoress mesmo viu. Todo aquele feedback no cap anterior?? AMEI E AMO VCS BRIGADAAA

Good Morning Min YoonGi!Onde histórias criam vida. Descubra agora