12장

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First love
첫사랑

YoonGi POVs

— Ya, Min YoonGi? — Byun ChaeYoung disse, entrando no café, sorridente e saltitante. Irritantemente, ela.
— Seu pai não está, ChaeYoung! — Falei, levando alguns pedidos aos respectivos clientes.
— Vim ver você. — Ela disse, sentando na cadeira a minha frente, no balcão. — Esse uniforme branco cai tão bem em você.
— Eu sei. — Dei de ombros. — Já viu, agora pode ir embora. — Falei, sorrindo forçadamente, voltando ao balcão.

Byun ChaeYoung era a filha do chefe, o chefe, meu quase pai. Eu trabalhava ali desde o dia em que cheguei em Seoul, talvez... 3 meses atrás. Ele me deu uma oportunidade e cuidou bem de mim. Graças aquilo, conseguia viver consideravelmente bem.

— Por que não me dá um chance, YoonGi? — Ela disse, choramingando. Revirei os olhos.
— Porque tem 16 anos e eu tenho 24? — Bufei, nunca pensei que aquilo poderia sair de minha boca. — Seremos amigos, ChaeYoung, eu já tenho uma namorada!

Eu achei que seria bom dizer isso, mas foi pior. Pelo menos, ela se foi e eu contemplei o silêncio e a paz novamente, apenas com o murmúrio dos clientes satisfeitos e o cheiro do café e biscoitos assados recentemente.

A noite caíra de forma intensa. A neve já estava formada ao longo do asfalto desde cedo. Fiquei para fechar o café.

— Não vai para HongDae hoje, YoonGi? — Perguntou o ahjussi, Sr.Byun.
— Não, senhor. — Falei, jogando minha mochila nas costas. — A neve está intensa, então preferi não ir, assim aquelas pessoas não adoeceriam apenas para me ver ali.

O fiz sorrir.

— Você é muito bom, YoonGi. — O ahjussi se aproximou. — Digo... Em tudo, como ser humano e também, compositor. E... Aquilo que você faz...
— Rap. — Respondi, rindo. O fiz sorrir.
— Não desista, YoonGi. O que é seu sempre esteve lá, você precisa ir buscar! — Assenti. — Agora vá para casa, fecharei essa noite.
— Muito obrigado, ahjussi! — O fiz uma reverência e me fui.

Não voltei para casa. Não aguentaria encarar aquela garota novamente. Ela não havia feito tanta coisa negativa para mim, claro que não, mas ela era medíocre demais, ingênua demais. Se ela achava que morar juntos era uma boa ideia... Eu não sabia o que se passava em sua cabeça. Pouco menos sabia eu o que se passava em minha própria cabeça.

Eu deveria confiar, talvez, em mim mesmo, nela. Porque era a única opção. Uma opção terrível, mas a única que existia.

Peguei a chave do lugar, abri a porta e tudo pareceu me abraçar como um velho amigo.

Eu estava num prédio antigo, no terceiro andar dele. Nada havia ali. Havia apenas... Um piano. Um piano antigo no meio do nada.

Deixado ali para mim, por meu antigo professor de música. Ele estava doente, muito doente. Ali seria um estúdio novo, mas ele já não tem motivação para continuar. Então deixou que eu ficasse ali e fizesse o que eu quisesse com aquilo, já que não perdíamos nada, resolvi deixar como meu refúgio. Para quando eu quisesse fugir do mundo lá fora.

Sentei-me no banco do piano aparentemente brando. Encarei aquelas teclas como se nunca tivesse as visto antes.

Meu primeiro amor.

Toquei a primeira tecla e o som estrondeante e agudo soou ecoando por todo o estúdio vazio e acabado.

Então, toquei o mais grave de todos. O som soou de forma diferente, causando sentimentos diferentes do que o agudo propôs.

Good Morning Min YoonGi!Onde histórias criam vida. Descubra agora