Good Morning Min YoonGi!

8장

Como a primeira neve.
첫 눈처럼

Sentamos na mesa do café.

— Min SuGa? — Perguntei, confusa.
— Sim, Min SuGa. — Deu de ombros, me empurrando um cappuccino de chocolate.
— Ele apenas me acompanhou, nunca o vi antes. — Resolvi usar seu próprio discurso.
— Sabe quem ele é, ao menos? — Perguntou, rindo.
— Não! Como já disse, nunca o vi antes.

Ele assentiu. Bebendo de seu café, como quem não acreditasse em minhas resposta.

— Morar sozinha é ruim. — Reclamei alto, me espreguiçando.
— Já cansou? — Riu.
— Não. — Ri. — É só que... Dá trabalho!
— Está comendo direito? Parece-me mais magra. — Falou.
— Parece estar notando muito em mim agora, sim? — Brinquei.
— Sempre estive. — Disse, olhando seu café.
— Estou comendo bem. — Mudei de assunto.
— Que bom, então! — Falou, sorrindo e me encarando. Mexeu em minha franja, a bagunçando. — Se precisar de algo, me avise! A omma perguntou de você.
— Como ela está? — Perguntei, alegremente.
— Está muito bem, mas morre de saudades da sua omma! — Riu.
— Ah... Depois que a ahjumma mudou-se para o outro distrito em BuSan, tudo ficou complicado para a minha omma.
— Elas sempre se ajudavam e... 10 anos de amizade? Não é pouca coisa. — Riu.
— Você quem as fez ficarem amigas, sim? — Ri. — Maldito dia em que foi arrumar uma briga por mim.
— Tínhamos 9 e 10 anos, sim? — Sorriu, ele sendo o mais velho.
— Parece que foi ontem que tudo aconteceu. — Ri. — Você se machucou muito, não foi?
— Mas valeu a pena. — Falou, me encarando. Meu sorriso sumiu por um momento, por achar que seus sentimentos por mim iam além de uma forte amizade, mas era impossível.
— Agradeço! — Ri. Ele sorriu, mas dessa vez, não tão alegremente quanto antes.

Continuei a tomar meu café.

28 de Novembro, quando a primeira neve do ano tocou o chão.

— Está nevando? — Levantei da mesa e fui até lá fora.

Ele parou ao meu lado.

— Quer ir lá fora? — Perguntou. Assenti.

Ele segurou minha mão e me puxou, deixando meu café cair. Mas aquilo não nos importou.

Ele correu pela neve que caia, segurando minha mão fortemente.

Paramos no centro de uma praça cheia de gente admirada pela precocidade da neve.

Ele olhou para cima, seus cabelos negros sendo levados pelos ventos. Seu sorriso infantil ainda em seu rosto. Eu esperava que aquele sorriso nunca mudasse. Que aquele traço fino que contornava seu sorriso nunca desaparecesse, que seus dentes volumosos continuassem ali daquela forma, que suas maçãs cheias continuassem rosadas.

Olhei para cima. A Lua continuava ali, agora decorada com pequenas partículas brancas de neve que brincavam umas com as outras na correnteza dos ventos.

Ele me encarou, fiz o mesmo e ri ao ouvir sua risada que continuava a mesma desde sempre.

Nossos rostos se aproximaram e eu nem mesmo havia reparado. Seus lábios tocaram os meus de forma tão súbita, mas era como se eu já esperasse aquilo ansiosamente.

Cedi rapidamente.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e então, nossas línguas entraram em contato.