Suprema

5º

 Pego meu carro e parto em direção a casa de meu pai que fica do outro lado da alcateia, quis construir minha casa assim para que se houvesse algum ataque seria neutralizado longe do centro, pode se dizer que sou a primeira barreira do meu território. 

- você me desacata muito Alina - do nada Darius fala isso - você sabe as consequências de desrespeitar o Supremo - engulo seco e aperto o volante diante do nervosismo 

- me perdoe senhor mas suas ameaças não sofrem o mesmo efeito desde que soube ser sua companheira, meu lado Luna me diz que não preciso respeitá-lo - sorrio cinicamente, sinto o coração de Darius se acelerar e sua respiração ficar forte, por um momento olho em sua direção e seus olhos estão em um vermelho sangue, ele tinha ficado nervoso meu corpo se arrepia e fico calada 

- Alina não me teste, você irá comigo pro meu território querendo ou não, você não sabe como sou poderoso e se fosse você não tentaria descobrir - falava trincando os dentes - Lunas devem ser submissas aos seus companheiros e você e a minha então não me desafie! 

não digo nada, logo chegamos e saio do carro rapidamente, sinto uma mão me segurar e vejo Darius sorrindo normalmente 

- espere minha Luna, deve se manter ao meu lado - seu cinismo testa minha paciência - não quer que eu reclame com seu pai sobre o tratamento que estou recebendo não e mesmo - filho da mãe , meu pai, ele sabe que e o meu único ponto fraco 

- tente algo pra me deixar mal com meu pai pra ver o que acontece - digo serrando os dentes , seu sorriso de vencedor me irrita, cretino. 

ele estende o braço e o pego assim chegamos a casa do meu pai juntos, as pessoas mais influentes de nossa alcateia estava lá e se calaram quando nos viu de  braços dados 

- vejo que minha filha está se dando muito bem com o supremo - meu pai sorri e me alegro um pouco - está gostando da hospedagem senhor? - pergunta

- devo admitir que sua filha sabe como receber alguém - meu olhar era de pura fúria e aperto seu braço em desagrado - e mesmo, obrigada por lembrar Alina , temos uma noticia a dar 

- o que seria? - todos já estavam atento com o que o supremo iria dizer, meu coração acelera, não podia contestar não com meu pai ali 

- achei minha companheira nesta alcateia - todos sorriam orgulhosos, os alfas que encontram suas lunas em outras alcateias imediatamente fazem uma aliança ,e pra nos termos a ajuda doe proteção do supremo e gratificante. 

- quem seria ela senhor? - um outro homem o pergunta, deve ser outro dos suas betas por conta do cheiro 

- Alina - me petrifico , todos ficam calados e meu pai lança um olhar confuso 

- senhor perdoe minha intromissão e curiosidade, mas Alina e uma alfa, como pode ser luna - meu pai fica incomodado com o que acabou de ouvir 

- senhor Anuska foi uma surpresa pra mim também, até Alina está receosa sobre isso, tivemos uma conversa e ela não quer deixar sua alcatéia desprotegida por conta disso - o peito do meu pai infla com o orgulho de saber que sua filha tinha contestado o supremo - por isso decidi que nossas alcateias se unam - todos cochichavam 

- como assim, não me disse nada - digo baixo em seu ouvido, seu olhar despreocupado me deixa ansiosa

- os nossos territórios são próximos um do outro e estava pensando em junta-los - todos falavam baixo - como Alina tem o lado alfa ela seria de ajuda a tomar conta do território, assim essa aldeia não teria apenas um alfa e sim um casal alfa - olhava incrédula com a calma de Darius com certeza ele deve ser ficado pensando nisso 

- parece não ser mal a ideia, levando pro lado de dominância não seriamos desafiados tão facilmente e com a nova Luna nossas forças iriam aumentam consideravelmente - meu pai dizia com tranquilidade e seu olhar demonstrava alegria, não creio que isso está acontecendo 

- preciso tomar um ar - digo saindo da casa de meu pai e indo pra varanda 

minha vontade era de chorar, não sei o porque mas sentia que algo de ruim podia acontecer, escuto a porta ser aberta e tento me recompor

- está bem? - Darius me abraça e no susto o empurro - senti você, estava querendo chorar, porque? - pela primeira vez seu olhar era preocupado

- ta tudo confuso, já estava difícil ser alfa agora tenho que ser alfa e luna - dizia me segurando pra não chorar- sinto que algo pode acabar mal, mas ao mesmo tempo sei que isso e coisa da minha cabeça - suspiro massageando as têmporas - e tem essa dor de cabeça que não passa - fecho os olhos tentando voltar ao normal e sinto ser abraçada, era Darius seu cheiro era viciante e meus músculos relaxam, eu devia ter me desfeito daquele abraço devia ter o empurrado e dito não, mas não consigo, minha alma sabe que é ele que preciso, sua mão acariciava meus ombros seus batimentos aumentavam e sua respiração ficava ofegante

- está percebendo isso, você e a única que me deixa assim sem folego apenas com um abraço, Alina você e minha, aceite isso sua loba sabe e aceita, então porque você não - me mantenho calada - não me rejeite, te esperei por mais de dois mil anos -sentia a verdade em suas palavras, dois mil anos me esperando isso deve ser horrível, sinto que por mais que seja o supremo preciso protege- ló, mas tem um problema com sua personalidade, batemos de frente, como posso aceitar as coisas que ele fala com essa brutalidade

- eu não sei, essa sua personalidade me faz querer ficar longe, não sou boa em receber ordens ate de meu pai tenho que me controlar pra não brigar, iremos brigar sempre - fico triste

- tentarei ser mais calmo com você, mas peço paciência por que preciso me acostumar com a ideia de minha luna também ser um alfa - sorrio e apenas concordo - sua mão vem ate meu rosto e a acaricia uma carga de energia aparece quando me toca e fecho os olhos com aquela sensação - linda - escuto essas palavras e um sorriso involuntário se forma em meu rosto, sua respiração fica mais perto e colamos nossas testas, abro os olhos e o vejo me encarando fixamente nossos corpos eram como imãs não queríamos sair dali tão cedo, fecho os olhos novamente me preparando para o beijo mas somos interrompidos pelo Pietro o beta de Darius

- me perdoe pela intromissão mas todos estão preocupados com os dois - dava pra ver seu medo, Darius rosna pelo corte no clima

- não o culpe, todos devem ter pensado que poderíamos estar discutindo por conta de meu gênio forte - sorrio, Pietro relaxa e o sinto me agradecer, Darius deve ser muito rígido quando o atrapalham, seu olhar volta pra mim e pisco tentando descontrair e consigo arrancar um sorriso - vamos - digo entrando na casa de meus pais

- nos perdoe pela demora estávamos conversando sobre algumas possibilidades- Darius sorri e me puxa pela cintura me fazendo assustar - estamos bem, não se preocupem, Alina está receosa com o plano mas nada fora do normal - Darius e um bom manipulador conseguiu convencer todos, sorrio ao ver a cena, mas será mesmo que no final não irei sofrer com minha escolha

(...)