Capítulo.3

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Kiara

Uma semana,7 dias,168 horas,10 080 minutos,604 800 segundos,...é o que falta para eu completar 17 anos neste planeta a que chamamos terra.

Eu nunca fui muito de celebrar o meu aniversário e não é exatamente por ser o meu aniversário que eu estou nervosa. E sinceramente eu não sei exatamente porque é que estou a contar cada segundo para este dia do ano , apenas sei que estou com um mau pressentimento e este não me deixa sossegada.

17 anos não é exatamente uma data imporrtante , quero dizer não é nenhuma idade de transição que me faça livre dos meus pais tornando-me uma adulta responsável e livre.

Por isso não estou a entender o meu nervosismo.

Tudo bem que o meu aniversário é exatamente no mesmo dia do meu amor platónico, o que eu acho que é mais um sinal divino que deveríamos ficar juntos,ter 4 filhos,uma casa e um cachorro , mas não é algo que eu já não tenha vivenciado durante todos os 6 anos que nos conhecemos.

-Kiara,estás-me a ouvir?-Dizia-me a morena tagarela, que não parava de falar nem um minuto e que infelizmente,só porque não arranjei melhor, pode ser designada de minha melhor amiga-Puta que pariu é impressionante,nunca ouves o que te digo!Estás sempre no mundo da lua.Deixa-me adivinhar...Foi o Dominic outra vez, conta lá o que ele te vez e...

-Puta que pariu digo eu,Lucy. Não te calas nem um segundo. Já sei que o David é uma ratazana idiota,troglodita e asqueroza e que tu queres dar para ele,agora não precisas estar sempre a dize-lo.

-O que??? Como podes dizer uma coisa dessas Kiara?-reviro os olhos pelo seu escandalo ,ela sabe muito bem que eu só disse a verdade mas eu sei que ela nunca o vai admitir, orgulhosa como é.

-Cala a boca Lucy. Tu sabes muito bem que o que eu falo é verdade. Podes ter a certeza que uma pessoas que odeia a outra não está todo o dia a dizer como ele é irritante mas ao mesmo tempo diz que ele fica lindo com o casaco branco.

Lucy bufa,cruza os braços e revira os olhos e eu abano a cabeça em sinal negativo desaprovando a sua atitude de criancinha mimada.

-Mudando de assunto.Como correu o teu encontro com o "motoqueiro misterioso"?

-Bem

-Hummmm, certeza?

-Sim-agora quem bufa sou eu, nossa que melhor amiga filha do capeta eu fui arranjar.

-Eu desisto. Já vi que hoje o teu humor está pior que o humor do Rex.-digo saindo de lá em direção á biblioteca da escola.

-Não te atravas a comparar-me a um cão, ainda por cima ao Rex.Credo! Esse cão parece que veio das profundessas do inferno apenas para espalhar o mal e dor de cabeça sob as pessoas.

Eu riu concordando com ela. Aquele cão realmente era uma figura,era o cão da minha vizinha e era capaz de assustar até o mais valente das cavaleiros. Lucy tem um enorme medo dele porque uma vez estavamos a brincar no meu jardim e o cão conseguiu-se soltar, e quem é que ele vem atormentar?

Como é claro, á Lucy. Ele deu-lhe uma murdidela na bochecha do rabo que até a mim me doeu, aliás, hoje em dia ela ainda continua com uma pequena cicatriz . Pequena?

Sim, pequena. Porque aquele cão é nem mais nem menos um chihuahua que nem 50 cm tem de altura.

Fomos em direção da biblioteca com Lucy a contar-me mais pormenores á cerca do encontro desta com o motoqueiro e, pelos vistos, não correu assim tão bem porque Lucy teve que recorrer ao troque da ida á casa de banho, que consiste em dizer que se vai á casa de banho, mas a verdade é que vamos procurar um taxi  para nos por a andar o mais rápido possível  e para prevenir rezasse um pai nosso para nunca mais voltar a encontrar o cara.

Troque velho mas que normalmente funciona. 

Aliás Lucy , até se aproveitou para meter conversa com o taxista que pelas suas palavras era "um homão da porra".

Quando chegamos á biblioteca fomos  procurar um livro para um trabalho e quando nos aproximamos de um canto escondido, começamos a ouvir vozes e gemidos.

Quem era?

Dominic.

O que Dominic estava a fazer na biblioteca?

A comer mais uma vadia.

Quando ele olhou para mim apenas sorriu, deu uma palmada na bunda daquele abutre e saiu da biblioteca sem me disser nada.

E eu apenas engoli, mais uma vez, a vontade de chorar e fui procurar o livro ,mas sem antes passar pela cadela e susurrar um "vadia" fazendo a Lucy rir alto e a cadela bufar.

A Força do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora