Capítulo.6

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Cambridge, Universidade Harvard

6 anos depois...


-Lavei a roupa ,passei-a a ferro e arrumei-a no armário como ela merece mãe, não te preocupes.- reviro os olhos e desligo o fogão , pegando de seguida o telemóvel com uma mão e encostando-me á bancada da cozinha A minha mãe leva sempre o seu trabalho como progenitora muito a sério. Até de mais. E quer controlar TUDO o que eu faço, mesmo estando a mais de 200 Km de distância. 

-Humm, acho bem! Não te enganas-te na dosagem de detergente, pois não? É como eu te digo sempre, não coloques exageradamente para puderes...

-...Poupar o máximo possível. Eu sei, eu sei mãe. Olha agora vou ter que desligar, beijinhos.

-Tudo bem, filha. Porta-te bem e lembra-te sempre que nós te amamos, princesa.

-Eu sei...Eu também vos amo...muito..- e desligo a chamada. Coloco o telemóvel em cima da mesa e apoio-me  na bancada. A verdade é que me custava muito deixar os meus pais noutra cidade. Eu os amava ao extremo e não puder estar com eles custava-me horrores. Eles são os pais que todos quereriam ter. Carinhosos, amáveis, divertidos, apaixonados,... tudo o que qualquer pessoa mereceria e eu sinto-me extremamente sortuda por essa dádiva.

Mas para me animar lembro-me que falta muito pouco para voltar para casa. 

Estudo psicologia mais ou menos há 5 anos, aqui em Cambridge, na universidade Harvard. 

Sim, essa Harvard! 

Até eu me espantei quando apareceu a correspondência de Harvard em minha casa. Era o meu sonho desde criança. Bem... de quem não seria? A partir desta universidade tenho trabalho 100% garantido na minha área.

A campainha toca.

Acordo dos meus pensamentos e  começo a dirigir-me até á porta.

A campainha toca novamente.

-Já vou-grito.

Ouço batidas na porta e a campainha toca novamente.

Apresso-me para chegar até ela.

Chego ao haul de entrada e a campainha para de tocar. Suspiro de alívio, estava com uma dor de cabeça dos infernos.

Chego á porta e olho através do orifício da porta. Não vejo ninguém.

"Devem estar a brincar com a minha cara" penso comigo. Hoje estava especialmente sem paciência. 

Decido abrir a porta para verificar se de verdade não se encontrava ninguém do outro lado, mas ao faze-lo um ser minúsculo salta-me para cima.

-Como é que não adivinhei que eras tu?

- Eu sempre disse que tu não eras muito inteligente mas tu nunca me prestas-te muita atenção.- Fala Beatriz entrando dentro do meu apartamento e dirigindo-se para a sala.

Abano a cabeça em sinal negativo ao mesmo tempo que sorriu com a sua ousadia.

Podia ser pequena mas era uma grande chata.

Mesmo assim, era das melhores amigas que poderia ter e não a trocaria por nada.

-Afinal a que devo o prazer da sua visita?- falo jogando-me no sofá e já desconfiando da resposta.

-Ah não! Não te faças de desentendida que isso comigo não cola. Tu vais hoje a essa festa e sem mais desculpas, até já trouxe a roupa para me vestir aqui contigo.- fala mostrando um saco que provavelmente trazia a sua roupa e maquilhagem.

A Força do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora