11 - O Quadro

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John chegou mais cedo naquela tarde e, enquanto seguia em direção ao seu escritório, viu Melanie parada no corredor, olhando uma parede.

Ele aproximou-se, inevitavelmente. Havia dois dias que não se falavam, desde a noite na biblioteca. Aquela noite em que, céus, se ele a tivesse beijado, ela teria deixado. Teria, ele sabia que sim, por isso achou melhor ir embora.

"Estranho...", ela falou sozinha.

"O que é estranho?".

Melanie o olhou, surpreendida. John sorriu.

"Olá, senhorita Johnson. O que é estranho?".

Ela piscou algumas vezes aqueles olhos escuros fenomenais e cheios de brilho, então voltou a olhar para frente, onde ele viu que havia um quadro de mais ou menos um metro e meio.

"Este quadro" ela falou. "Veja, é um gato com patas de camelo."

Duque riu.

"Não é isso, é que o camelo está como se estivesse embaixo do gato."

Ela estreitou os olhos, fazendo uma careta, tentando compreender a pintura.

"Não consigo ver...".

"Aqui", ele apontou ao lado do corpo do gato, onde aparecia só um pedaço do focinho do camelo. "Aqui está o rosto dele."

"Oh, sim" ela deu um sorriso. "Agora eu vi. Tão escondido. Requer um pouco mais de observação."

"Sim", ele concordou e só então percebeu que ela estava com um avental. "Onde está indo?".

"Estava indo tirar os lençóis sujos das camas" o olhou, mas rapidamente pareceu dar-se conta.

"Eu disse a você que só teria que prestar atenção nas aulas, senhorita Johnson." Ele não estava nada contente.

"Minhas aulas acabaram no final da manhã. Não me sinto bem estando apenas a andar por sua grande casa. Ainda mais em como tem tratado a mim e meu irmão. É o mínimo que posso fazer."

John balançou a cabeça e agarrou-lhe o braço, a virando contra o quadro.

Ela deu um pequeno grito. Tão gracioso e que o fez imediatamente se arrepender por sua ação.

Com força, ele puxou o nó do avental e sua mão escorregou pela cintura fina, por cima do tecido do vestido, que John amaldiçoou imediatamente.

"Não gosto deste vestido" ele admitiu e encostou o corpo ao dela, a forma como se encaixavam em todos os lugares inapropriados, o deixando louco. "Não gosto mesmo."

Ela gemeu, encostando a testa no quadro e ofegando quando ele beijou seu ombro.

Então ele achou que poderia mesmo ficar louco quando ela pediu, em um tom sussurrado e suplicante:

"Toque-me." Uma palavra, simples assim, e ele estava pronto para se perder - mas não iria. Não podia.

"Que adorável...", ele beijou sua nuca exposta. "E corajosa."

Melanie se remexeu, tocando-o onde ele já estava duro e quente, sem pretensão. Não poderia, John sabia, mas nem por isso ele precisava se afastar logo.

Seus dedos correram pelos braços dela, onde ele sentiu que ela arrepiou-se. Completamente.

"Sim...", ela pediu em uma súplica inconsciente. Claro, porque John duvidava que ao menos soubesse o que estava pedindo.

"Não", ele discordou e encostou a boca em sua orelha, mordiscando o lóbulo macio.

Ela deu um gemido rouco. Tão lindo e melodioso.

"Sim", Melanie repetiu. "Por favor".

"Por favor o quê?" o Duque provocou, pressionando mais seu corpo contra o dela de propósito.

"O seu toque...".

"Não posso" sussurrou, então em um movimento rápido, virou-a de frente para si novamente. Ela estava corada e ofegante, a imagem da tentação mais pecaminosa que John já havia presenciado.

Ele lambeu os lábios secos, tentando controlar sua pulsação e a armação em suas calças.

"Beije-me" Melanie sussurrou e ele precisou mentalmente contar até três, porque sabia que, se a beijasse, não poderia parar. Não conseguiria.

Sendo assim, ele subiu as mãos por seus braços, em um carinho doce, e sorriu.

"Nos vemos no jantar" anunciou e então saiu, deixando a garota desapontada e aflita para trás.










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Amores, eu realmente me esqueci dessa estória! OMG

Vou tentar postar mais vezes

Podem me cobrar, de verdade kkk

Beijos <3

Noites ProibidasOnde histórias criam vida. Descubra agora