We Are Real - Shawn Mendes

Cap 16 - Surprise!

Bom, primeiro: DESCULPEM PELA DEMORA, SOCORRO, ALGUÉM ME INTERNA!
Segundo: Espero que gostem desse capítulo. Tá curtinho, mas tá bem do jeitinho que eu quero.
Terceiro: FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO ATRASADOS! ❤

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Continuei sentada no chão, ignorando completamente o quanto aquela posição estava incômoda e me causava frio. Não conseguia raciocinar direito sobre o que fazer ou como fazer, apenas queria que aquilo tudo fosse um imenso e horroroso pesadelo e que meu pai aparecesse no meu quarto dizendo que tudo estava bem.

Mas infelizmente eu sabia diferenciar realidade e sonhos, e aquilo, com toda certeza do mundo, era um pesadelo real. Tão real quanto o ar e o Pequeno Príncipe. Tão real quanto o meu coração e um unicórnio colorido. Tão real quanto a vida e a morte.

— Sherry? — Uma voz familiar chamou meu nome, mas eu ignorei, sabendo que devia ser apenas mais um de meus pensamentos. — Sherry? — Uma mão tocou meu ombro e em seguida se ajoelhou ao meu lado, envolvendo-me em um abraço quente e protetor. O perfume que a pessoa usava a entregou no mesmo instante, fazendo as lágrimas caírem com mais intensidade ainda do meu rosto.

Clary não fez perguntas, apenas continuou ali,naquele chão frio comigo enquanto eu tentava me recompor da onda de emoções que estavam tomando o meu corpo.

Ela me ajudou a levantar e levou-me até a cama assim que me acalmei um pouco, fazendo-me deitar e colocar minha cabeça no seu colo.

— Você não devia estar aqui. — Sussurrei, desviando o meu olhar do dela por alguns instantes.

— Se dependesse de você, eu não estaria aqui mesmo, não é? — Seu tom mudou para irritado, mas logo se suavizou novamente. — Jacob me ligou e pediu para que eu viesse aqui com você. Ele sabia que você estava mentindo quando disse que ficaria bem, mas achou melhor que eu viesse te ajudar. — Explicou, virando meu rosto pelo queixo até que eu não tivesse outra alternativa a não ser olhar para seus olhos castanhos. — O que está acontecendo, Sherry? — Perguntou, em tom baixo.

Seus olhos adquiriram uma cor mais escura, demonstrando o quanto ela estava preocupada e aquilo fez com que meu estômago se embrulhasse mais uma vez naquele dia.

— Meu pai está em coma… — Respondi em um tom mais baixo que o dela, podendo jurar que não tinha escutado se não fosse a expressão assustada que surgiu em seu rosto depois que proferi aquelas palavras. — Ele está com um aneurisma, Clary. — Apertei meus olhos com força, deixando mais algumas lágrimas escaparem por eles. — Tem chances de uma recuperação sem sequelas, já que o caroço ainda não estourou, mas e se…

— Opa, pode parar por aí, Sherry. Nada de “e se”. Você conhece essa doença tão bem quanto aqueles médicos, então por que está criando suposições? Pare de ser covarde e confie nos seus conhecimentos.

— Mesmo pequena, as chances da cirurgia não ser um completo sucesso existem, Clary. E se meu pai não estiver nessa porcentagem de sucesso? — Minha voz embargou e continuei olhando nos olhos dela.

— Sherry, você mesma sempre diz que criar teorias é ruim, não é? — Assenti minimamente com a cabeça. — Então pare com isso. Seu pai vai ficar bem. Ele é forte, assim como você.

Apenas dei um breve aceno, não acreditando muito nas suas palavras. Ela continuou com seu carinho em meu cabelo, fazendo-me fechar os olhos e sentir o sono começar a me dominar.

— Clary, como você entrou? — Murmurei, lembrando da pergunta que queria fazer a ela e abri um dos meus olhos, fitando-a.

— Dei meu jeitinho. — Ela sussurrou em resposta e riu, dando uma piscada e tirando minha cabeça de seu colo, se deitando na cama e cobrindo seu corpo com o lençol. — Agora dorme, você está cansada.