Cap 18 - Confusion

265 19 27
                                    

OI, OI, MEUS AMORES MARAVILHOSOS E CHEIROSOS! TUDO BEM COM VOCÊS?

Antes de tudo quero pedir MIL PERDÕES pela demora absurda que tive pra atualizar. Esse início de ano foi muito problemático e atrapalhou completamente meus planos de atualizar "o mais rápido que pudesse". Peguei caxumba há duas semanas e agora estou gripada, morrendo aos poucos na minha casa, sozinha na escuridão da claridade (nem sou dramática). Tá vendo só, enquanto você me xingava pela minha demora, eu estava aqui na minha casa morrendo. Deus viu você me xingando, não adianta tentar esconder.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

Um instante de dúvida passou pela minha cabeça, mas logo se desfez. Ele realmente estava acordado. Jéssica estava sentada ao lado da cama e sorriu na minha direção assim que pus os olhos nela.

— Ah, Sherry, que bom que está aqui! — Ela exclamou, com a voz alegre demais pra quem nem era minha amiga. — Veja, seu pai acordou!

— Jura? Nem tinha percebido! — Soltei a ironia sem pensar e logo me arrependi, suspirando e olhando para meu pai. — Desculpa, é que… Desde quando meu pai está acordado? — Perguntei, sentindo minha cabeça pulsar de confusão.

— Ele acordou tem um pouco mais de uma hora. O médico disse que tudo está correndo super bem com ele e…

— E por que você não me ligou? — A cortei de maneira ríspida, piscando lentamente para controlar a raiva antes de focar meus olhos nela de novo.

— O médico disse que ele está bem, eu preferi deixar pra avisar amanhã de manhã e…

— Por que você não me ligou? — Senti que minha voz tinha se elevado, mas não me importei. — Eu avisei para você me informar sobre qualquer coisa que acontecesse aqui. Você sabe o que significa a palavra “qualquer”?

— Sherry, já chega. — Meu pai ordenou, com a voz baixa e um pouco fraca, tirando minha atenção da mulher. — Eu estou bem e estou acordado, não é isso que importa?

Fechei os olhos mais uma vez e suspirei, contando até três e pensando em unicórnios felizes e saltitantes. Quando finalmente me senti sã o suficiente para aderir ao pedido de meu pai, caminhei até a cama e me sentei na poltrona escura no lado oposto a de Jéssica.

— É, é isso que importa sim, pai. — Ri fraco, tentando liberar a tensão que tinha se instalado no quarto por causa da nossa discussãozinha besta. — Como o senhor está? — Murmurei, baixando o olhar até seus olhos.

— Eu vou até a lanchonete comprar alguma coisa para comer. Você quer algo, Sherry? — Jéssica perguntou, pegando sua carteira e se levantando.

— Ahn, não, obrigada. — Dei um pequeno sorriso e ela assentiu, caminhando até a porta e nos deixando a sós. — É errado eu não gostar de quem não conheço? — Soltei as palavras e me voltei ao meu pai.

— Bom, talvez. — Ele fez uma careta antes de soltar uma gargalhada. — Ela é uma boa pessoa, Sherry.

— É, eu sei que ela é. — Repeti a careta que meu pai fizera e franzi o cenho.

— Então se sabe que ela é uma boa pessoa, por que não gosta dela? — Perguntou, arqueando uma sobrancelha acusadora em minha direção.

— Eu não disse que não gosto dela… Eu só…

— Não, você me perguntou se era errado não gostar de quem você não conhece. Sherry, não se faça de besta! — Meu pai riu novamente da minha confusão.

— É… É, eu disse isso, é que… Não sei, pai. Argh, você mal acordou, não venha querer me encher com perguntas difíceis! — Rebati, mais confusa ainda. Estava com medo de meu pai ter algum problema por conta do quanto ele estava rindo naquele momento. — Na verdade, eu gosto dela. Mas, não sei. Ela devia ter me avisado que o senhor tinha acordado. Isso fez ela perder pontos comigo. — Justifiquei, feliz por poder encontrar algo para explicar minha irritação pela namorada dele.

We Are Real - Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora