"A saudade é algo que nos mata a cada segundo, mas você está ocupado demais tentando esquecer ela".
Abri os olhos e logo voltei a fechá-los por conta da luz que vinha da lâmpada fluorescente acima de mim. Droga, havia esquecido de desligá-la.
Olhei em volta e suspirei ao notar que ainda era madrugada, me virando, em seguida, para o lado oposto de porta e fechando os olhos.
- Sherry? - Uma voz tão familiar para mim quanto minha roupa preferida fez minha espinha se arrepiar e engoli em seco.
- Mãe? - Sussurrei, incrédula e me virei, vendo-a em pé encostada no batente da porta. - Mãe! - Corri o mais rápido que pude ao seu encontro e a abracei forte, sentindo o seu perfume invadir as minhas narinas.
- Filha. - Ela murmurou, retribuindo o abraço e acariciando os meus cabelos. - Você está tão crescida, amor! - Ela afastou meus ombros e fitou meus olhos. Céus, ela estava ali, na minha frente, mais uma vez. - Eu me orgulho tanto de você.
- Ah, como eu sinto sua falta, mãe! - Pude sentir meu olhos marejando e funguei. - Sinto sua falta a cada segundo desde que a senhora se foi! - Murmurei, sentindo minha garganta embargada.
- Meu amor... - Ela voltou a me abraçar. - Você nunca está sozinha, querida.
Abri os meus olhos rapidamente e olhei ao redor, percebendo que estava em meu quarto, deitada e com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Que droga. Mais uma vez minha mente tinha me pregado uma peça. Fitei o relógio ao lado da cama, vendo que realmente era madrugada, porém nada de minha mãe encostada no batente da porta. Nada de "estou orgulhosa de você" ou do abraço acolhedor que só ela tinha. Apenas a penumbra do quarto e um feixe de luz que invadia o lugar pela janela.
Suspirei e limpei minhas lágrimas, pegando meu celular e fechando os olhos por alguns segundos.
Me: Oi... Ainda acordado?
Me: É, eu sei que não...
Suspirei novamente e coloquei o celular na escrivaninha, fechando os olhos, tentando pegar no sono e tirar aquele maldito sonho da minha cabeça. Parecia que até o seu perfume tinha grudado em minha roupa. Como se aquilo realmente tivesse acontecido - o que não era possível, nunca nunquinha. Um bipe foi escutado por mim, me fazendo franzir o cenho e pegar novamente meu celular de cima da mesa. Era do Shawn. Ele tinha me respondido? Aquela hora?
Husband: Oi! O que faz acordada tão tarde? Não disse que estava com sono?
Me: Ah, tive um sonho ruim, tô demorando pra pegar no sono e pensei em te enviar uma mensagem. Afinal, o que VOCÊ faz acordado tão tarde? São mais de 3 horas da madrugada, senhor Mendes.
Husband: Eu sei que horas são, senhorita (não sei seu sobrenome, sorry), só que eu estava lendo alguns tweets e compondo uma música. O silêncio da madrugada me ajuda a pensar.
Me: Tweets? Sério isso, Shawn? Depois reclama que está cansado e precisa ir dormir, não é? (Zoas)
Husband: Como disse: A madrugada me inspira. Não posso perder a oportunidade de ter uma bela música para vocês.
Me: Aaaah, tem coisa melhor do que receber isso do seu cantor preferido de madrugada?
Husband: Haha, Sherry, você realmente não existe!
Husband: A propósito, sobre o que foi seu pesadelo?
Me: Eu sei que sou maravilhosa demais da ser real, Shawn, eu sei. Lol. Não foi um pesadelo, foi um sonho ruim.
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We Are Real - Shawn Mendes
FanfictionUma garota. Um cantor. Um segurança. Um show. Todos interligados e despertados em algumas mensagens. Sherry Flaribay é uma jovem de 17 anos que vive junto com seu pai em Nova York, Estados Unidos. Um acidente trágico que levou à morte de sua mãe, a...