CAMILA'S POV
- Ally, você não entendeu, eu não posso me apaixonar por Lauren!
- Eu realmente não entendi, pois só o que ouvi foi que vocês tiveram o momento mais romântico da história Laurmila.
- Que negócio é esse de Laurmila? Eu estou tentando falar sério aqui! - exaltei-me.
- Lauren e Camila, Laurmila.
- Pelo amor de Deus, quem foi que teve essa idéia ridícula?
- Dinah.
- Eu não esperava menos. Mas, é sério Ally. Já pensou o que poderia acontecer se eu me apaixonasse por Lauren?
- Se? - Gargalhou forçadamente, de forma debochada. - Camila, você está apaixonada pela Lauren.
- Não diga isso, por favor - supliquei, caindo de costas na cama, rendida e desesperada.
- Veja o escândalo que fez tentando a impedir de ir nesse tal encontro.
- Não fiz escândalo, eu só... Não queria que ela fosse.
- E por que não?
- Porquê não, Ally. Não tem explicação.
- Tem sim, Mila, e nós duas sabemos qual é, basta aceitar.
- Não, Ally, não pode ser. Já pensou no que minha família vai dizer? Minha mãe?
- E daí, Mila, já estão todos casados, com suas famílias para lá, bem longe de você. Vai se privar de amar alguém por medo de pessoas horríveis que você vê, o que, duas vezes no ano?
- Mas e a mamãe...
- Ué, ela aceitou a Lauren super bem.
- Claro, Al, Lauren não é filha dela. Não é Lauren quem a mamãe tem que mostrar como o exemplo de filha direita que nunca comete erros, e, acima de tudo, é hetero. Uma hetero que irá se casar com um branco rico.
- Olha, Mila, a sua mãe me enjoa as vezes - disse em um tom pensativo, fazendo-me rir.
- Eu sei.
- Mas, veja pelo lado bom. A família da Lauren é sua, pelo que diz. Eles a aceitam, e tenho certeza que você será muito bem-vinda desta forma lá, também.
- Eu sei que sim, e os amo muito por isso. Porém, não é a mesma coisa, entende?
- Claro que sim. Mas pense no que lhe falei. Às vezes, no final das contas, Sinu irá receber isso de uma forma melhor do que esperamos.
- Eu conto com isto, Ally. Obrigada pela conversa, sabe que amo falar contigo.
- Sempre que precisar, bunduda - sorriu.
- Tchau, Al.
- Tchau.
Desliguei o celular e desci até a cozinha, mamãe fazia panquecas.
Estranhei, afinal, era praticamente hora do almoço, porém não disse nada.
- Oi, meu amor! - veio até mim de braços abertos.
- Oi, mãe - sorri, retribuindo o abraço.
Ela me abraçava de forma sincera, com uma pitada de saudade, como ela não fazia há tempos.
- Eu amo você, sabe disso, certo?
- Sim, mamãe, e eu amo você também. - Me desvencilhei do abraço e fui até a geladeira, pegando o suco de laranja e o despejando em um copo.
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The Last Heart Beat
Fanfictie"Eu gostava de acreditar que Camila era minha própria paz. E, na verdade, ela era" - Lauren Jauregui