Capítulo 11

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CAMILA'S POV

  - Ally, você não entendeu, eu não posso me apaixonar por Lauren!

  - Eu realmente não entendi, pois só o que ouvi foi que vocês tiveram o momento mais romântico da história Laurmila.

  - Que negócio é esse de Laurmila? Eu estou tentando falar sério aqui! - exaltei-me.

  - Lauren e Camila, Laurmila.

  - Pelo amor de Deus, quem foi que teve essa idéia ridícula?

  - Dinah.

  - Eu não esperava menos. Mas, é sério Ally. Já pensou o que poderia acontecer se eu me apaixonasse por Lauren?

  - Se? - Gargalhou forçadamente, de forma debochada. - Camila, você está apaixonada pela Lauren.

  - Não diga isso, por favor - supliquei, caindo de costas na cama, rendida e desesperada.

  - Veja o escândalo que fez tentando a impedir de ir nesse tal encontro.

  - Não fiz escândalo, eu só... Não queria que ela fosse.

  - E por que não?

  - Porquê não, Ally. Não tem explicação.

  - Tem sim, Mila, e nós duas sabemos qual é, basta aceitar.

  - Não, Ally, não pode ser. Já pensou no que minha família vai dizer? Minha mãe?

  - E daí, Mila, já estão todos casados, com suas famílias para lá, bem longe de você. Vai se privar de amar alguém por medo de pessoas horríveis que você vê, o que, duas vezes no ano?

  - Mas e a mamãe...

  - Ué, ela aceitou a Lauren super bem.

  - Claro, Al, Lauren não é filha dela. Não é Lauren quem a mamãe tem que mostrar como o exemplo de filha direita que nunca comete erros, e, acima de tudo, é hetero. Uma hetero que irá se casar com um branco rico.

  - Olha, Mila, a sua mãe me enjoa as vezes - disse em um tom pensativo, fazendo-me rir.

  - Eu sei.

  - Mas, veja pelo lado bom. A família da Lauren é sua, pelo que diz. Eles a aceitam, e tenho certeza que você será muito bem-vinda desta forma lá, também.

  - Eu sei que sim, e os amo muito por isso. Porém, não é a mesma coisa, entende?

  - Claro que sim. Mas pense no que lhe falei. Às vezes, no final das contas, Sinu irá receber isso de uma forma melhor do que esperamos.

  - Eu conto com isto, Ally. Obrigada pela conversa, sabe que amo falar contigo.

  - Sempre que precisar, bunduda - sorriu.

  - Tchau, Al.

  - Tchau.

Desliguei o celular e desci até a cozinha, mamãe fazia panquecas.

Estranhei, afinal, era praticamente hora do almoço, porém não disse nada.

  - Oi, meu amor! - veio até mim de braços abertos.

  - Oi, mãe - sorri, retribuindo o abraço.

Ela me abraçava de forma sincera, com uma pitada de saudade, como ela não fazia há tempos.

  - Eu amo você, sabe disso, certo?

  - Sim, mamãe, e eu amo você também. - Me desvencilhei do abraço e fui até a geladeira, pegando o suco de laranja e o despejando em um copo.

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⏰ Última atualização: Jan 03, 2018 ⏰

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