Nossa Lei

7

Lívia narrando:

Hoje é sábado e meu dia de folga eram 10:00 Am e eu estava dando uma geral na casa quando meu telefone começa a tocar .

Ligação on:

— Oi amiga

—  Oi Brenda.

— O que você vai fazer hoje?

— Acho que vou passar o dia em casa mesmo.

—  Vamos para o aniversário do Bruno! — Ela diz animada e eu reviro os olhos suspirando. 

— Nem pensar....

— Vamos Lívia, por favor — Ela implora

—  Eu nem conheço esse Bruno, e outra eu nem fui convidada.

—  Relaxa Livinha, o churrasco vai ser na quadra e aqui não tem esse negócio de convidado  vai todo mundo, aqui a gente é família.

— Ai Brenda só você mesmo, Bruno é o traficante né, pelo visto. 

— É  sim, meu amigo e o sub do meu irmão, vamos Lívia vai ser legal.

— Não estou muito afim de ficar no meio dos bandidos Brenda. 

— Lívia, para de ser chata, já te disse que eles não vão mexer com você, e eu também não vou deixar, vamos amiga.

— Tá bom Brenda, eu vou, você venceu mais uma vez...

— Uma da tarde busco você. 

— Beijo. 

Ligação off:

É tão difícil dizer não para Brenda, ela não aceita e as vezes não me entende, eu já tinha explicado que não gostava de traficantes, mas ela pelo visto cresceu do meio deles, o que era super estranho pra mim, para ela era a coisa mais natural do mundo. 

Tomei um banho, depois saí enrolada na toalha, sequei meus cabelos com o secador, e passei uma maquiagem bem fraca, só batom, base e rímel, coloquei um vestido azul com estampa de margaridas, um pouco apertado e uma rasteira, pequei meu celular e já ouvi os gritos da Brenda do lado de fora.

Saímos de casa e fomos caminhando até a quadra, já dava pra ouvir a música alta, quando chegamos aquilo parecia mais um formigueiro de tanta gente, Brenda pegou na minha mão e saiu me puxando pro meio daquelas pessoas, os homens que estava lá a maioria estavam armados e um frio percorreu minha espinha, já estava com medo. 

— Bruno !— Brenda acenou sorrindo pro rapaz negro de olhos verdes, que se levantou da mesa e se aproximou da gente.

— E aí baixinha. — Bruno sorriu para ela, senhor, como ele tinha um sorriso bonito, na verdade, ele era bonito por completo. 

—  Parabéns! — Brenda se jogou nos braços do tal Bruno, como sempre exagerada.

— Valeu, seja bem vinda Lívia. — Ele disse apertando minha mão. 

— Obrigada Bruno e parabéns!

—  Obrigado, quem vai gostar de saber que você  está aqui é o Cauã. — Ele disse vasculhando o lugar com os olhos, porque o Cauã ia gostar de me ver aqui?

—  Olha ele ali —  Brenda apontou para Cauã que estava conversando com uma menina dos cabelos tingidos de loiro.