O garoto olha surpreso para mim e fica todo nervoso, rio da sua expressão.
—Onde pensa que vai Evan? — Digo já irritada com o mesmo, como ele era capaz de entrar em minha mente e controlar meus "sonhos"?
— Só vim comprar um lanchinho Maia — Ele ri para mim tentando esconder seu nervosismo, ele foi mais rápido e jogou spray de pimenta em meus olhos.
— Aaaah, seu desgraçado. — Ele corre dali e fecho meus olhos que estavam ardendo de forma intensa, pisco várias vezes tentando tirar aquela ardência dos meus olhos, sinto uma mão em meu ombro e dou um soco pensando ser o Evan.
— Ai, ta maluca garota? — Escuto uma voz feminina, definitivamente não era o Evan.
— Desculpa, pensei que fosse o filho de uma mãe que jogou spray de pimenta em meus olhos — Pisco várias vezes e passo a manga da minha jaqueta naquela área.
— Pega! — A garota desconhecida me dá uma garrafa com água e jogo sobre meus olhos, era como se eu estivesse expulsando demônios com água benta, minha visão volta ao normal e olho aquela garota com estilo emo e vestida com uma camisa da Nirvana.
— Muito obrigada! E desculpa por te dado um soco em você — Rio toda sem graça e estendo minha mão a você — Meu nome é Maia — Digo toda sem graça
—O meu é Kristy... Kristy Higgins — Ela diz seu nome e ajeita seus cabelos escuros que eram bem bonitos por sinal — Vamos, eu posso te dar uma carona, você parece perdida...
—Claro, e obrigada por se oferecer- Digo e fecho minha cara, eu estava sendo simpática demais, Kristy sai andando e vou logo atrás dela.Ao chegar em seu carro abro a porta do carona e percebo duas pessoas no banco de trás, eu reconhecia eles, era Kevin e Johnny.
Mas que diabos o Johnny ta fazendo aqui?
Entro no carro e Kevin me dá um sorriso simpático por me ver diferente do Johnny que me dava um olhar mortal, parecia que a qualquer momento ele iria me dar um soco ou até mesmo um tiro, Kristy entra no carro logo em seguida ela diz para nós colocarmos o cinto de segurança e faço o que ela diz, olho para frente tentando não olhar para frente, eu estava curiosa e irritada por ele me olhar tanto.
— Algo de errado Johnny? Por que me olha tanto? — Falo inocente sem entender o porquê dele está assim.
— "Algo de errado?" — Ele tenta imitar minha voz e dá uma risada debochada, eu odiava aquela risada — você me deixa naquela merda sozinho com a perna quebrada e ainda pergunta se tem algo de errado Maia? — Ele se altera mas Kevin tenta acalmar o mesmo, respiro fundo tentando não me descontrolar, eu sempre evitava discussões, pois era perda de tempo — Você disse que ia chamar ajuda, eu esperei por horas naquele lugar, nem pra chamar por ajuda você serve, você é uma vadia mesmo!!! — Johnny já estava explodindo naquele carro e eu não me contenho.
— Eu cansei Johnny!!! A única coisa que você sabe fazer é reclamar de tudo, eu fui pedir ajuda sim — digo já bastante irritada e Kristy acelera o carro — Quem ficou com o olho ardendo por causa do Spray de pimenta foi eu! — Exclamo já com lágrimas nos olhos de tanta raiva.
Kristy para em um lugar e destrava a minha porta e a do Johnny e ela diz:
— Saiam do meu carro agora! Vocês parecem duas crianças brigando, sinceramente...
Saio do carro e olho o Johnny tentar sair do carro mas ele estava com a perna enfaixada, olho seu estado e fico com pena do mesmo.
— O Johnny ta com a perna quebrada, vai fazer isso mesmo? - Digo tentando ajudar o Johnny mas ele me empurra de leve
— Eu me viro sozinho — Diz Johnny pegando uma tábua de madeira velha que estava no chão da estrada, ele usa aquilo como uma muleta e saio andando sem rumo, fecho as portas do carro com força e Kristy da a partida sem dar nenhum tchau e apenas levanto o dedo do meio para seu carro esperando que ela olhasse. Filha da mãe
Corro até o Johnny e pego em seu ombro, ele estava extremamente zangado comigo, ele tira minha mão do seu ombro e olho pra baixo.
— Vou ligar para minha mãe, você não quer ir andando pra casa nesse estado né? — Digo para o mesmo mas ele parecia está me ignorando completamente.
— Eu não to nem ai, eu tenho minha outra perna ainda, posso ir assim mesmo — ele diz aquilo com a cara mais fechada do mundo, ele sai andando e vou até ele, pego em seu braço de novo — o que foi? pode me soltar? Por favor - ver ele irritado comigo me deixava extremamente magoada.
Ele me olha nos olhos e pego na gola da sua camisa e te puxo para mim.
— Cala a boca idiota! - Encosto meus lábios nos seus, seus lábios eram macios e carnudos, ele retribui meu beijo e sinto seus dedos adentrarem em meus fios de cabelo, ele pega em minha cintura e fico extremamente corada, termino o beijo com uma mordida em seu lábio inferior, eu gostava do Johnny, de uma maneira que não dava pra explicar.
— Pode ir comigo pra casa agora? — Arrumo meu cabelo que estava meio bagunçado por conta do beijo.
— É, pensando bem, acho que mudei de idéia — Johnny diz me abraçando de lado já dando um sorriso, pego meu telefone e ligo para minha mãe.Depois da minha mãe vir nos buscar, chegamos em casa em 30 minutos, saio do carro e ajudo o Johnny, minha mãe diz que iria para o serviço e concordo com a cabeça quando ela diz em seguida para eu cuidar bem do Tobie.
Entro em casa e coloco o Johnny no sofá e sorrio discretamente, vou no quarto do Tobie e olho ele dormindo e fecho a porta devagar, volto para a sala e vejo o Johnny assistindo televisão.
—Maia, vem aqui rápido! — Ele exclama para que eu veja a notícia e me sento ao seu lado, escuto o repórter dizendo as seguintes palavras "Adultos entre 30 e 40 anos serão executados, digam adeus para seus familiares nessa faixa etária", ao escutar aquilo engulo em seco e olho para o Johnny já bastante nervosa e com medo.
— Johnny, a minha mãe — Digo olhando em seus olhos, sinto minhas mãos ficarem gélidas, aquilo só poderia ser um sonho.
— Fica calma Maia! — Diz Johnny tentando me acalmar, tentar me acalmar naquele momento era perca de tempo, pego o telefone e disco o número da minha mãe e a mesma atende dizendo um Oi, pergunto para ela se estava tudo bem e ela diz que sim.
—Ta tudo bem com ela Johnny! — Digo já aliviada e espero a minha mãe falar alguma coisa, quando escuto ela dizendo que iria demorar para chegar em casa escuto o barulho de um tiro, a ligação cai e olho para o Johnny com os olhos cheio de lágrimas, abraço o mesmo colocando meu rosto sobre a dobra do seu pescoço e dou um grito abafado.
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Os Elementos
General FictionMaia Hoffmann, é uma garota de 17 anos que adquiriu poderes elementais através de um experimento bioquímico por meio de pílulas. Após ter tido um pesadelo que teria se tornado real, coisas estranhas começam a acontecer na cidade, desde uma tentativ...