CAPÍTULO 11: "MORFINA, POR FAVOR!"

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Depois de ouvir o que a Alyssa disse eu fico sem acreditar, eu realmente estava no lugar que eu queria, eu finalmente iria saber a verdade, eu finalmente iria poder matar o Rick, vejo alguns guardas virem entregar um pacote para cada um do grupo, olho o Johnny e depois volto a olhar para os guardas.
- O que é isso? - Digo enquanto reviro o pacote em minhas mãos
- É uma vestimenta, vocês precisam usar para a segurança de vocês, serve tanto para identificação como para a esterilização das bactérias ou vírus que estão no corpo de vocês, apenas usem, sem perguntas por favor - Diz uma guarda que estava entre os homens, ela mexia em seu cabelo crespo enquanto enrolava alguns cachinhos, ela se vira e segue seu trabalho com os seus companheiros, aquele lugar me causava calafrios, era uma sensação estranha eu não sabia como explicar aquilo.

Tinha se passado 4 horas, eu meus amigos já havíamos feito nossa refeição, a comida do C.R.R não era algo muito agradável, parecia comida de hospital, a única coisa que eu queria naquele momento era um belo hambúrguer com bacon, conseguir um hambúrguer ali era meio impossível, Johnny se levanta, vai até o lixeiro mais próximo e vomita, reviro meus olhos por achar aquilo nojento, ele vem até minha mesa.
- Como vocês conseguiram comer isso? é horrível... - Diz Johnny limpando seus lábios com a manga da blusa, ele senta perto da Kristy, ela dá uma cotovelada em seu braço.
- Nem vem com gracinhas, eu te conheço muito bem Johnny. - Kristy coloca a última colher de sopa na boca, a amizade entre Johnny e Kristy era algo bem divertido, vejo o Tobie que estava bem do meu lado, ele comia sem a mínima vontade, escuto gritos vindos do corredor, vejo uma pessoa vestida com roupas de hospital, ela gritava descontroladamente, alguns médicos se aproximam e aplicam morfina no paciente.
- Vai passar, fica calmo... - O médico diz de forma sútil, o paciente agradece, ele parecia está muito machucado, aquele lugar era muito estranho, eu precisava saber o que estava acontecendo naquele lugar, Olho para o Johnny e aceno com a cabeça, ele sabia muito bem o que eu queria dizer com aquilo.

Tudo ali era estranho, começando pelo fato daquele lugar ter médicos, a pergunta era o por que? Será que eles faziam testes ou alguma coisa ali? Os seguranças me levam para um quarto, entro e vejo o Johnny ali, respiro bem fundo, olho seu corpo definido, ele estava sem camisa, passo minha língua em meus lábios, ele era tão bonito, eu não devia me aparentar estar interessada, ele me olha e olho para o teto disfarçando.
- Ta tudo bem Maia? - Ele me pergunta, me sento na cama em que eu iria dormir, apenas concordo com a cabeça, ele vem até mim e pega em minha mão. - Nós iremos descobrir, eu estou aqui Maia, pode contar comigo - Ele sorri pra mim com aquele seu sorriso idiota, eu odiava quando ele sorria, ele deixava meu coração acelerado. - Posso dormir aqui com você?
- Então, você pode dormir sim... - Sorrio, nem termino de falar, ele se deita e eu deito ao seu lado, ficamos de "conchinha", ele me abraçar e fecho os olhos, sinto algo estranho a arregalo meus olhos. - Controle seu amigão ai...
- Desculpe... - Diz Johnny com uma gargalhada bem fofa.

Kristy

Acordo lentamente depois de uma péssima noite de sono, sonhar com meu irmão não era nada agradável, afinal de contas ele estava morto, me levanto lentamente e saio do quarto, as luzes do corredor eram tão fortes que minhas pupilas ardiam, vou andando e olho pegadas no chão, pegadas vermelhas, vermelhas de sangue, meu batimento cardíaco se acelera, sigo as pegadas e olho a criança, era o Tobie, ele se vira e me olha.
- O moço, ele tá machucado, eu tentei ajudar ele... - Diz Tobie chorando, o homem estava no chão com o pescoço mutilado, deveria ter sido suicídio, pego na mão do Tobie e o levo para o quarto da sua irmã
Quem matou aquele cara?.

Maia

Acordo com batidas em minha porta, me levanto, olho o Johnny que ainda estava dormindo, ando lentamente até a porta e olho Kristy e Tobie, vejo o Tobie sujo de sangue.
- O que aconteceu!? - Exclamo preocupada, olho a Kristy, ela me conta o que tinha acontecido. - Me leve até o homem morto...
Saio do quarto, faço um coque em meu cabelo, sigo os passos da Kristy que me guiava, Tobie segurava minha mão com força, chegamos ao corredor e olho o homem morto que continuava a sangrar, eu me lembrava dele, era o homem do refeitório.
Sinto algo atingir meu pescoço, um tipo de agulha, caio no chão e olho um homem que se aproximava, minha visão estava turva, eu conseguia reconhecer quem era mesmo com a visão embaçada...
- Durma bem... - Diz Evan

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