CAPÍTULO 13: UM PASSADO ESCONDIDO

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JOHNNY

Acordo em um local branco, parecia com o lugar que a Maia havia me descrevido, pisco meus olhos várias vezes, aquele lugar era tão branco que minhas retinas ardiam, olho para uma moldura que havia em uma das paredes, a imagem de um senhor idoso aparece ali, fico sem entender nada.
- Olá, eu sou Rick, Chefe da C.R.R - O senhor passava a mão em seu cabelo branco, olho ao redor e fico procurando por algo. - Você é o Johnny certo? Claro que é, você soube das besteiras que andou fazendo ultimamente?
Besteiras? O que esse papai noel sem barba está falando?
- Olha aqui senhorzinho, acho bom você ir direto ao ponto, eu não sou obrigado a ficar ouvindo essas baboseiras que você diz... - Digo indignado e logo em seguida cruzando os braços.
- Baboseiras? Você sabe o que fez com a Maia? Quase a matou-a... - Ouço o senhor falar com o tom mais alto, ele aperta em algumas teclas e aparece uma imagem em um das paredes, eu havia agredido a Maia, mas como eu fiz aquilo? Nem eu sabia... - Pois bem senhor Johnny, agora irá se relembrar de momentos passados e descobrir o porque de estar aqui, Tchauzinho... - Diz Rick desaparecendo, sinto uma tontura e apago.

҂15 de janeiro de 2065 ҂

Eu corria entre os becos escuros de Chicago, ver a Alyssa com seus cabelos loiros balançando por coisa do vento era algo incrível, paramos em um local, parecia ser um tipo de pequeno comércio.
- Chegamos, é aqui... - Diz Alyssa em um tom baixo, quase inaudível, ela abre a porta e eu entro logo em seguida, aquele lugar fedia e animal morte, talvez estaria abandonado, olho ao redor, vejo um moço vir com uma caixa transparente.
- Aqui estão as pílulas elementais, muito cuidado com elas, qualquer deslize e adeus mundo. - Diz o senhor ajeitando o chapéu que caia em sua cabeça.
- Pra que serve isso? - Pergunto curioso, o senhor faz uma cara feia para mim, ele entra no mercado e fecha a porta com força, Alyssa olha para minha cara e fica rindo.
- Você deveria manter a boca fechada Johnny. - Diz Alyssa segurando a caixa, ela volta a andar e sua bota batia contra o solo e o som ecoava, sigo a mesma sentindo o ar do beco entrar pelas minhas narinas, aquele ar fedia.

Depois de dobrar muitos becos eu e Alyssa chegamos em uma rua aberta que tinha um caminhão, eu via a lateral do caminhão no qual estava escrito a sigla C.R.R, engulo em seco.
- Nós vamos entrar nisso?! - Exclamo com certo medo.
- Se quisermos grana para sobreviver, sim, vamos entrar... - Diz Alyssa enquanto pega a chave do caminhão, ela abre a porta e entra, fico parado tentando raciocinar tudo o que acontecia, entro no caminhão, quem diria que um simples caminhão mudaria minha vida completamente

҂Uma semana depois҂

Acordar e se sentir fora de mim estava sendo normal para mim, talvez o efeito das drogas me trazia isso, às vezes eu me sentia controlado por alguma outra coisa, era como se eu fosse um robô, me levanto do sofá que estava empoeirado, vou até a cozinha e pego uma faca de cortar pão, fico olhando e cerro os olhos, saio de casa com a faca na mão, olho uma senhora, ela parecia ser um bom divertimento, vou até ela e a esfaqueio por trás, ela se contorcia de dor, tiro a faca das suas costas, enfio a faca em seu pescoço e rio, olho o corpo dela cair, volto a minha realidade, olho minhas mãos cheias de sangue, eu não acreditava que eu havia feito aquilo, eu matei alguém inocente, escuto o barulho de sirenes, saio correndo para um beco mas não adianta, policiais me seguram pelo braço, me algemam e me colocam na viatura, agora eu tinha certeza que iria morrer na cadeia, os policias entram no carro, um deles dirige e vão em busca de outro meliante, eles param o carro em outro beco, eles saiem da viatura e pegam uma garota, ela tentava de todas as formas sair dos braços deles, os policiais colocam a garota algemada do meu lado e fico olhando ela.
- Oi, pelo visto estamos bem fodidos - Digo com um sorriso no rosto, um sorriso de nervosismo. - Meu nome é Johnny.
- Meu nome é Maia, agora eu peço que você gentilmente mantenha a boca calada porque está me irritando - Ela fica com a cara emburrada, mesmo com aquela expressão ela continuava bonita.

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