Cápitulo 2: VINGANÇA GENEALÓGICA

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As palavras de Enry se repetiam em minha cabeça a cada segundo, minha avó havia desaparecido mas não tínhamos notícia dela, se ele havia falado que minha vó estava morta, então ele saberia onde a mesma estava ou até mesmo o próprio o teria sequestrado, olho o corpo do garoto sendo carbonizado e aquilo me dá uma sensação de "dever cumprido".

Me viro e olho dois policiais armados e engulo em seco.
-Mãos para cima- obedeço eles e minha respiração estava rápida pelo fato de eu estar extremamente nervosa, sinto os policiais me encostarem no capô do carro, eles me viram e colocam as algemas apertadas em meu pulso.
-Você está sendo presa por cometer homicídio, acha mesmo que iria sair ilesa garotinha? Todos os cantos dessa cidade tem câmera.-um dos policiais fala aquilo com extrema raiva
-Sério mesmo que nessa cidade tem câmeras? Por que não prendeu o garoto no qual eu "matei", eu apenas me defendi... E outra, ele abusou sexualmente uma garota, acha que eu tenho que ir presa?- falo aquilo com uma raiva absurda, tudo naquela cidade era injusto, até a própria lei
-CALADA GAROTA!- um dos policiais gritam comigo e fico com certo medo, eu poderia ser agredida ali a qualquer momento, eu tinha que fugir deles de alguma forma, mas eu não queria ser uma fugitava e ter minha imagem no jornal local, se minha mãe me olhasse assim ela me mataria, o policial me põe dentro da viatura, fico em silêncio.

Percebo um garoto ao meu lado com as mãos algemadas.
-Oi, pelo visto estamos bem fodidos- ele dá uma risada e rio forçado, não sabia o porque dele está sorrindo, ele estava sendo preso, assim como eu, e aquilo definitivamente não era nada legal- Meu nome é Johnny...- Ele fala o nome dele e fico séria, aquele garoto estava me dando nos nervos!
-Meu nome é Maia, agora eu gentilmente peço que você mantenha sua boca calada porque você ta me irritando!!!- Fico com a cara emburrada e fico em silêncio, o garoto olha pra mim meio magoado mas ele não fala nada.

Chegamos à delegacia e os policias abrem a porta da viatura e me puxam com tanta força pelo braço que o mesmo dói, mordo meu lábio inferior para que eu não falasse um "ai", olho o outro policial levando o Johnny, respiro fundo, olho um chafariz que ficava bem ao lado da delegacia.
-Água...- falo baixo para mim mesma e a água se desloga como espíritos aquáticos, os "espíritos" pegam os policiais e afogam os mesmos, me abaixo e toco na chave das algemas, pego e vou até o Johnny e entrego a ele.
-Destranca essa merda!- Espero o Johnny fazer tal ato.
-Por que eu faria isso? Você é uma deliquente!!!- Johnny exclama e reviro meus olhos, os espíritos de água se aproximam dele.
-Você não vai querer morrer iguais os policiais né?- dou uma risada malvada e escuto as algemas serem abertas e meus pulsos se soltam, me viro e pego a chave e abro as algemas do Johnny e dou um sorriso de canto.
-Vem comigo, você irá me ajudar com uma vingança...-Dou um sorriso bem malvado, nem eu estava me reconhecendo.
-Só irei te ajudar porque eu to com muito tédio- O garoto dá um sorriso para mim, olho seu sorriso, ele era muito fofo, seus olhos era bem bonitos, o jeito dele me encatava de uma maneira estranha, nada de se apaixonar por garotos Maia, eles são uns completos idiotas, te fazem gostar do seu jeito e depois vão embora pegar qualquer uma. Aquele pensamente ronda em minha cabeça, olho o Johnny e dou um sorriso forçado para ele e depois fico séria.
-Você é um completo idiota Johnny!- Exclamo enquanto ando ao seu lado, estávamos indo para a casa do Enry, o garoto que eu matei e não me arrependo nem um pouco, chegamos na casa do garoto falecido, toco a campainha e espero alguém abrir a porta, olho a porta ser aberta e um homem de quase dois metros de altura surge na minha frente, ele era cheio de tatuagens no braço.
-Olá- O mesmo fala ainda sério.
-Bem eu tenho uma notícia, o Enry morreu... Eu sinto muito!- Falo de forma fria sem demonstrar tristeza
-Como assim? Me explique melhor isso...- O homem a minha frente fala com muita raiva e com lágrimas nos olhos.
-Explicar?- Dou uma risada e olho o Johnny ao meu lado, Johnny sério, apenas observando aquilo- Eu não vou explicar nada, você irá apenas ficar com o seu "irmãozinho" mais novo...
-Que?- O homem fala sem entender, dou um sorriso maligno e pego no seu pescoço, te encosto na parede e aperto mais.
-Quem matou a minha avó?!- Pergunto com raiva mas o homem estava ficando extremamente vermelho por está sem ar- Fala!!!
-Eu não vou falar sua vagabunda de merda- ele fala aquilo quase sem conseguir por está sem ar.
-Não vai? Ah que pena... Acho que vou ter que matar mais alguém nessa cidade...- Uso meu poder e encho seus pulmões de ar o deixando inchado.
-Sua vó foi morta por...- Vejo o homem morrer após seus pulmões serem rompidos pelo excesso de ar, solto o mesmo e ele cai no chão, olho o Johnny e cerro meus olhos.
-Vamos sair daqui, antes que eu exploda esse lugar...- Falo já irritada e puxo o Johnny pelo braço.
-Eu não sou mais nenhuma criança- Ele puxa o próprio braço para si e te olho séria, olho para trás e vejo a casa.
Se aquele homem sabia quem matou minha avó, mais outra pessoa deve saber também, e isso eu vou descobrir!

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