Os Elementos

Capítulo 3: BAND-AIDS SÃO NECESSÁRIOS!

Depois de sairmos daquele imundo lugar eu olho para o Jhonny de forma séria, amarro meus cabelos loiros e depois ajeito minha jaqueta.
—Você vai para casa?- Pergunto ao Johnny, ele parecia está bem cansado e frustrado.
—Eu não tenho mais casa, depois que meus pais descobriram que eu usava drogas eles me expulsaram de casa, bem eu sai de casa, matei uma mulher e hoje estou aqui, sendo acusado de homicídio e sendo procurado pela polícia, o meu dia não podia está pior- ele falar aquilo com tanta raiva de si mesmo e aquilo estava me dando um certo medo.
—Johnny, relaxa... Em casa eu te dou um cigarro- rio com o que eu acabo dizer- Brincadeira, eu não fumo... Então quer passar uns dias na minha casa?
—Claro, seria ótimo ter um lugar para dormir- ele dá um sorriso meio estranho e cerro meus olhos.
—Você vai dormir no porão- Dou um breve sorriso tentando parecer gentil, coisa que eu normalmente não era.

Chegamos em minha casa e olho o Johnny, ele parecia está bem feliz pelo motivo de eu estar ali.
—Ai dentro tem comida né? Eu to morto de fome!!!- Johnny exclama e dou um olhar mortal para ele.
Será que ele ta pensando que eu não tenho dinheiro ou algo assim, aquele pensamento fica em minha mente e bato na porta da minha casa esperando alguém abrir, a porta se abre e alguém abraça as minhas pernas, era o Tobie.
—Oh Deus Tobie, não me assusta assim!- Exclamo para o mesmo e o carrego, ele dá um sorriso fofo e fica olhando para o Johnny de forma séria.
—Ele é seu namorado?- Tobie pergunta e eu arregalo meus olhos e logo em seguida o respondo.
—Claro que não Tobie, é apenas um amigo- dou um sorriso forçado meio sem graça.
—é garotinho, somos apenas amigos! Apesar da sua irmã ter uma quedinha por mim- Johnny fala aquilo e logo em seguida dá uma gargalhada, fico olhando com ele com negação e dou um chute em suas partes baixas e olho ele se contorcer de dor.
—Viu tobie, a lição de hoje é, nunca seja idiota perto de uma garota!- Dou um breve sorriso para Tobie, Tobie estava rindo da cara de dor do Johnny e aquilo me divertia também.

Após conversamos com o Tobie, eu vou a cozinha com o Johnny ao meu lado, ele olha toda a casa e fico meio incomodada com aquilo, ele era um garoto curioso, pessoas curiosas demais me irritava, ele olha cada detalhe daquela casa e o olho séria com um sorriso forçado para fingir simpátia, chegamos na cozinha e olho minha mãe preparando alguma coisa para comer, coloco o Tobie no chão e ele se senta na mesa e continua com seu desenho, ele amava desenhar, eu me surpreendia pelo fato de um garoto de 6 anos saber desenhar tão bem diferente de mim pois meu único talento era dormir.
—Oi Mãe! Como foi no trabalho hoje?- Pergunto para ela e a mesma se vira meio séria e aquilo me dá um arrepio na espinha. Será que ela sabe que eu sou uma foragida da polícia? aquele pensamento permanece um bom tempo em minha mente até que minha mãe dá um sorriso simpático, ela olha Johnny ao meu lado e instantaneamente ela comprimenta ele.
—Olá garoto? Você é o namorado da minha filha?- Ela dá um sorriso, ela parecia animada com aquilo, reviro meus olhos já sem paciência- Ainda bem que encontrou alguém filha!
—Ele não é meu namorado!- Exclamo já bastante irritada.
—Ela gosta de mim... Ela que não quer admitir- Escuto o que o Johnny diz e ele dá uma risada, parecia que ele adorava me ver brava, dou uma cotovelada bem forte na lateral do seu abdômen como sinal de "Fale isso de novo que eu te mato"- é brincadeira senhorita... Qual seu nome mesmo?- Ele pergunta a minha mãe.
—Joanne...- Minha mãe fala olhando para ele e depois me dá um olhar bem sério, eu precisava descobrir se minha mãe já sabia do ocorrido, mas como?

Deixo minha mãe conversando com o Johnny e vou até o Tobie que estava desenhando na mesa, olho seu desenho porém eu não estava entendendo o que aquele desenho significava.
—O que está desenhando Tobie?- sento ao seu lado e ajeito seu cabelo loiro.
—Bem, esse aqui sou eu...- ele mostra um menino no desenho que estava com uma mancha roxa na barriga- e esse aqui é o... é o menino, que me chamou de irmão de um monstro...- ele me olha com os olhos cheios de lágrimas, mas não eram lágrimas de tristeza, mas sim de raiva.
—Tobie, levanta a camisa!- Exclamo preocupada com a sua situação e ele balança a cabeça em sinal de negação, cerro meus olhos e levanto sua camisa a força e olho sua barriga cheia de band-aids por causa dos ferimentos- quem fez isso Tobie?
—Se eu falar você vai matar ele igual fez com o garoto do beco...- ele afasta minha mão do seu corpo e se levanta indo correndo para seu quarto, aquilo estava muito confuso... minha avó morreu, meu irmão foi agredido na escola, eu acho que o problema não é com eles... é comigo, e eu tenho que resolver isso...

Olho minha mãe ainda conversando com o Johnny e vou até eles, cruzo meus braços e espero eles terminarem a conversa, eles estavam demorando muito e finjo uma tosse e eles param de conversa, olho o Johnny.
—Johnny, vamos pra escola?- Pergunto a ele e dou um sorriso meio sem vontade.
—Vamos claro, até mais senhorita Joanne- Ele vai falando enquanto vou o puxando para fora de casa
—Até mais Johnny!- Minha mãe acena para ele e fecho a porta da minha casa, solto o Johnny e vamos andando para a escola.

Quando chegamos na escola vejo uma multidão de jovens no pátio externo e fico sem entender, Johnny sai andando e apenas sigo o mesmo, olho para cima e vejo um garoto pálido e magro em cima de um dos prédios da escola, olho o Johnny que parecia está bem nervoso, ele me olha.
—É o Kevin, eu tenho que ajudar ele Maia, eu tenho que...- ele me olha com os olhos cheios de lágrimas e olho o garoto em cima do prédio e mostra os 5 dedos da mão e vai "tirando cada um como se fosse uma contagem, Johnny olha para seu amigo em cima do prédio e quando não resta mais nenhum dedo para a sua contagem ele pula e apenas escuto o grito de Johnny.
—KEVIN! NÃO...