Wisty

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- Meio assustador, hein? - eu disse, tentando fingir que aquele lugar não era muito pior que uma mansão assombrada em um parque de diversões.
- Ahn, não tão assustador quanto você - Whit respondeu. - Odeio ter que dar essa notícia para você, irmã, mas... hum, você está brilhando.
Brilhando? O sistema não computa.
O sistema não computa. - Quê? - eu disse, com cara de nada. - Como assim?
- Que parte de você estar brilhando você não entendeu?
-Esse lance de eu estar brilhando, ué? -respondi. -Como é que poderia...
Olhei para baixo e vi que minha pele, minhas roupas e o ar a um centímetro de distância do meu corpo estavam inundados por uma luz esverdeada bem fraca, quase transparente.
- Você andou brincando no lixo tóxico? - Whit fez uma piadinha sem graça.
Estendi a mão e a examinei melhor. Ela começou a ficar tão brilhante que eu tive que afastá-la do rosto. A sala inteira ficou iluminada: as rachaduras escuras e cheias de fuligem, as pilhas de lixo hospitalar, as comadres, os buracos nos rodapés que podiam muito bem ser esconderijo de ratos.
*

Continua no 2 livro

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