× 1993 ×

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Link para a Soundtrack: https://open.spotify.com/user/z2qvcu3ibbxdecw026ytq5xpg/playlist/1LXZBhKet7iHjvsettraD7?si=A3V3bS4tRnawda2E6RA_3g

Caso não consiga abrir o link, procure pelo user CrazyBSLarry no Spotify, o nome da playlist é Creep in a T-Shirt.

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Ninguém podia culpar Louis Tomlinson. Afinal, ele era apenas uma criança crescendo numa comunidade conservadora.

Jay, ele e sua irmã, Lottie, haviam se mudado de Doncaster, Inglaterra, para a minúscula cidade de quase dois mil habitantes Willow, no Alasca, Estados Unidos, para morar com o novo marido de Jay, Dan. Já fazia alguns anos, e Louis já tinha certeza de que odiava aquele lugar.

O lugar no qual se encontrava conseguia ser mais católico que o Estados Unidos inteiro, ou pelo menos era o que Louis achava com sua mente de 12 anos. E para piorar: sua família não acreditava em Deus. Sua mãe havia lhe dado a opção de acreditar, caso ele quisesse, caso ele precisasse. Mas Louis não acreditava, e não tinha vergonha em admitir isso.

E é claro que a palavra espalhou-se pela cidade rapidamente.

Louis havia feito dois amigos na escola: Calvin e Stan. Num dia, eles brincavam como iguais. No outro, os garotos começaram a ignorá-lo. Agora eles nem se olhavam mais; Louis já era excluído de todo e qualquer grupo a mais de quatro anos.

No início doeu. Mas agora Louis já estava acostumado com a solidão. Já estava tão acostumado que sempre que alguém tentava falar com ele, Louis apenas dizia que não podiam ser amigos e saía, caso a outra criança não o fizesse, assim não corria riscos de se magoar.

E Harry era para ser mais uma dessas crianças.

Louis estava sentado no balanço do parquinho em frente à sua casa, sozinho. Não haviam outras crianças, pois já era outono e o frio estava começando a se intensificar, isso até um garotinho se aproximar, tão agasalhado que parecia perder-se dentro dos casacos. O mesmo menino sentou no outro balanço e sorriu para Louis.

- Oi! - O menino exclamou.

- Oi... - Louis disse, tentando parecer indiferente.

- Qual é o seu nome? - O menino pergunta, balançando as pernas.

- Olha, nós não podemos ser amigos, ok? - Ele suspira, olhando para Harry, que apenas o encara, confuso. Louis decide se levantar, mas para quando ouve a voz do garoto.

- Por que não?

Ele respira fundo, virando-se novamente. - Porque você vai parar de ser meu amigo eventualmente.

- Eu nunca faria isso! - Ele diz, ofendido. - E-eu não tenho muitos amigos...

- É, eu também não. - Louis lhe dá um meio sorriso, triste.

- Viu? Então isso significa que temos que ser amigos. Meu nome é Harry. E o seu?

- L-Louis. - Louis gagueja.

- Quantos anos você tem? - Harry abre um sorriso largo, e Louis foca na fumaça saindo de sua boca.

- Onze. Vou fazer doze em dezembro. E você?

- Nove. Fiz em fevereiro. Isso significa que você vai me convidar pro seu aniversário? - Harry se levanta, esperançoso. - Eu gosto de bolo, sabia?

- Não sabia. - Louis deixa uma gargalhada escapar, o que faz Harry rir um pouco também. - Até porque nos conhecemos agora.

- Oh, é verdade. Desculpe. - Ele olha para suas mãos, vermelho.

- Você é adorável. - Louis diz. - Ei...V-você quer ir lá em casa? Minha mãe fez bolo de chocolate. Só se você quiser.

- É claro que eu quero! - Harry exclama, dando um pulo animado. - Você mora aqui perto?

- Sim, é aquela casa ali. - Louis aponta para sua casa do outro lado da rua, atrás do balanço. Uma casa simples de dois andares, azul.

- Ok! Mas eu tenho que voltar pra casa antes de escurecer.

- Tudo bem. Qualquer coisa eu te levo, também.

Louis e Harry caminham até sua casa pela neve rala em silêncio, chegando nem um minuto depois.

- Mãe! - Louis grita, abrindo a porta e tirando suas botas. - Trouxe um amigo! - Ele diz, fechando a porta atrás dele uma vez que Harry já estava ali dentro, também tirando seus agasalhos.

Eles ficaram esperando na entrada por um tempinho, até que a diferença de temperatura em seus corpos com o ambiente quente já não era tão grande, e Louis abriu a segunda porta, adentrando na casa. - Mãe! - Ele grita novamente.

- Oi, querido! - Louis ouve a voz de sua mãe. - Aqui na cozinha.

Os dois meninos vão até o local, Louis sentado-se à mesa, abrindo um sorriso ao ver sua mãe tirando o bolo do forno.

- Mãe, esse é Harry. - Louis o apresenta, fazendo Jay olhar para o menino.

- Oh, prazer em te conhecer, Harry. - Ela lhe dá um sorriso. - Você quer um pedaço de bolo? - Jay pergunta, e Harry apenas acena com a cabeça, envergonhado. - Pode sentar, querido. - Ela lhe abre um sorriso maior, voltando a atenção ao bolo.

Harry senta-se ao lado de Louis, sem saber direito o que fazer.

- Não precisa ficar envergonhado, Harry. Minha mãe é legal. Ela é meio que minha melhor amiga. - Louis sussurra. - Mas não deixe ela saber disso ou vai ficar se achando.

Harry ri baixo, abafando a mesma com a mão. - Eu queria que minha mãe fosse minha melhor amiga também, mas ela não fica muito em casa.

- E seu pai?

- E-eu não tenho pai. - Harry diz baixo, sorrindo para Jay quando a mulher põe os pratos na mesa com pedaços de bolo. O cheiro estava incrível.

- Eu também não. - Louis dá de ombros. - Tenho um padrasto, mas não um pai.

- O que você quer ser quando crescer, Lou? - Harry decide mudar de assunto, comendo o bolo, que definitivamente era o melhor bolo caseiro que ele já havia experimentado.

- Quero ter uma banda. E você?

- Ainda não sei. Advogado, eu acho. Pelo menos é o que minha mãe quer.

- Não faça o que sua mãe quer, Harry. Faça o que você quer. E se você ainda não sabe o que, um dia descobre. - Louis lhe dá um sorriso, e Harry faz o mesmo.

- Quando eu souber, eu te conto. - Harry garante, e Louis apenas ri.

- Você não precisa me contar nada se não quiser, garoto.

- Mas eu quero. Eu quero que nós sejamos amigos, e amigos contam as coisas, não?

- Acho que sim. - Louis dá de ombros, sorrindo.

Ele também gostava de Harry, mas estava aterrorizado com o fato de, eventualmente, não poder mais ver o garoto.

E foi exatamente isso que aconteceu.

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FALA LARRIEZINHAS 💕

Avisos rápidos aqui, essa fic vai tratar de temas meio polêmicos, como drogas, self-destruction, religião (mais focado no extremo mesmo), e eu não quero ofender ninguém! Juro! Desculpa se eu ofender alguém, mas lembrem-se que isso é uma obra de ficção. Louis não acredita em Deus ou religião em geral, e peço que vocês tentem entender o personagem, ok? HSUAHUS

Dito isso, espero que gostem! Vai ser bem diferente (eu ando numa vibe de escrever coisas diferentonas, mals KKKKK), e eu tô bem ansiosa pra escrever o próximo capitulo.

Creep in a T-Shirt • l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora