A banda voaria para Barrow na tarde do dia seguinte e Harry tinha uma decisão importante para fazer. Ele iria com eles?
Sim, havia sido uma aventura e tanto ir até Fairbanks, e não poderia nunca negar que havia se divertido. Seu tempo com Louis sempre será algo impagável, e, apesar de ter se apaixonado por ele, achava que o outro não sentia o mesmo, e se sentisse... Nunca assumiria.
Barrow com certeza seria tão divertido quanto, e caso voltasse para Willow teria que dar adeus às drogas, festas e bebidas. Voltaria para a escola, Liam e sua vida pacata. Provavelmente teria que ir ao triplo à Igreja com sua mãe para "se redimir pelos seus pecados".
Então ele foi falar com a única pessoa ali que parecia ter algo na cabeça: Niall.
Já era quase meia noite e Louis havia sumido com Zayn fazia algumas horas. Harry sabia que o loiro estava no hotel pois ouvia o constante som do violão vindo de seu quarto.
Harry parou na frente da porta do mesmo e bateu três vezes.
- Pode entrar! - Ouviu a voz do garoto e abriu a porta. - Harry, meu amigo! A quem devo a honra de tê-lo aqui nessa linda noite? - Ele ri, fazendo o mais novo deixar um sorriso se espalhar por seu rosto.
- Só... Preciso conversar, eu acho. - Harry suspira, apoiando-se contra a parede e observando Niall botar o violão no chão.
- Vamos conversar, então. Do que você quer falar? - Ele sorri, cruzando suas pernas em cima da cama.
- Ham, é só que... - Harry bufa, indo até a cama do garoto e sentando ali, de frente para o mesmo. - Eu estava pensando em voltar para casa.
- Oh. - Niall soltou o ar, tentando parecer neutro. - E por que isso?
- Porque eu sou apenas... Um garoto de dezesseis anos, Niall. Um garoto que cresceu preso num meio e queria explorar um pouco do mundo, conhecer coisas novas, novas pessoas, e... Eu meio que ainda quero isso, m-mas...
- Mas existe o fator Louis. - Niall arqueou uma de suas sobrancelhas, não parecendo nem um pouco surpreso.
- Parece que tudo gira em torno dele, não é mesmo? - Harry suspirou, brincando com seus dedos. - Eu me apaixonei por ele, e sei que vou sair machucado disso de qualquer maneira. Ele não sente o mesmo.
- Louis... Se impede de sentir qualquer coisa. - Niall explica, pensativo. - E ele sabe como manipular as pessoas, fazer elas pensarem que é tudo escolha delas. Algumas pessoas não conseguem lidar com certas coisas, e nem precisa ser por causa de algum trauma muito grande. - Ele lhe dá um pequeno sorriso. - Talvez Louis goste de você, mas tem medo de lidar com esse sentimento. Amor, mesmo na forma mais simples, é um sentimento muito forte. Ele não sabia como agir com sua família, então foi embora. Não sabia o que fazer sobre Zayn, então terminou com ele. Não sabe o que fazer com você, então está te afastando.
- Eu... Nunca senti nada por ninguém do jeito que sinto por ele. - Harry levou sua mão para seus cabelos, nervoso com toda a situação na qual havia se metido. - Ele pode não conseguir viver com meu amor, mas eu não consigo viver sem o dele, é completamente frustrante. Num minuto ele está sendo gentil e carinhoso comigo, e no outro está se esfregando num cara aleatório na boate. E agora eu não sei o que fazer.
- Eu gostaria que você ficasse com a gente, Harry, mas... Se você está sofrendo e não acha que vai conseguir viver desse jeito por muito mais tempo... Eu vou com você trocar sua passagem logo cedo, sem problema algum.
- Você acha que eu deveria ir? Pra casa, digo. - Harry o encara, implorando por uma resposta através de seu olhar.
- Eu que te pergunto isso, Harry. Você acha que deveria ir embora?
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Creep in a T-Shirt • l.s
Hayran KurguLouis Tomlinson é um garoto crescendo nos anos 90 no lugar mais isolado dos Estados Unidos: Alaska, em uma cidade pequena e religiosa, Willow. Sua família é agnóstica e rejeitada pela comunidade. Mas, mesmo assim, ele faz um amigo: Harry Styles, ain...