ANO 2000
DIA 31 DE JANEIRO
- Você é super legal. - Harry diz, admirado pelas histórias que o garoto havia lhe contado.
Liam ri alto, bebendo um gole de seu café.
- Isso não é nada demais, Harry. Você que vive nessa bolha de proteção impenetrável. Existe uma vida fora dela, sabia?
- Eu sei. - Harry bufa, desencostando da parede do café. - Minha mãe é um saco. Tudo é coisa do demônio. - Ele revira os olhos. - Ela podia passar menos tempo com aquelas velhas da igreja e mais comigo e realmente se preocupando com meu bem estar.
- Harry, você é gay...
- Shh! - Harry olha em volta. - Fale baixo, Liam.
- Foi mal. - Ele ri. - Você é gay, Harry, o que é um pecado. E minha vó sempre disse que não tem pecado pior ou melhor, então não é como se você conseguisse diminuir sua sentença no inferno por deixar de viver sua vida ou algo do tipo.
- Você acha que eu acredito nessa bobagem? - Harry lhe dá um sorriso de lado.
- O fato de você ter acabado de sair da igreja me faz pensar que sim.
- Bom, eu não acredito. Minha mãe sim. E eu ainda tenho quinze anos, então tenho que obedecer ela e continuar sendo perfeitinho.
- Que tal o seguinte. - Liam se ajeita, colocando suas luvas. - Amanhã você faz dezesseis anos. Nós dizemos que você vai ir dormir na minha casa e eu te levo numa festa psicodélica que vai ter no centro.
- Acha que ela vai cair? - Harry morde o lábio.
- Tá brincando? - Liam ri, levantando-se. - Ela me ama!
Harry levanta-se também, saindo do café e dando de encontro com meio metro de neve e muito, muito frio. Eles começam o caminho para a casa do mais novo.
- E o que acontece numa festa psicodélica? - Harry pergunta, abaixando mais o seu gorro.
- Música, drogas, sexo. - Ele dá de ombros. - O usual. - Liam para de andar. - Merda, eu esqueci.
- Do quê? - Harry fica em sua frente, franzindo a testa.
- Eu só vou estar disponível amanhã depois da uma hora da manhã. O ônibus da minha namorada vai sair só meia noite e meia. - Liam explica; Cheryl estava na cidade, visitando-o.
- Tudo bem. É só você me dizer onde que vai ser e nos encontramos lá, que tal?
- Boa ideia. - Ele sorri, voltando a andar. - Agora temos que convencer sua mãe.
Não foi tão difícil, na verdade. Anne era apaixonada por Liam, o que Harry achava irônico; se ela ao menos soubesse como seu amigo era...
Ela o fez prometer que estaria de volta até as seis da noite do dia dois de fevereiro, e Harry prometeu. Afinal, era isso que ele pretendia fazer e não era muito difícil de cumprir.
Certo?
DIA 1 DE FEVEREIRO
Harry tinha oficialmente 16 anos e estava do lado de fora da festa. Era apenas uma porta e uma escada que levava para o subsolo com várias luzes piscando, dava para ouvir uma música estranha tocando e parecia ser ao vivo. Não havia nenhum guarda do lado de fora, ele só precisava entrar.
Passou pela sua cabeça esperar Liam até o horário em que ele viria, mas também passou pela sua cabeça que ele provavelmente congelaria se ficasse ali fora.
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Creep in a T-Shirt • l.s
FanfictionLouis Tomlinson é um garoto crescendo nos anos 90 no lugar mais isolado dos Estados Unidos: Alaska, em uma cidade pequena e religiosa, Willow. Sua família é agnóstica e rejeitada pela comunidade. Mas, mesmo assim, ele faz um amigo: Harry Styles, ain...