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Assim que Sam abre a porta do apartamento, encontra Rebeca na cozinha.

-Oi. Você voltou! -Ela fala, surpresa. -Não sabia que seria tão rápido. Eu teria feito algo.

-Eu estou bem. -Sam diz, calmo.

-Não quer nada? -Ela pergunta.

-Só um banho. -Ele falaz seguindo direto pro banheiro.

Sam ainda estava confuso sobre aquela mulher loira, não era de se esperar menos, ela sabia, exatamente quem ele era. Eles, no caso. E se ela sabia, deveria ser alguém extremamente perigosa.

Sam passou longas horas no banheiro, o que não surpreendeu Rebeca. Assim que ele saiu, encontrou-a no sofá, deitada, dormindo.

Suspirou fundo, foi ao quarto, se vestiu e saiu do apartamento, sem fazer barulho, seguindo para o terraço, onde Asa Vermelha o esperava.

-E aí, campeão? Cuidou de tudo enquanto estive fora? –Sam pergunta ao bicho e lhe faz carinho. –É, as coisas parecem que só começaram a complicar.

*

Assim que Sam é solicitado na Base Militar, nem hesita em ir. Não deu tantas explicações à Rebeca, que também não lhe questionou nada. Sam só conseguia pensar em uma coisa: na loira misteriosa e quais segredos ela guardava. Quem era ela, afinal?

Assim que ele estaciona, Riley estaciona em seguida, na vaga ao lado.

-Também chamaram você? –Riley pergunta, retirando os óculos escuros.

-Parece que vai ter reunião de turminha. –Sam fala, de modo sarcástico e tenta aliviar a tensão. Tenta.

-Viu os relatórios? –Riley pergunta enquanto eles começam a caminhar.

-Que relatórios? –Sam retruca.

-A ficha dela é completamente vazia! Ela, basicamente, não existe! –Riley fala, o que deixa Sam ainda mais confuso. –Não há certidão de nascimento, nome no banco de dados do governo, digitais no banco da polícia. Ela nem sequer tem um sobrenome!

-Quem é ela, então? O Gasparzinho? –Sam debocha.

-É isso que vamos descobrir!

Os dois passam pelas portas, pela vistoria e então seguem até onde um oficial lhes esperava.

-Tenentes. –O oficial os cumprimenta. –Por favor, me sigam.

-Por quê fomos solicitados? –Riley indaga.

-Acreditamos que vocês saibam que ela não seja muda, não é? –O oficial pergunta, ainda de costas.

-Ela não falou nada? –Sam pergunta incrédulo.

-Nem uma palavra. –O oficial fala. –Mas já que ela falou com vocês antes, acreditamos que possa falar agora também.

O oficial abre uma uma porta e entra em uma sala, a qual possuía um vidro de espelho duplo. Do outro lado a loira ainda continuava parada, sentada, com o mesmo sorriso petulante no rosto.

-Nós vamos interroga-la? –Sam pergunta.

-Sim. –O oficial suspira. –Averiguamos as armas e não eram só as nossas que estavam ali. Haviam algum tipo de arma de destruição em massa, altamente perigosa. Ainda não sabemos como classifica-la, mas o pessoal do laboratório está analisando. –O oficial mostra uma pasta. –E todos os que vocês abateram possuíam essa marca.

Eles então olham a marca. Parecia um S.

-Ela também tem essa marca? –Riley pergunta, enquanto Sam analisa as fotos.

Falcão - ShadowlandOnde histórias criam vida. Descubra agora