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Base Militar.

Quando a mensagem de Riley, dizendo para ele comparecer o mais urgente possível na base, chegou pela manhã, Sam não fazia ideia do que acontecera, sabia que, provavelmente, algo extremamente grave.

Ao passar pelas portas havia uma correria de soldados, todos fardados com roupas de camuflagem, mantendo em punho uma arma.

-O que é isso? -Sam retruca.

-Ainda bem que chegou. -Riley, que estava no canto, falando com um dos soldados, se aproxima. -Houve uma tentativa de invasão. Acho que tem a ver com a garota.

-A Gasparzinho? -Sam arqueia a sobrancelha. -Onde ela está?

-Na sala. Temos autorização para ir falar com ela, mas precisamos ser rápidos. -Riley explica.

-Imaginei. -Sam então começa a caminhar na direção das portas de detecção de metal. E segue firme até a sala, onde a mulher ainda esperava. -Então?  Vai começar a falar?

A mulher ainda continuava muda.

-Me explica o que é essa merda de Sombra? -Sam fala, já começando a se alterar. -Eu fui atrás do meu amigo, e seja quem for, matou ele! Sombra matou meu amigo! Me diga agora quem eles são.

-Eu não posso. -Ela diz, de maneira seca.

Sam começa a andar de um lado para o outro. Causaria medo, já que ele parecia furioso, mas a mulher não falou nada, não esboçou qualquer reação.

-Beleza! -Sam fala e vai até ela, a puxando pelo braço. -Vamos dar um passeio.

A loira tropeça um pouco antes de manter o equilíbrio e, assim que ele abre a porta, Riley estava lá para alertá-lo.

-Ela não pode sair, Sam! -Riley exclama.

-Não se preocupe. Vai ser rapidinho! -Sam a segura. Caminha até a entrada, onde afasta os soldados que tentavam repreendê-lo.

Os dois foram até o carro e os soldados os seguiam com o olhar. Foram até o pátio da Base, onde os carros estavam estacionados e assistiram Sam pegando uma mochila do carro e colocando nas costas, a amarrando firme ao seu tronco.

-O que pensa que está fazendo? -A mulher retruca.

-Ah, agora está curiosa? -Ele fala, com desdém. -Pois é, meu bem, vamos dar um pequeno passeio.

Sam abre as asas que estavam guardadas na mochila. Os olhos da loira se arregalam. Ela não tem tempo de falar nada. Sam a segura pela cintura e alça vôo. Todos assistiam enquanto eles ganhavam altitude.

-O que vai fazer? -A loira pergunta entredentes.

-Quem é Sombra? -Sam ignora a pergunta dela por total.

-Já disse que não posso dizer.

-Kuem! Resposta errada! -E solta a garota.

A garota grita e, lá embaixo, ninguém acredita no que estava acontecendo. Sam mergulha e volta a pegá-la pela cintura, voltando a ganhar altitude.

-Quem é Sombra? -Sam volta a perguntar.

-Não posso falar nada eu...

E Sam a solta novamente. Eles não estavam tão longe do chão agora, e então pegou-a novamente.

-Fala! -Sam diz. -Aposto que não vai dar tempo de te pegar se eu soltar agora.

A mulher parecia alarmada.

-Você não entendeu? ... É pra sua segurança! Esqueça Sombra! Esqueça antes que seja tarde! -Ela fala, com raiva, o que surpreende Sam. Ele não a tinha visto se alterar uma única vez, nem mudar sua fisionomia, mas agora mudara.

Falcão - ShadowlandOnde histórias criam vida. Descubra agora