7- Você confia em mim?

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- Como você está se sentindo? - Marlee pergunta, segurando a minha mão.

- Eufórica. - Eu respondo, pois realmente estava eufórica.

- Normal. - Ela deu os ombros, mas sorriu. - Mas se acalme.

Marlee estava sendo muito útil, ela me contou de como se sentiu ao chegar no Palácio de Carolina. Ela disse que já tinha falado disso para mim, mas achou melhor recontar.

Dei graças a Deus, assim eu teria essa lembrança importante sobre ela.

- Está bem. - Respondi baixo, estávamos dizendo tudo aos sussurros.

Fui ao lado de Marlee na viagem a Illéa. A família de Maxon tinha ido depois do meu aniversário.

Eles ainda não sabem que eu escolhi Maxon, só sabem que uma decisão já foi tomada e que Maxon voltará solteiro ou noivo.

Maxon está tranquilo e sentou na minha frente. Eu dormi no ombro de Marlee e ela dormiu sobre a minha cabeça.

Senti um clarão e acordei. Percebi que Marlee também sentiu, pois a mesma também acordou assustada.

Não é a primeira vez que isso acontece, só que nunca descobri como o Maxon faz isso... Nunca vi o que causava o clarão, sempre que eu olhava Maxon estava lá, parado, me olhando sem nada nas mãos, e dessa vez segurando o riso?

- O que foi? - Pergunto, ainda sonolenta.

- A Marlee está babando. - Marlee virou para a outra poltrona, que está vazia, e voltou a dormir e babar.

- Daria uma foto incrível! - Eu digo, sorrindo.

- É mesmo. - Maxon concorda comigo. - Mas venha, vamos para esse lado do avião. Vamos deixá-las descansarem. - Ele disse, se levantando e indo para o outro lado do avião.

- Elas? - Ele aponta para Anne, Mary e Lucy, que também estão dormindo. O avião é muito grande, principalmente porque é o avião particular da família real de Illéa.

Enquanto andava, contemplei o avião espaçoso, e fui para a suíte que tinha nos fundos do avião, para conversar com Maxon. Tinha uma cama colada na parede, mas como a viagem não é muito longa, não será necessário usá-la.

- America. - Maxon me chama, ele parecia nervoso, ansioso, eu diria. - Vou lhe falar o que você deve esperar de Illéa, da minha família, do povo e das regras que terá que seguir. - Ele fala, segurando minha mão.

- Está bem. - Concordo, nos sentamos na cama e eu fiquei esperando ele começar a falar. Ele passou alguns segundos suspirando, como se quisesse pensar por onde começar.

- Minha mãe e minha irmã te adoraram, mas meu pai não é tão amigável assim, evite falar com ele. - Ele dizia tudo sério. - O povo é dividido em castas, assim que me tornar rei vou desfazer aquelas porcarias, mas ninguém pode saber disso. Está entendendo?

- Sim. - Digo, acenando com a cabeça. - Ficar mais com sua mãe e irmã, devo me manter afastado do seu pai, povo divido de forma injusta e vamos mudar isso quando assumirmos o trono, mas se alguém souber disso agora, isso chegar aos ouvidos do seu pai e ele vai fazer alguma coisa para impedir.

- Não é que você aprende rápido? - Ele fala, de forma debochada. - O povo está ansioso por um novo membro da família real acrescentado pelo matrimônio. E consequentemente, depois disso, eles querem outros membros na família... - Ele deixou o resto no ar, possivelmente para não me assustar. Mas eu entendi o que ele queria dizer.

Filhos.

- Entendo. - Digo, dando o meu melhor sorriso, para mostrar que estava tudo bem falar sobre isso. Na minha opinião é até saudável. - Não se preocupe, meus genis são bons. Como você viu, minha família é bem grande. - Digo, de forma debochada.

Agora eu sou America Singer (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora