5- Ajudando Nicoletta

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Minha Seleção já tem um mês e meio, e eu ainda não amo ninguém. Eu estava começando a ficar preocupada com isso...

Ser America Singer está sendo mais fácil do que eu imaginei. As únicas pessoas que eu tenho dificuldade de lidar são meus pais (eles definitivamente não são boas pessoas), mas eu me dou bem com todos os funcionários e com meus irmãos.

Anne, Mary e Lucy me arrumam para o café da manhã, enquanto eu estou perdida em pensamentos. Eu deixo os meus cabelos soltos, não passo maquiagem, coloco sapatilhas e um vestido azul simples para os padrões de princesas.

Coloco a coroa mais simples da minha coleção. Anne disse que minha mãe deixou um recado dizendo que eu teria que usá-la.

Estamos tão entretidas na nossa conversa, que nos assustamos ao ouvir batidas na porta. Mary abre a porta e começa a soltar risinhos. Quando olho, vejo Maxon, sorrindo para mim.

Maxon estava vestido de terno, como sempre. Era engraçado, pois ele era uma pessoa tão descontraída, tão normal... Mas sempre estava com roupas pomposas. As vezes eu me esqueço que ele é um príncipe, e que é normal ele estar com essas roupas todos os dias.

- Bom dia, querida. - Ele fala sorrindo. Estava me chamando assim de propósito. - Poderia te acompanhar?

- Bom dia. Claro que pode, Botões. - Eu falo. Ele sorri e me estende o braço. Demos um "tchau" para o trio de criadas e seguimos o nosso caminho.

- Como eu devo te chamar na frente das pessoas? Porque eu não aguento mais ter que conversar com seu pai durante as refeições. - Maxon me perguntou de forma descontraída, me fazendo ri do seu drama. - Não acho alteza ou America muito adequados.

Apesar de conversar bastante com Maxon, durante as refeições, mal trocamos três palavras, sempre fico perto de Marlee e Nicoletta, e Maxon acaba se sentando perto dos meus pais... Coitado.

- Sente perto de mim hoje, deve ser horrível ficar conversando com meus pais todos os dias...- Ele apenas soltou um suspiro aliviado, eu dei um leve beliscão no seu braço, enquanto dizia: - Se você me chamar de "alteza", eu te bato durante o café da manhã. - Respondo, sorrindo. - Me chame do que achar melhor.

- Tenho que fazer uma lista do que eu não posso te apelidar. - Ele disse, colocando uma mão no queixo, fingindo pensar de uma forma debochada.

- Acho uma ótima idéia. - Digo, fingindo raiva.

- Engraçadinha. - Lhe lancei meu melhor sorriso debochado.

Estávamos tão entretidos na nossa conversa, que quando chegamos no local onde era servido o café da manhã, acabamos esquecendo de cumprimentar as pessoas presentes.

O café da manhã não foi nem um pouco silencioso, rimos o tempo todo. Meus pais nos olhavam espantados, diante da rápida conexão que tivemos.

Quando o café acabou, nos levantamos e saímos da mesma forma que entramos, de braços dados e conversando de forma animada.

E só nos demos conta da nossa falta de educação, quando saímos do local.

- Viu a cara deles? - Maxon perguntou, sem conseguir controlar as gargalhadas.

- Vi! Eles estão chocados. Meu Deus, nem fizemos reverências! - Digo, rindo também.

- Ou demos bom dia! Seus pais devem estar desesperados! - Eu ainda não conseguia falar, estava sem fôlego depois de rir por tanto tempo. Quando finalmente me alcalmei, respondi:

- Com certeza. - Digo com a mão no peito, recuperando o fôlego.

Depois de rimos mais um pouco, nos despedimos. Eu estava surpresa com a nossa conexão. Realmente, parecia que eu já o conhecia tinham anos...

Agora eu sou America Singer (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora