Capítulo 1 - Encontro

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Primavera

12 Semanas


"Meu corpo estava em êxtase, parecia que uma corrente elétrica passava por ele, elevando meus batimentos cardíacos ao limite. O beijo era intenso, nossas línguas se abraçavam em uma dança sensual cheia de luxúria e desejo. Sua mão apertou minha bunda, me erguendo no ar com certa urgência. Enlacei minhas pernas em sua cintura, enquanto ele subia as escadas sem interromper o beijo, suas mãos apertavam minhas coxas me fazendo delirar de tesão. Abriu a porta do meu quarto e me jogou na cama com certa brutalidade. Nossas respirações descompassadas revelavam o tamanho da nossa excitação. Era inegável o quanto um desejava o outro. Ele foi beijando meu corpo se demorando nos seios, desceu até a barra da minha calcinha e sorriu de canto. Delicadamente foi descendo ela enquanto depositava beijos em cada área que ia descobrindo"

– Merda! – Acordou assustada.

Era a quinta vez que ela sonhava com Itachi em menos de um mês. Já estava ficando fora de controle, não sabia mais o que fazer, por mais que tentasse era impossível não sonhar com ele. O rapaz era alto, tinhas cabelos pretos na altura da cintura, e intensos olhos negros. Era o melhor amigo do seu irmão.

Por mais que o visse com frequência, foi no acampamento de verão do colégio, que se aproximaram de verdade. Alguns ex-alunos eram convidados a serem mentores dos novatos, e Itachi era um, assim como seu irmão Sasori. Ele era simpático e atencioso, um rapaz realmente carismático, e mesmo sem perceber se viu encantada pelo belo jovem.

Por mais que Itachi fosse um rapaz muito bonito, Sakura não compreendia o motivo daqueles sonhos eróticos. Não nutria qualquer tipo de sentimentos românticos por ele, e isso era o que mais a perturbava. Ela se remexeu na cama, virando para o lado ficando de costas para a porta. Sentiu um braço apertar sua cintura a puxando para mais perto. Ela se permitiu relaxar, e aproveitar o corpo quente e grande ao seu lado por um breve momento.

Amava acordar assim, nos braços dele, se sentindo acolhida e protegida. Ao menos ao lado dele, ela esquecia um pouco os problemas do dia-a-dia. Às vezes a vida podia ser injusta, e para Sakura, a vida era perversa. Remexeu-se a fim de se livrar do braço que impedia de levantar.

Vislumbrou a imagem do ruivo. Ele dormia tão sereno que parecia um anjo. Admirou o rosto dele por mais um momento, poderia admira-lo por um dia inteiro. Ao menos até se dar conta, levantou-se sobressaltada, olhou para o relógio e viu que estava atrasada.

Apressou-se para o banheiro, tomou uma ducha rápida e foi escovar os dentes. O sabor do creme dental a fez sentir enjoo – era novo, ainda não havia experimentado – correu para a privada, e vomitou. Pegou outro tubo, um de menta – simples, como estava acostumada – fez sua higiene bucal, enquanto observava as olheiras abaixo dos olhos, através do espelho.

Estava horrível, não dormia direito desde que as desconfianças começaram. Primeiro as tonteiras, depois o atraso do ciclo, e enfim os enjoos. Ainda não havia tido coragem para fazer um teste, mas não achava necessário. Sua menstruação não dava as caras a cerca de dois meses, e seu ciclo sempre fora bastante regular.

A vontade de gritar e chorar estavam ali, era notável em seu rosto o desespero. Com um suspiro consternado, fechou os olhos, não queria se ver. Tinha vergonha de si mesma, e do que fizera. Não entedia como a vida podia ser tão cruel com ela. Com tantas garotas que mereciam aquele castigo, por que logo com ela?

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