Capítulo 13 - Pode Gemer O Quanto Me Ama?

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Verão

22 Semanas

– Mãe, eu não sei o que fazer – Confessou o rapaz transtornado. – Eu amo muito a Sakura, e ela parece retribuir, mas as vezes eu sinto que – desviou o olhar para o porta-retratos na estante que continha uma foto dos dois.

Na foto em questão, Sai abraçava a garota por trás, ambos com enormes sorrisos no rosto. As mãos do rapaz tocavam sua barriga com ternura. A fotografia havia sido tirada pela mãe dele, no jardim de sua, nada humilde, casa.

O barulho incessante dos dedos da mulher sobre o teclado, aumentavam ainda mais a sua inquietação. A sua mente parecia prestes a entrar em colapso. Passou as mãos no rosto, mordeu a bochecha.

Amava Sakura, porém não sabia a verdadeira intensidade de seus sentimentos. Precisava de respostas, e quem melhor que sua mãe para lhe dar conselhos sobre amor? Ela era quem melhor entenderia, e saberia interpretar a situação.

Havia um misto de sentimentos dentro dele. Queria Sakura para si, ter uma vida ao lado dela. Queria aquele bebê para si, havia despertado um instinto paterno sobre aquele menino. Queria protege-lo. Queria ser o marido e pai que eles mereciam. Mas uma parte, uma pequena parte, insistia que faltava algo.

Esse algo, na sua visão, era um filho apenas deles. Um bebê seu e de Sakura. Assim que o menino nascesse, e tivesse com certa idade, teriam mais um filho. Um filho apenas deles. Uma criança para esfregar na cara de Sasuke Uchiha.

– Ela está passando por um momento difícil, meu filho, você precisa compreender.

A mulher escrevia em seu computador, sem desviar os olhos da tela, os dedos ágeis davam vida aos personagens do novo romance. Sai, batia o pé no chão impaciente. A mulher sorria da inquietação do filho. A famosa escritora, H.K., estava no terceiro volume de sua saga.

– Tenho medo, mãe. Medo dela não ter esquecido o Sasuke.

Retirando os óculos, Hanare atentou-se ao filho. Detestava ver seu menino tão ansioso. Pelo pouco que conhecia de Sakura – das raras vezes em que os visitara –, sabia que a garota nutria sentimentos por seu filho.

– Não seja bobo, menino, eu vejo o modo como ela o olha. Tem amor ali. É claro que ela deve sentir algo por seu primo, mas pense bem, ela vai ter um filho dele. Um filho, é um laço eterno, eles sempre serão os pais daquela criança.

– Não me lembre que somos da mesma família. – O rapaz saiu batendo a porta do escritório.

Ela girou na cadeira mordendo a perna dos óculos. Sai precisava resolver isso, ela sabia que em parte a culpa era sua, mas o que faria para resolver? Como fazer Sasuke e Sai fazerem as pazes?

– O que eu faço com essas crianças?


...


O silêncio se estendia entre os dois. A proximidade ao invés de ajudar atrapalhava. Sasuke estava nervoso, tinha medo de tudo o que estaria por vir, caso levassem aquilo a frente. Não queria parecer rude, porém não via meio mais fácil de dizer aquilo. Não havia maneira de amenizar a situação. Era tão difícil para ele quanto para ela. – Suspirou. – Tinha que dizer, por mais magoada que ela ficasse. Um dos dois precisava ter os pés no chão.

– Sakura, não podemos ter esse bebê – Tentou contato visual, porém ela desviou o olhar. Sasuke já esperava esse tipo de reação dela.

– ...

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