Dizem que surpresas são coisas boas. Para Sakura, surpresa era sinônimo de decepção.
A vida havia lhe surpreendido de tantas formas ruins, que jamais imaginou ser capaz de viver um momento assim. Os olhos da menina brilharam ao contemplar o arco formado por árvores e flores. Nunca vira algo tão lindo.
O rapaz sorriu maravilhado com o encantamento dela. Fazê-la sorrir depois de tanto tempo era bom. Estava cansado de ser aquele que lhe trazia dor, e por um momento desejou contemplar aquele sorriso todos os dias. Talvez em um mundo normal, se ele tivesse a família certa, só talvez, ele seria capaz de fazê-la feliz.
Ele podia facilmente imaginar um mundo onde apenas os três viveriam, um mundo isolado de toda hipocrisia e falta de amor. Seus pais os visitariam no aniversário de Satoshi, e depois sumiram por mais um ano. Seria perfeito!
Sakura apertou o celular entre os dedos, sua mochila havia ficado no carro com suas coisas dentro. Estava tão encantada que ignorou o aparelho vibrando em sua mão. Sasuke segurou-lhe a outra mão a levando até os lábios depositando um beijo casto emoldurado de um sorriso ladino.
Sakura piscou os olhos abobalhada, uma moça se aproxima com uma câmera capturando todos os momentos da chegada do "casal". A mulher alta de cabelos ruivos tira mais uma fotografia ofuscando sua visão.
– Senhor Uchiha, sou Kate, a fotógrafa. – Ela sorri estendendo a mão ao rapaz que simplesmente acenou com um balançar de cabeça. – Preparamos o local conforme foi pedido. – Puxou a mão constrangida. – Poderia nos seguir, por favor?
Sakura observou que haviam mais dois fotógrafos além de Kate. Um rapaz alto de cabelos castanhos, e uma mulher de cabelos estranhamente esverdeados. As câmeras eram idênticas, eles trocavam algumas palavras entre si alternando os olhares entre ela e Sasuke.
A mulher saiu na frente, e Sasuke a seguiu puxando Sakura pela mão. As árvores adornavam a trilha que ia de encontro a um chalé triangular de dois andares. Tal como uma criança em um parque, a futura mamãe se deleitava com o lugar. Parecia um ambiente saído de um conto de fadas.
Sasuke permaneceu em silêncio apenas observando a paisagem, se atentando a cada detalhe exigido no contrato. Ao adentrarem no chalé, observaram o sofá em frente a uma lareira. Não havia TV, e nenhum tipo de aparelho tecnológico. – Conforme exigido por ele.
– Podem se trocar no quarto, e já começaremos o ensaio. – Os olhos de sakura se arregalaram assim que viu a moça indicar uma porta empurrando os dois para dentro.
...
Os olhos da loira transbordavam fúria. Não conseguia entender o motivo pelo qual Sai continuava atrás de Sakura mesmo depois de saber que ela estava com Sasuke. Seria imaturidade ou simples rivalidade? Ele não deveria ser assim tão ingênuo ao ponto de acreditar que a garota não o trairia. Ou seria?
– Por que ainda namora o Sasuke? Quer dizer, ele te trai, e você claramente não ama ele. – A curiosidade finalmente havia o vencido.
– Eu sei que é estranho para vocês, mas temos um relacionamento aberto. Não existe traição, Sai. Nós escolhemos ser assim, funciona, é bom pra ele e para mim.
– Vocês são muito estranhos. – Deu de ombros. Era melhor deixar para lá, ou seu cérebro entraria em parafuso.
– Por que Sakura Haruno? – Perguntou certa vez.
Seus olhos brilharam a simples menção do nome dela. Ino não entendia tamanha devoção. Pensava nunca ser capaz de entender o que era amar alguém com tamanha intensidade. O rapaz que estava sentado na cama ao lado dela se jogou para trás pondo os braços embaixo da cabeça.
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Por Que Eu?
FanfictionNenhum deles sabia no que estava se metendo. Bom, talvez ele soubesse, mas jamais admitiria isso. Quinze anos, época de aprendizado, libertação e independência. Sakura havia acabado de completar seus tão sonhados quinze anos. Sua vida toda estava...