Por Que Eu?

Capítulo 7 - Visita Indesejada

Itachi dirigia enquanto ouvia uma música, sem prestar a mínima atenção a letra. Sasuke olhava a paisagem com a mente distraída, o cigarro entre os dedos. O rapaz ainda não acreditava que estava deixando seu irmão o levar até a casa dos Haruno. 

Não queria acreditar que Sakura estivesse grávida. Afinal ela ainda não havia ligado, nem tentando falar com ele. Pior ainda, o havia tratado muito mal quando lhe ofereceu uma carona há alguns dias.

Talvez o bebê nem fosse seu, oras. Ela havia contado para Sai antes de falar com ele, não foi? Essa ideia não lhe agradou, imaginar Sai tocando em algo que era seu – Porque Sakura era sua. Mesmo que ela ainda não soubesse disso – Não que ele amasse a menina ou coisa do tipo, mas ela disse que o amava – Como ela poderia?

Ela faria isso? Recusava-se a acreditar que ela o enganara. Sakura não daria um golpe nele. Daria? Não, Sakura jamais diria que o ama e depois correria para os braços de outro. Ela era dele, e de mais ninguém. O coração da menina pertencia a ele, e somente ele poderia tocá-la. Sakura havia lhe entregado sua virgindade e seu coração, tudo numa única noite. Era mais um para sua estante de "troféus" e era assim que ele gostava de pensar.

Ah, ele mataria aquele branquelo se soubesse que Sai tocou nela. Sasuke bufou, trincando os dentes irritado.

...

Sasori caminhava em círculos pelo quarto, buscava uma solução para o problema de sua irmã. Sua vontade era de matar o Uchiha, seu sangue nunca bateu com o dele e para completar o rapaz já havia lhe roubado praticamente duas namoradas. Ele faria Sasuke pagar caro. O Uchiha ia comer o pão que o diabo amassou.

O ruivo ainda não havia superado a perda de sua amada Konan. Pior ainda era saber que a jovem havia sido abandonada pelo moreno. Seu sangue fervia só de lembrar o rosto banhado em lágrimas da garota ao procurar-lhe depois do pé na bunda. Claro que com o orgulho ferido Sasori a mandou embora. Nunca mais ouviu falar da jovem.

E se não bastasse roubar sua preciosa Konan, o rapaz ainda roubou Ino. Konan ele aceitava, era só uma pegue-te, mas Ino? Eles namoravam a um ano, isso não significava nada para ela? Ele não sabia qual o problema do jovem Uchiha, mas uma coisa era certa, sua irmã ele não roubaria. Sakura era sua, e não a dividiria assim. A protegeria de tudo e todos.

Reunindo seu bom senso, decidiu ir conversar com Sakura. Ainda não conseguia acreditar que sua amada irmãzinha, sua menininha, havia tido algo com aquele cara nojento. Com tantos outros caras disponíveis. Sabia que Sakura era uma garota bonita, e que muitos garotos a queriam. Sua irmã merecia coisa muito melhor.

Sasuke não merecia a jóia que ela era. Sasuke não sabia amar, sua vida girava em torno do próprio umbigo. Era como se ele fosse o sol, e o resto do mundo fossem os planetas. Claro que nem sempre fora assim, lembrava de quando o garoto era novinho e brincava com Sakura. Os dois eram bastante próximos, e mesmo enciumado, Sasori entendia que não poderia interferir na amizade das crianças.

Não sabia o motivo do fim da amizade, mas sabia que Sasuke não era mais o mesmo garotinho de antes. Sasuke havia se isolado, não falava com ninguém, e quando saía do quarto ignorava a todos. Com o tempo descobriu que o garoto estava se drogando. Soube da pior maneira possível.

Sasori tinha quinze anos, chegando à casa de Konan, estranhou o silêncio, mas não se intimidou. Como sempre entrou na casa, e subiu para o quarto da garota. Sentia um cheiro estranho, mas era incapaz de decifrar de onde vinha ou o que era. Ao abrir a porta do quarto da namorada, deparou-se com Sasuke – que possuía quatorze anos – deitado entre os lençóis com ela. Ele possuía um cigarro de maconha entre os dedos, e Konan estava alterada. Quando viu o namorado, sorriu e se levantou mostrando sua nudez, e caminhou até o ruivo estático. Fez menção de abraça-lo, mas foi afastada pelo mesmo. Nojo. Sasori passou a ter nojo dela.