- Não sinto nada por você, pode ficar tranquilo - digo impaciente dentro de um elevador destinado ao quinto andar.
Wonho não responde. Os números vão aumentando... segundo andar, terceiro e...
- Aaah! - grito e involuntariamente seguro com força o braço do homem ao meu lado.
O elevador estava parado e suas luzes apagadas. Um fio de espanto ainda me atingia.
- Pode largar o meu braço? - diz Wonho após apertar o botão de emergência. Esforço-me para enxergar o seu rosto com a pouca luminosidade do lugar.
- D-desculpe. - Meu coração acelera e eu solto o seu braço.
- Só aproveitou o momento, né? - Vejo vagamente o seu rosto se aproximar do meu e começo a recuar.
- N-não... F-foi impulso, eu... - Sinto minhas costas baterem na parede do elevador.
- Tem certeza que não sente nada por mim, (S/N)? - A sua fala está próxima a minha testa.
- T-tenho - gaguejo.
- Então por que parece tão nervosa? - Sinto seu rosto descer passando levemente os lábios na ponta de meu nariz. Tento controlar a respiração ofegante. Sua boca agora está na direção da minha.
Uma luz maior atravessa a porta que se abre lentamente. Wonho se afasta de mim. Suspiro aliviada.
- Acho melhor que não faça jogos comigo.