- Larga ele, seu filho da puta. - Um garoto aparece segurando a mão de Jooheon e o encarando com raiva.
Em um instante ele larga com força o meu pulso me fazendo cair no chão e dá um soco no rosto do garoto. Tudo parece um filme diante dos meus olhos nesse exato momento.
- CHEGA, POR FAVOR! - Levanto-me rapidamente e fico no meio dos dois.
Ambos se encaram com fogo nos olhos como se eu não estivesse entre eles. A platéia está silenciosa, todos os comentários permanecem cessados. O garoto com a mão no rosto deixa um sorriso afetado aparecer. Jooheon se mostra pronto para dar outro soco.
Puxo o braço do desconhecido o fazendo se distanciar. - Pare, por favor.
- Isso mesmo, fuja seu covarde - provoca Jooheon.
Ele tenta voltar impulsionando para o lado oposto ao que estou puxando. - Por favor, pare - digo mais uma vez apertando o seu braço e o encarando. Ele desisti.
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- Desculpa por te causar problemas.
- Não fiz nada além da minha obrigação. - Ele senta em um banco do laboratório de enfermagem.
- Você é um tipo de super-herói? - pergunto me aproximando com uma maleta para curativos.
- Depende... Se quiser encarar assim, tudo bem. - Ele faz um biquinho soltando uma gargalhada por último.
Sua boca está inchada e o sangue que antes escorria agora está seco.
- Meu nome é (S/N). - Sorrio amarelo e começo a limpar seu machucado. Ele fecha os olhos com força. - Vai doer um pouquinho.
- Lee Minhyuk.
- Hum? - Paro o que estou fazendo e o encaro.
- Meu nome. - Ele ri e eu sinto minhas bochechas esquentando por estar muito próxima dele. Retorno a atenção ao ferimento. De repente sua expressão muda. - O que você queria com aquele arrogante?
- B-bem... hum, digamos que... - Retorno até a maleta para pegar uma pomada.
- Ia se declarar - ele fala com naturalidade e eu engasgo com a própria saliva.
Penso em negar, mas acabo assentindo com um triste balançar de cabeça. Minhyuk parece fugir do comum... Não sei explicar.
- Lee Jooheon é uma pessoa repulsiva. - Começo a passar a pomada no canto de sua boca. - Devia esquecê-lo. - Aperto o dedo em seu ferimento quase que involuntariamente. - Ai!
- Desculpa - digo saindo de perto dele e indo guardar os materiais. - Eu simplesmente não posso esquecê-lo.
- Você irá se machucar.
- Eu realmente não me importo. - Coloco a maleta no lugar.
- Por que insiste tanto nele?
- Porque eu o amo - digo um pouco irritada o encarando de longe.
Não acredito no que acabo de dizer.
- Eu desisto, mas... se quiser ajuda para esquecê-lo você pode me chamar. - Ele pisca um olho e sai do laboratório.
O que acaba de acontecer?
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- Desculpe-me pelo atraso.
- Entre, (S/N) - o professor diz voltando a escrever no quadro.
Sento-me atrás da Naomi como de costume.
- Você é o novo assunto da faculdade - diz Naomi virando com uma expressão preocupada. Não respondo e abro o meu caderno. - O que está acontecendo com você?
- Nem eu sei.
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