Sete.

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A água cai no meu corpo e eu choro, não consigo evitar as lágrimas que caem pelos meus olhos a cada vez que lembro do que aconteceu.

Como se ser humilhada por Louis no momento em que ele tirou minha virgindade não bastasse, Justin quase atirou em mim.

   ~flashback~

- Você tem 2 segundos até que eu comece a atirar, Tomlinson. - Justin disse com um sorriso que realmente me deixou assustada.

Louis me olhou assustado e passou a mão pelo lado dele da cama, mas antes que ele pudesse fazer algo, Justin falou outra vez.

- Nem tente fazer nada, ou eu atiro nela. - Meu corpo treme, Louis não tem porque preservar minha vida, só conseguia pensar que meu fim seria ali.

- Justin, que diabos você está fazendo aqui? Nem foder eu posso mais? - Ele ri.

Esse filho da puta está rindo enquanto uma arma está apontada para mim, esse é o meu fim, literalmente meu fim.

- Não banca o otário, tu sabe muito bem porque eu estou aqui. Cadê a porra das minhas mercadorias? - Ele está irritado e eu cada vez mais assustada.

Harry aparece na porta do quarto e eu sinto mais medo, além de me sentir ainda mais humilhada, eu estou pelada em um quarto com três homens, um deles praticamente me estuprou a minutos atrás, o que vai acontecer agora? Vão me estuprar e me matar?

Me encolho na cama e Harry sinaliza para que eu não me mexa. Justin e Louis discutem e em algum momento Louis levanta. As coisas acontecem em câmera lenta, eu não consigo me concentrar em nada, até que escuto um tiro e tudo que eu vejo é negro.

~Flashback

É, o tiro não foi em mim, foi em Louis,  mas a situação em si me deixou em estado de choque. Pessoas de uma hora pra outra entravam e saíam do quarto e eu continua ali, nua e jogada na cama. Ninguém me tocava, ninguém ao menos me olhava e demorou alguns minutos até que eu conseguisse chorar, mas depois de a primeira lágrima veio outra e mais outra e uma infinidade delas, até agora, um pouco mais de 2 horas depois elas ainda não sessaram.

Graças a Harry eu cheguei aqui, mas eu estou desnorteada o suficiente para não saber como foi o caminho até aqui e muito menos como Louis está.

A porta do banheiro é aberta e meu corpo salta, mas quando vejo Crysth na porta, eu fico um pouco mais aliviada.

- Como você está? Eu vim assim que me contaram o que aconteceu. - Ela abre o box e encara meu corpo que está sentado no chão.

Ela se aproxima com calma e desliga o chuveiro, abaixando para ficar da minha altura em seguida.

- Eu estou péssima, foi terrível. - Um soluço escapa pelos meus lábios.

- Quer falar sobre isso? - Apenas nego.

- Eu não quero mais passar por isso, não quero mais. - Eu choro ainda mais.

- Eu gostaria de te dizer que vai passar e  que nada disso vai acontecer outra vez, mas eu não vou mentir, nesse mundo coisas como essas acontecem a todo momento, principalmente saindo com quem você sai. - Ela acaricia meu rosto. - Ele quer te ver. - Eu a encaro e balanço a cabeça negativamente.

- Eu não quero, não posso mais.

- Ele acabou de levar um tiro, não seja tão má com o rapaz.

- Eu.. Por favor.

- Eu não vou te obrigar, apenas vamos sair daqui.

Ela levanta e sai do box, voltando em seguida com uma toalha, me ajuda a levantar e eu me enrolo nela, ela me guia até o lado de fora do banheiro e eu tenho vontade de voltar lá para dentro, encher aquela maldita banheira e me afogar quando vejo quem está do lado de fora do meu quarto.

The prostitute - L.tOnde histórias criam vida. Descubra agora